YGGDRASIL- A Saga dos Nove Mundos

Capítulo 20 - Salas Secretas

"Odin, o que houve?", "você soube...?", "será que foi outro ataque?".

Não demorou muito para a notícia de algo havia acontecido a Odin se espalhar pela cidade, logo uma grande confusão se formou, várias informações desencontradas começaram a correr. Frigga solicitou uma reunião de emergência com todos os deuses, militares de alta patente e pessoas importantes de Asgard.

O salão de audiências estava cheio, todos os deuses residentes de Asgard estavam presentes e outros que vieram, os generais dos exércitos, alguns Vanirs e a realeza de Alfheim representada pela rainha elfa. Todos sabiam que além do próprio Odin, somente Frigga podia sentar no trono dourado, porém foram raras as ocasiões que isso aconteceu, outro fato curioso, foi ela está vestida com sua armadura de guerra e empunhando a lança do próprio Odin.

Ela permaneceu sentada no trono em silêncio, aguardando todos chegarem, ao seu lado em pé estava um curandeiro asgardiano. Assim que todos estavam ali e os portões se fecharam, a deusa da fertilidade bateu com a lança no chão pedindo silêncio.

– A razão desta convocação é para informa-los do acontecido a dois dias com Odin. Eu passarei a palavra a Nuhka que explicará melhor.

Nuhka o curandeiro, usava vestes brancas com detalhes verdes, tinha uma voz comum, mas firme.

– Infelizmente o pai de todos, está acometido de uma maldição, um feitiço dökkar chamado de "a queda", desenvolvido por elfos negos durante a Primeira Era para combater os Primais. A maldição consiste em neutralizar os poderes do atingido, obrigando-o a entrar no mais profundo dos sonos, contudo o feitiço não foi tão eficiente no passado com os primais, por isso não foi finalizado, dado esta falha, acreditamos que o Pai de todos, despertará em algum momento, mas não podemos afirmar com precisão quanto tempo levará. – explicou Nuhka.

– Por isso – disse Frigga com um tom de voz firme – seguindo o protocolo e as leis de segurança universais, a partir de hoje eu assumo, até o retorno de Odin, as funções que a ele competiam.

Múrmuros e cochichos encheram o salão, a notícia causou surpresa até mesmo nos próprios deuses Aesirs. Alguns generais juntamente com Balder, Vidar, Heimdall e outros presentes se aproximaram do centro do salão, ajoelharam-se e juraram fidelidade ao novo governo, da mesma forma outros deuses e aliados, se curvaram e prestaram o juramento de lealdade. Após finalizada a parte protocolar, Frigga convidou a todos para seguir até o salão de festas onde seria ofertado um jantar. Porém discretamente alguns convidados, entre deuses, chefes de mundos foram abordados e pedido a eles que permanecessem um pouco mais no salão de audiências.

A essa altura com um numero menor, Frigga então anunciou seu plano, o envio imediato de espiões aos mundos, investigações internas e alianças secretas para a captura de Loki, todos os deuses deveriam agir, nesse momento foi dado a palavra a Balder que havia retornado recentemente de Svaltarfheim, onde fora se encontra com o rei Anão Zagnain.

– Senhores, minha estadia em Svaltarfheim foi rápida, infelizmente o fiel Rei Zagnain que nos serviu por anos foi morto no dia do ataque a Asgard, segundo relatos ele tinha o habito de – Balder pigarreou, estava corado, certamente constrangido pelo que teria de falar – levar moças, elfas, anãs para orgias semanais, porém no dia em questão uma dessas moças na verdade era um víbora negra* transmutada e a certo momento ela se revelou matou o rei anão, não permitindo assim interroga-lo sobre algo em particular que estava em sua posse e foi roubado. Isso leva nós a crer que Loki não está agindo só. E o pior, ações múltiplas e coordenadas, o inimigo em questão sabe bastante de nós, conhece os mundos e principalmente tem muitas influencias, se quisermos pegar ele termos de agir de modo semelhante, com inteligência e descrição.