Era a primeira vez na vida, pelo menos que Alfred lembrasse, que o rapaz andava sozinho tão tarde. A cidade era tão diferente de madrugada o centro iluminado pelos letreiro das grandes lojas e faróis dos carros, andando um pouco a movimentação diminuía consideravelmente, principalmente ao se aproximar da sua casa , as ruas iam ficando cada vez mais vazias, mais silenciosas e perigosas. Isso é claro para um mortal, os super sentidos de Alfred sempre o deixavam sobreaviso do que havia em seu caminho.
E foi isso que o assustou, a poucas quadras de sua casa a presença de diversos seres asgardianos chamou sua atenção, aquilo não era bom. Chegando em casa não foi presença de dezenas de guardiões guardando o condomínio e sim a presença de um asgardiano extremamente poderoso, seu poder chegava a rivalizar com o de Thor.
Heimdall aguardava uma pausa na bronca que Thor dava em Ernst, para fazer o anúncio.
- Thor.. - o deus voltou o olhar para o amigo - ele retornou...
o rapaz estava feliz por estar em casa e seguro e por mais que sentisse saudades a última pessoa que ele queria ver nesse momento era...
- Pai !
- Entra! - ordenou o homem ruivo insípido.
A espera naquela madrugada parecia mesmo infernal, Thor despedia-se de Heimdall mas não de seu pequeno exército de guardiões que permaneceram ao lado de fora da casa.
Os três jovens estamos lado a lado no sofá da sala quando o Deus ruivo puxou a poltrona e a posicionou de frente pra eles.
- Quem vai falar primeiro? - Thor era extremamente incisivo desde a postura ao tom de voz.
Alfred esperou alguns segundos, até perceber que seus irmãos não se manifestaram e respondeu:
- Eu, mas antes quero dizer que Emilie e Ernst não tem nada a ver com isso, não tem razão para obrigá-los a escutar o que é destinado a mim...
O homem mais velho analisou a proposta a se reclinou na poltrona.
- Emilie pode ir para seu quarto, Ernst - ele fitou o intenso verde dos olhos do rapaz - amanhã a gente conversa.
O silêncio que ficou depois da saída dos dois jovens era intensamente assustador, principalmente para Alfred que não saberia como Thor reagiria ao saber da desventura do filho.
- Antes de qualquer coisa me prometa que não vai gritar! - pedia o jovem visivelmente nervoso.
- Acho que você já é grande o suficiente pra não ter medo dos meu gritos - respondeu o homem inclinando-se para frente.
- Prometa! - insistiu.
- OK sem gritos, porém sem mentiras. - pediu Thor - Agora eu vou ser o pai bonzinho e te dá uma chance de se explicar e espero que seja bastante convincente.
Alfred suspirou, mesmo que inicialmente tivesse em mente contar ao pai sobre Loki refletiu melhor, isso significaria falar sobre Margant e o lar dos esquecidos, por mais que boa parte daquelas pessoas fossem criminosos haviam muitos refugiados, ele não queria expô-los além do fato de revelar ao pai que seus poderes são bem maiores do que ele imagina.
- Eu quis dá uma volta só, queria fugir dessa Loucura e...
-CHEGA! - gritou Thor.
- O senhor disse que não ia gritar... - protestava o jovem retraído.
- EU DISSE SEM MENTIRAS, Ernst te procurou por toda a cidade e arredores, Heindall também, você sabe muito bem que ele vê e ouve tudo - Thor se levantou - COMO ELE NÃO VIU VOCÊ ALFRED? - um trovão bradou no céu.
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YGGDRASIL- A Saga dos Nove Mundos
FantasyEm um mundo rodeados de mistérios e segredos, a crença ou não em divindades é algo muito questionável, de plenitude a pura ignorância muitos são os adjetivos para classificar pessoas com esse pensamento. Em Midgard três jovens escondem um segredo de...