Constelação De Órion

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Point of view Dayane

Carol dormia engraçado!

Eu apenas observava. Ela estava virada de bruços, os pequenos cachos completamente bagunçados, um travesseiro entre as penas e a mão debaixo de outro travesseiro. A boca estava levemente aberta e ela parecia sonhar, pois sua expressão estava tranquila. Sorri e neguei com a cabeça, chegando mais perto. Já era tarde e eu queria ela acordada para aproveitar o dia comigo. Dei um leve beijo nas costas nuas dela, que resmungou algo, mas não se mexeu.

— Ei, preguicinha, que tal acordar? O dia está lindo. — passei dois dedos em suas costas, subindo e descendo.

— Hmmm, me deixa dormir. — falou abafado, com a cara afundada no travesseiro.

— Você já dormiu o suficiente. Quero aproveitar o dia. Vamos, levanta essa bunda branca daí. — dei um tapa forte.

— Que saco, Day! Não! — resmungou e eu bufei. Levantei da cama e procurei pelo meu celular. Era o único jeito de acorda-la. Abri a câmera, ativei o flash e me posicionei de joelhos na frente dela, batendo uma foto. Ela gritou. — QUAL É, DAYANE, INFERNO! — e jogou o travesseiro em mim, me fazendo desequilibrar e cair no chão, dando gargalhadas.

— Ah, acordou!

— Apaga isso.

— Não apago não.

— Apaga ou te mato.

— Está vendo minha mão? — estiquei a mão para ela que franziu o cenho.

— O que tem ela?

— Está tremendo, é medo.

— Vai se foder. — revirou os olhos. Minha noiva não era nada amorosa pela manhã, principalmente se fosse acordada por alguém.

— Vamos.

— Cala a boca. E apaga a foto.

— Não. Você ficou bonitinha. — olhei a foto e ri. — Qual é amor? Você não queria acordar.

— Talvez é porque estou cansada. — falou com obviedade na voz. — E que carência é essa?

— É saudade do meu amorzinho. Vontade de ficar ouvindo sua voz, olhando para esse rostinho bonito, beijando essa boquinha bem desenhada.

— Para. — sorriu. — Não é justo você conseguir me fazer sorrir quando estou brava com você e muito menos me fazer não ficar brava. — falou, caminhando para o banheiro.

— Consegui o que eu queria.

***

Mais tarde, minha mãe saiu com Miguel, foram ao shopping, deixando Carol e eu a sós. A ruiva insistiu que devia ir para o seu apartamento dar atenção aos pais e aos irmãos, mas logo desistiu quando falei que eles também foram ao shopping.

Estava amarrando o quinto biquíni que havia experimentado, um vermelho, todos os outros haviam ficado pequenos e eu não sabia se ficava feliz ou triste por isso. Me olhei no espelho e sorri. Carol saiu do banheiro vestindo um short jeans frouxo e rasgado e a parte de cima de um biquíni preto, meu coração errou uma batida.
Que mulher, meus amigos, que mulher!

— Por que tirou o azul, Day?

— Porque ficou pequeno também. — fiz careta. — Preciso comprar biquínis novos.

— Gostei do vermelho.

— Amor, você falou isso de todos os outros que coloquei.

Um Bebê Entre NósOnde histórias criam vida. Descubra agora