Rio de Janeiro e Pedido de Namoro

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"Duvida da luz dos astros,
De que o sol tenha calor,
Duvida até da verdade,
Mas confia em meu amor"

— William Shakespeare.

9:00 AM

Acordei com o celular despertando no meu ouvido.
Olhei o horário e pulei da cama com um ânimo fora do comum.
Corri até meu guarda roupa e peguei uma legging preta, um cropped branco com preto, um corta vento por cima e calcei um tênis branco adidas.
Passei só uma base na cara e um rímel  e já peguei minha mochila.

Tô indo pra aí "
Mando para Paty.
Pego os fones de ouvido, os colocando e desço, me deparando com jana e mamãe na sala.
— Aonde vai a essa hora?
— Vou encontrar Paty e as garotas no estúdio.
— Bom dia, Sam! — diz Jana.
— Bom dia, Jana! — sorrio.
— Não vai tomar café?
— Não, Jana, obrigada mesmo assim!
— Quando volta pra L.A?  — mamãe pergunta.
— Vou esperar a recuperação do papai. Preciso ir agora ou irei me atrasar, até mais senhoritas!  — Sorrio, colocando os fones novamente, que eu havia tirado para escuta-las.
Pego um dos carros do papai e 10 minutos depois chego no estúdio.

(...)

Duas horas depois eu ja estáva na porta de casa novamente.
Rever as garotas foi legal, mas confesso que o grupo de L.A tem mais conexão comigo.
Vou até a cozinha e pego uma maçã na fruteira.
— O papai ja acordou, Jana? — pergunto a ela, que esta ocupada fazendo o almoço.
— Já! Mas tá com visita, Sam!
— Quem? Doutor Mandren?
— Doutor Mandren só vem a tarde, quem ta lá em cima com ele é Neymar.
Sorrio.
— Acho que vou lá em cima — digo, pondo a maçã mordida em cima do balcão .
Jana fica em silêncio e então subo até o quarto de papai.
— Samantha só tem 19 anos, Neymar! Você tem certeza que quer isso pra você? Seis anos de diferença podem significar páginas diferentes na vida de vocês.
Ao escutar papai falar, me escondo do lado de fora para continuar escutando o que eles diziam sem que me vissem.
— Eu sei o quanto ela é especial, Ricardo, e estou completamente apaixonado por ela, por isso quero saber se você aceita nosso namoro.
— Se você cuidar dela e continuar mantendo aquele sorrio no rosto que ela demonstrou ontem ao falar de você, estou de acordo!
— Sério? Autorização? Em que ano estamos? — digo em meio aos risos, entrando no quarto.
Os dois me olham assustados.
— Escutando atrás da porta, Samantha? — papai diz insatisfeito.
— Achei que você não estivesse em casa... — Neymar diz.
— Acabei de chegar — explico me aproximando dos dois.
Deposito um beijo na testa de papai.
— Doutor Mandren vem ver o senhor a tarde.
— Tô ótimo!
— Deve ser por isso que está numa cama — digo revirando olhos.
— Tenho um convite! — Neymar diz para mim.
— Que tipo de convite? — sorrio.
— Um amigo meu vai fazer um show no rio amanhã... Quero saber se você topa ir comigo hoje! — diz.
— Eu adoraria ir, mas não posso...
— Como não, Sam? — papai pergunta.
— Quero ficar com você, até saber que    está perfeitamente bem...
— Eu ja falei que estou, Samantha, vai logo, ou eu proibo esse namoro.
Neymar olha pra ele e para mim com cara de que o problema estava resolvido.
— Tá! Mas se acontecer qualquer coisa, me liguem, por favor! — imploro, pegando na mão de Neymar — aah... O senhor não pode me proibir, pai. Sou maior de idade! — dou uma piscadela para ele e puxo Neymar dali.
Entramos no meu quarto, e ele fecha a porta.
— Eu preciso fazer isso — diz me puxando para um beijo.
Mordo seu lábio inferior.
— Você não me respondeu ontem... — digo.
— Seu pai tinha me mandando mensagem mais cedo, dizendo que precisava falar comigo hoje sobre você... Fiquei nervoso e acabei não respondendo, descupa!
Confirmo beijando-o.
O beijo começa a esquentar, e então quando resolvo erguer sua camisa, batem na porta, quebrando o clima.
— Droga! — ele diz no meu ouvido.
Rio, saindo dos seus braços e abrindo a porta.
— Sofi? — ela entra no quarto, vestindo o uniforme da escola — Ja veio da escola?
— Não, estou lá ainda, Sam! — responde.
Reviro os olhos e Neymar da uma gargalhada, ganhando a atenção da menina, que o olha surpresa.
— Neymar?  — corre para abraçá-lo.
— Oi, Sofi! — diz retribuindo o abraço.
— A aula acabou mais cedo hoje — explica.
— Mamãe que te trouxe?
— Uhum... E o Davi? — ela olha para Neymar.
— Ainda na escola — diz despreocupado — Wow!!! — exclama olhando o relógio — Preciso ir buscar ele. A gente volta depois de amanhã, então não precisa de uma mala gigante, passo as 4:00, o vôo é as 5:30! — explica me dando um celinho.
— Ja comprou as passagens?
— Ontem! — diz dando uma piscadela.
— Tudo bem! — rio — Até mais tarde então — dou mias um beijo nele.
— Nojentos!  — Sofi faz uma careta nos olhando.
Neymar bagunça os cabelos dela e saí do quarto.
— Onde vocês vão? — ela pergunta.
— Vamos no show de um amigo de Neymar no Rio.
— Eu posso ir junto? — faz uma carinha de cachorro sem dono.
— Nao, Sofia, não dá.
— Eu nem queria ir mesmo — diz desdenhosa, dando um pulo na minha  cama. Vou até ela e a encho de cócegas.
— Para, Sam!  — implora.
— Só se você me ajudar com as roupas...
— T-Ta bomm!!!
— Ótimo! — digo, parando de fazê-la gargalhar.

(...)

Algumas horas depois eu e Neymar ja estavamos desembarcando no aeroporto do Rio.
— Vou pedir um Uber — diz tirando o celular do bolso.
— Tem um cara do outro lado da rua tirando fotos da gente — observo.
Neymar tira os olhos do celular, olha para o homem e faz pose rindo, logo após me rouba um beijo.
— Agora ele tem matéria! — diz acenando para o paparazzi que acena de volta.
— Agora eles sabem... — digo sem pensar.
Ele me dá uma encarada.
— A mídia já sabe, Samantha — sorri — Por acaso você viu as notícias? Além  disso, depois dessa noite... — suas palavras morrem — Ó o Uber — aponta para o carro preto surgindo a nossa frente.
— O que tem essa noite? — semicerro meus olhos para ele que se faz de desentedido.
— Do que você ta falando?  Eu não falei nada — diz sorrindo,  abrindo a porta do carro com um gesto para mim entrar.
Entro.
— Você é inacreditável! — reviro os olhos.
Ele segura meu queixo.
— Vocé é linda! — diz me beijando.

No caminho todo até o hotel só consegui pensar no qie ele havia dito na saída do aeroporto.
Pegamos nossas mochilas, Neymar pagou o motorista, pegamos o cartão do nosso quarto na recepção e entramos no elevador.
— Você não falou nada o caminho todo, ta tudo bem? — pergunta me abraçando.
O encaro, nos deixando de narizes colados.
— Você está me escondendo algo... — digo.
— Tem razão... — concorda no mesmo momento que o elevador abre as portas. — Vem! — me puxa pela mão.
— Me fala... — imploro, cruzando os braços em frente ao peito, já em frente a porta do quarto.
Ele passa o cartão destrancando-a.
— Abre! — diz, apontando para a porta que estava destravada, mas ainda fechada.
— Só se você me contar o que ta me escondendo — insisto.
— OK, fecha os olhos!
Mesmo relutante, fecho. Ele põe uma de suas mãos sobre os meus olhos e com a outra abre a porta do quarto.
Presumo, escutando o barulho.
— Pode andar — diz no meu ouvido, com a outra mão na parte de trás da minha cintura.
Dou alguns passos e ele diz que já posso parar.
— Abre os olhos — diz, tirando a mão que vendava meus olhos.
Fico com medo de abrir.
— Neymar Jr, se você estiver prestes a me assustar eu vou...
— Não confia em mim? — pergunta, não deixando eu terminar.
— Confio!
— Então abre os olhos.
Abro os olhos devagar, e me deparo com o quarto cheio de pétalas de rosas vermelhas com velas acessas por toda a parte.
Em cima da cama havia escrito com pétalas "Namora Comigo? ".
Com o celular na mão me filmando, me viro para ele e o abraço com toda a minha força, que eu tenho certeza que seu celular caiu no chão, devido ao barulho.
Ele ri.
Com os olhos marejados, encaro os seus.
Com dificuldade já que estou RM seu colo, tira do bolso uma caixinha com duas alianças de compromisso.
— Então... Você quer namorar comigo?
Sem pensar duas vezes, aposto que nem uma pensei, a minha boca já estava colada na dele.
— Eu amo você! — diz.
— Eu também te amo! — o abraço  de novo, descendo do seu colo. — Obrigada por existir!
— Você é a coisa mais linda do universo — ele diz limpando a lágrima que escorria na minha bochecha.
Ele tira uma aliança da caixinha e coloca no meu dedo, dando um beijo em cima. Faço o mesmo em seguida.
— Unidos por Deus! — diz.
— Unidos por Deus! — confirmo.
Me beija novamente, e corre até a estante do quarto, quando volta, trás uma câmera nas mãos.
— Você gravou? — rio.
— Não que eu vá me esquecer desse momento, mas eu quero que os nossos filhos possamver — diz, com a câmera  apontada para nós dois.
— Você é inacreditável! — digo, repetindo a frase dita a minutos antes por mim mesma.
— Acho que você ja disse isso hoje! — diz pensativo.
— É, eu disse — rio.
— Bom,  esse video pode ir pro seu canal se quiser, então, mendigue seus likes — diz apontando a câmera para mim.
— OK! Oi gente!  Então... Se vocês ficaram tão surpresos quanto eu, deixe seu like e não se esqueça de se inscrever no canal!  — aperto o botão, desligando a câmera que ele ainda segurava.
— Eu acho que temos algo pra fazer — digo.
Ele abre um sorriso malicioso nos lábios.
— Que garota pervertida... — diz quando me sento eu seu colo.
— Podemos ir jantar se quiser. — sugiro já me levantando.
— Não, não! Eu acho que agora não!— nega me puxando para cima de si novamente.
Neymar beija minha boca, e vai descendo para o meu pescoço, o que me faz arrepiar. E apartir dai, as coisas só foram esquentando.
Para um bom entender poucas palavras bastam.



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