Reencontro Inesperado

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Aprendi que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular.” 

― William Shakespeare.

- Sou eu!!! Mas não posso dar autógrafo agora, prometo que outra hora eu dou!!! - o rapaz diz me levantando com tudo do chão.

Minha cabeça girava tanto que eu conseguia ver dois rapazes a minha frente.
Ou era um só?

- Autógrafo?- questiono fechando os olhos, tentando voltar ao normal.

- Você chamou meu nome, suponho que seja uma fã! - Suas palavras irritavam meus ouvidos, seu espanhol conseguia ser tão ruim quanto o meu.

Abri os olhos, agora já me sentindo bem o suficiente para não ver mais dois rapazes na minha frente, apenas um... Espera, eu conhecia ele.

- Gabriel? - questiono surpresa, agora vendo seus olhos baterem de frente com os meus.

- Wegmann?? - questiona de volta.
Parece que nem ele estava prestando muito atenção.

Rio.

- O que faz em Barcelona? - pergunto ainda me segurando nele.

- Eu tô justamente atrasado pra uma reunião com o seu pai. - diz risonho.

- É você um dos jogadores ? - Eu não parava de me surpreender enquanto perguntava.

- Ele é muito bravo? Por que eu não quero ter que domar uma fera, igual eu tinha que fazer com você...- diz lembrando de alguns anos atrás.

Lhe dou um tapa no braço. Percebendo que ainda estava grudada com ele, me afasto.

- Seu tapa já foi mais forte, Samantha! - me olha fingindo decepção.

Reviro os olhos.

- Acho melhor você ir logo, meu pai não costuma esperar por muito tempo, aliás ele é muito bravo! - minto, tentando amedronta-lo.

Ele me olha preocupado.

- Sério?

Tento manter a cara fechada e acabo falhando miseravelmente.
Eu não conseguia olhar para Gabriel sem rir.

- Você não perdeu a graça! - digo, notando as caras e bocas que ele fazia mesmo parado.

Ele me encara.

Rio.

- Eu estou perdendo tempo, Samantha! Vamos comigo? - convida.
Olho para o café...olho para Gabriel...e acabo confirmando.

Qual é! Faz tanto tempo que não converso com ele, eu não trocaria ele por uma xícara de café que eu nem sei se é boa.

Saímos caminhando, enquanto Gabriel olhava no celular o mapa.

- E eu achando que o meu espanhol era ruim...- digo lembrando das palavras ditas por ele minutos antes.

Ele ri.

- Você deveria estar orgulhosa de mim, isso sim! - diz, todo orgulhoso de si.

Sorrio.

 Dancing On My Own Onde histórias criam vida. Descubra agora