Aniversário II

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"Acontece que, para ter o que desejamos, é melhor não falar do que queremos".

- William Shakespeare




Assim que sai do banheiro, apenas com a toalha enrolada no corpo, vi que Neymar não estava no quarto.

Me vesti, penteei o cabelo e sai do quarto a procura do príncipe encantado.

Ele estava apenas de cueca, com o seu abdômen  defino encostado no balcão enquanto batia alguma coisa no copo.

Fiquei quieta o admirando.

Essa cena fazia dele, da gente, tão humanos e normais. Sem toda aquela mídia em cima, onde tudo é bens materiais, imagem e fama.

Eu definitivamente estava tendo um início de dia incrível.

Com os olhos vidrados no copo, sem ao menos me olhar ele comentou:

- O teu cheiro de morango lhe entregou assim que você saiu do quarto! - diz sorrindo, e agora sim me olhando.

- Eu amo morango! - confesso, me aproximando dele, o abraçando por trás.

- Eu amo associar você a morango, é inevitável. - diz virando o rosto, me dando um selinho.

- Obrigado por vir! - digo apoiando meu queijo no sei ombro.

Agora ele virasse completamente para mim. Se escorando no balcão, me puxando para si.

Uma de suas mãos segura minha cintura enquanto a outra acaricia a minha bochecha.

- Eu ficaria aqui pra sempre só eu e você se fosse possível! - diz me dando um selinho. - Já pensou? Eu, você, e um pirralho correndo pela casa? - questionou risonho.

- Por que não uma menininha? - questiono sua opção.

Vejo seus olhos brilharem por um instante.

- Pensei no menino porque seria mais fácil pra mim, sem tem que ter essa pressão toda de ser pai de uma menina, já pensou se ela nasce tão linda quanto a mãe? Eu não deixaria ela namorar antes dos 30! - diz pensativo.

Sorrio.

- Provavelmente não! - Concordo, me dando conta de quão ciumento ele é.

Ao falar nisso acabo me lembrando do assunto do preservativo, que estava me incomodando não falar sobre.

- O que foi?- perguntou, notando o meu sorriso se fechar.

- Por que mentiu que não tinha preservativo?

Seus olhos fitam o chão antes de se fixarem em mim.

- Eu quero ser pai! - diz, abrindo um sorriso.

- Você já é pai, meu amor! - digo o óbvio.

Ele revira os olhos.

- Quero um filho teu, Samantha! - explica, acariciando minha barriga.

Seguro sua mão delicadamente.

- A gente não pode ter um filho agora, Neymar.

- Porque não? - questiona como se a resposta já não fosse óbvia o bastante.

Fico de boca aberta.

- Sério que tá me perguntando isso? Com todas as coisas que estão acontecendo com a gente? Como vamos ter um filho, comigo morando em Barcelona e trabalhando aqui e você em Paris? Eu tenho vinte anos agora, AINDA! Não tenho responsabilidade pra isso, não quero isso agora! - digo, já um pouco afastada dele.

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