Eu te amo!

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"Tenha paciência. Tudo aquilo que você deseja, se for verdadeiro, e o mais importante: se for para ser seu, acontecerá."
— William Shakespeare


7:12 AM

—Sam? SAM? — despertei com alguns chacoalhões da minha mãe.
— Bom dia!  — digo com a voz grog.
— Ai meu amor, você pode ir pra casa descançar, eu fico com seu pai apartir de agora. — diz.
— Tem certeza? Eu aguentaria mais dois dias! — brinco para descontrair — Sofi já ta na escola?
—Acabei de deixar ela lá.
— Ela está bem?
— Mais ou menos. Pediu para que você buscasse ela na escola ao meio dia.
— Pode deixar comigo. Eu vou ir então... Qualquer coisa me liga — digodandoum abraço nela, que me devolvecom um beijo na testa — Tchau, mãe!
— Tchau, filha!
Saio do hospital e peço um Uber até em casa.
(...)

— Jana? — chamo a nossa funcionária.
— Sam, oi! Como está la?
— Na mesma de ontem — suspiro.
— Ele vai sair dessa, menina, e você precisa se alimentar. Pra isso eu tenho a solução! — ela fala sorrindo.
— Vou tomar banho, e ja desço, Jana! — digo subindo a escada.

(...)

— Que saudade que eu tava da sua comida, Jana! — digo, mordendo e saboreando um pedaço de bolo que ela tinha feito.
—Diz isso porque bolo de laranja é o seu preferido — sorri.
— Você sabe que não é só por isso!
Meu celular vibrano bolso do jeans.
Tiro do bolso. É Ayla.
— Oi, o que faz acordada a essa hora?
— Ensaio cedo hoje. Estamos sentindo a sua falta, vê se volta logo!
— Sobre isso, Ayla... Será que você poderia reunir a galera toda? Preciso  dizer algo a vocês.
— Estamos em intervalo, me de só um minuto.
—OK!
Ela pausa a chamada de vídeo e volta dois minutos depois com todos a sua volta.
— Voltei! Ou melhor, voltamos!
— Obrigada, Ay!
— Como estão as coisas com seu pai, garota? — pergunta Adrian.
— Oi pessoal, bom... Respondendo sua pergunta Adri, meu pai não está muito bem, então, eu decidi que o melhor é eu ficar aqui pelo Brasil...
— Melhoras pro sei pai, Sam! — diz Saulo.
— Quanto tempo isso significa, Sam?
— Eu nao sei, Gabi, depende da situação do meu pai.
— independente de qualquer coisa, os Underground estão com você, Sam — Gabriel diz, e todos concordam.
— Obrigada, galera, de verdade! — Os agradeço.
— Sam, tem gente esperando por você na sala!  — Jana chama a minha atenção.
— Eu preciso ir agora, obrigada pelo apoio, amo vocês, galera!
— Se cuida, menina! — Saulo diz.
E desligo.
Sem ter a mínima ideia de quem possa ser, vou até a sala.
Seu contorno sobre o reflexo do sol que batia na janela de vidro na sala, fez minhas pernas bambearem.
— O que faz aqui?— pergunto, caminhando para o seu lado em frente a janela.
Suas mãos estão no bolso da calça de moletom que veste, deixando a mostra seu relógio que brilha pela luminosidade do sol.
Ele admira a vista da cidade, resolvo fazer o mesmo, apesar da dificuldade causada pelo brilho do sol contra os meus olhos.
— Bieber me ligou! —responde minha pergunta, desviando seus olhos do que quer que seja que e estivesse olhando lá fora, diretamente pra mim.
O encaro de volta.
— E o que ele te disse?
— Ele me contou tudo.
Se vira completamente para mim, nos deixando um de frente para o outro.
— Tudo?  E o que isso quer dizer?
— Isso quer dizer que quando duas pessoas sao destinadas a ficarem juntas — ele se aproxima cada vez mais —, elas têem que ficarem juntas!
Agora sua boca ja estava perto o suficiente da minha, e eu podia sentir sua respiração sobre o meu nariz. Ele fixou seus olhos verdes nos meus, me fazendo perder o ar, e isso defitivamente foi um pontapé enorme para ele iniciar um beijo.
Por frações de segundos, me senti completamente em casa, e eu sabia que me sentiria assim, toda vez que eu o beijasse, não importando o lugar do mundo em que estivessemos, porque naquele momento, percebi que ele era a minha casa.
Nos separamos por falta de ar.
Sorrimos.
— É muito cedo para eu dizer que eu te amo? — me questiona, com um sorriso bobo nos lábios.
Meu coração da um pulo de alegría.
— Não se eu disser que sinto o mesmo...
Ele sorri e me beija novamente.
— Eu te amo! — diz.
— Eu também te amo! — quando concordei com ele, e me dei conta de que tudo poderia ser sido mais fácil, percebi que talvez eu tivesse complicado um pouco as coisas para nós dois desde o início.
Ele acaricia minha bochecha, mas seu sorriso se desfaz.
— Desculpa por chegar de uma maneira tão errada na sua vida.
— As coisas acontecem do jeito que devem acontecer — digo — , se Deus quis assim, é porque deveria ser assim...
Seu celular toca nos interrompendo.
— Atende, pode ser importante! — sorrio.
— Você acha que agora que eu finalmente posso te ter aqui comigo, uma ligação vai fazer isso acabar?  — me puxa para um abraço.
Seu perfume me deixa alucinada.
— Pelo menos olha quem é! — insisto rindo.
Ele revira os olhos e puxa o celular do bolso.
— Quem é? Importante? — pergunto enquanto me distraio olhando pela vidraça.
— N-não é ninguém...bobagem— diz.
Parece recusar a chamada, ja que o celular para de chamar.
E então deu celular toca novamente.
— Ninguém é insistente — digo rindo.
O meu vibra no meu bolso.
Notificações no twitter.
— É o meu pai — diz pondo o celular no ouvido.
— Fala pai... sim, pode deixar, passo pra pegar ele! — e desligou.
— Sam, desculpa incomodar, mas sua mãe pediu para que te lembrasse de nao esquecer de pegar a Sofia na escola.
— Ah, é verdade, obrigada, Jana.
— Tenho que pegar o Davi na escola também, a gente pode ir junto se quiser. — sugere.
Abro um sorriso.
— Pode ser, mas a escola do Davi nao é longe da escola da Sofia?
— Eu nao sei aonde a Sofi estuda, mas estou disposto a descobrir.— sorri, tirando as chaves do carro do bolso — Vamos?
Balanço a cabeça concordando e ele me puxa pela mão até seu carro.

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