Capítulo 10

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- Filho, essa menina é muito boa, ela me ajudou a com os horários dos remédios colocando o alarme no celular.

Guilherme me olha não entendendo nada, e sem saber o que fazer também ali perto da sua mãe e da sua mulher.

Eu também não sei como agir, meu coração vibra no meu peito.

Parece que somos dois culpados, sem realmente ser.

-Como vai Elisa? - Guilherme pergunta.

O desconforto é horrível nesse quarto.

Aceno com a cabeça, porque nada sai da minha boca.

Ele vai até sua mãe e olha o celular que dona Laura entrega para ele ver.

Ele vira seu olhar para mim, e seus olhos brilham, parece que eu dei uma fortuna para dona Laura pela forma que ele me olha.

- Não fiz nada demais dona Laura. - Falo sem jeito.

- Você fez muito. - Guilherme fala e vem até mim.

Sinto minhas pernas bambas, e sem esperar ele beija meu rosto.

Fico muito sem jeito perto da mãe dele e da sua mulher.

Júlia olha cada gesto dele, e depois me olha, tentando avaliar a minha reação.

- Minha mãe estava perdida com os horários de tantos remédios, e ninguém teve essa ideia, se não fosse por você Elisa. - Obrigado mesmo!

- Foi um prazer poder ajudar Guilherme, eu preciso ir, fugi depois do almoço para visitar sua mãe e já passou do meu horário. - Falo rápido.

Preciso urgente sair daqui, eu não sou uma pessoa que disfarça bem quando me me sinto pressionada com qualquer coisa.

- Eu amei cada minuto que você esteve aqui Elisa, volte sempre querida! - Dona Laura fala com carinho.

- Obrigada dona Laura, qualquer dias desses eu volto para ver a senhora.

- Eu que tenho que te agradecer menina, o Guilherme tem razão, senão fosse por você ainda estaria perdendo meus remédios.

- Elisa eu te levo até a porta. - Júlia corta o assunto.

Sua cara não é das melhores.

- Até logo, e mais uma vez, se cuida dona Laura. - Beijo o rosto dela e saio.

- Obrigada Elisa, sinceramente eu não aguentava mais os ataques de chatice da minha sogra por causa dos remédios.

- Gostei de ter ajudado, até logo Júlia!

Saio em direção ao meu carro com passos apressado e pensando onde isso tudo vai parar.

Vou para o ateliê, já são três da tarde, mas não me importo, o trabalho me revigora.

Três das minhas funcionárias estão eufóricas quando chego.

- Lisa! - Uma fala alto.

- O que aconteceu?

- Tem um casal de clientes especial na sua sala com a Fernanda, tentamos ligar para você, mas seu celular estava indisponível.

- Então deixa eu me apressar para ver esses clientes.

Vou em direção a minha sala.

Fico pasma com as duas celebridades que estão sentados no meu sofá tomando champanhe.

- Ela chegou!

A mulher famosa se levanta e me abraça como se fôssemos velhas amigas e o homem, as telas não fazem jus a sua beleza.

Eu...sem vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora