— O que aconteceu Guilherme? - Pergunto aterrorizada pela expressão dele.
— A Júlia está na casa da minha mãe fazendo um escândalo! - Ele passa a mão no cabelo nervoso. — Eu tenho que ir para lá pequena, tenho medo do que ela é capaz de fazer.
— Claro Guilherme e toma cuidado, a Júlia já provou que não está no seu juízo perfeito.
Dou um abraço apertado nele.
— Elisa, quem tem que tomar cuidado é você. - Júlia te vê como uma inimiga, você não acha melhor ir para casa? - Ele beija minha cabeça.
Seu timbre de voz está temeroso, me deixa com uma sensação de mal estar.
— Você sabia que ela tinha voltado? - Levanto a cabeça olhando ele.
— Não pequena, e esse é o meu medo, eu não posso seguir os passos da Júlia vinte quatro horas por dia.
— Eu vou tomar cuidado, eu prometo. - Agora vai, sua mãe precisa de você.
— Prometa que vai tomar cuidado Elisa, estou quase falando para o seu marido deixar um segurança com você.
— Não exagere Guilherme, e não coloque mais coisas na cabeça do Tony.
Guilherme suspira, coloca um beijo nos meus lábios e vai embora.
Meu coração está apertado, um sentimento estranho, não sei identificar, espero que ele fique bem.
Minutos se passam quando meu celular toca em cima da mesa, respiro fundo e atendo.
— Anjo, vou pegar você na loja e te levar para casa. — Ele nem respira para falar.
— Por quê isso Tony?
— O Guilherme acabou de me ligar...
— O quê? - Não deixo ele terminar a frase e o corto.
Não acredito que o Guilherme ligou para o meu marido, eu disse a ele que não era para fazer isso.
Volto a dizer irritada.
— Desde quando vocês viraram amigos para se falarem por telefone?
Só que me faltava agora, os dois sozinhos já me deixam quase louca, imagine se eles se juntarem.
— Elisa não tem graça, aquela mulher está de volta e eu não vou te deixar sozinha por aí.
— Tony...
— Estou indo anjo, sem discussão!
Ele desliga o telefone na minha cara.
E eu odeio essas duas palavras. "Sem discussão"!
Que vontade de gritar.
Meia hora depois, estou indo de irritada e de cara fechada para minha casa.
Ao chegar em casa vou direto para o quarto.
—Não fica assim amor. - Tony me beija, aconchegado em mim na cama.
— Até quando eu vou ficar prisioneira.
— Você não é uma prisioneira anjo, só estamos preocupados, vimos bem do que aquela mulher é capaz.
— Ela me fez acreditar que era minha amiga Tony, agora eu não vou cair no papo dela de novo, não é? - Reviro os olhos.
Ele ri balançando a cabeça, me vira de lado enche meu pescoço de beijos.
Empino a bunda para ele.
Tony passa sua mão por ali e solta um pequeno tapa nela, ele me deixa molhada.
— Safada!... - Ele morde minha orelha.
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Eu...sem você
RomansaUm casamento quebrado, um coração abalado, uma alma despedaçada. E quando Elisa acha que tudo está perdido, ela se encontra entre dois homens que a enlouquecem de amor.