Capítulo 15

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— O que aconteceu Guilherme? - Pergunto aterrorizada pela expressão dele.

— A Júlia está na casa da minha mãe fazendo um escândalo! - Ele passa a mão no cabelo nervoso. — Eu tenho que ir para lá pequena, tenho medo do que ela é capaz de fazer.

— Claro Guilherme e toma cuidado, a Júlia já provou que não está no seu juízo perfeito.

Dou um abraço apertado nele.

— Elisa, quem tem que tomar cuidado é você. - Júlia te vê como uma inimiga, você não acha melhor ir para casa? - Ele beija minha cabeça.

Seu timbre de voz está temeroso, me deixa com uma sensação de mal estar.

— Você sabia que ela tinha voltado? - Levanto a cabeça olhando ele.

— Não pequena, e esse é o meu medo, eu não posso seguir os passos da Júlia vinte quatro horas por dia.

— Eu vou tomar cuidado, eu prometo. - Agora vai, sua mãe precisa de você.

— Prometa que vai tomar cuidado Elisa, estou quase falando para o seu marido deixar um segurança com você.

— Não exagere Guilherme, e não coloque mais coisas na cabeça do Tony.

Guilherme suspira, coloca um beijo nos meus lábios e vai embora.

Meu coração está apertado, um sentimento estranho, não sei identificar, espero que ele fique bem.

Minutos se passam quando meu celular toca em cima da mesa, respiro fundo e atendo.

— Anjo, vou pegar você na loja e te levar para casa. — Ele nem respira para falar.

— Por quê isso Tony?

— O Guilherme acabou de me ligar...

— O quê? - Não deixo ele terminar a frase e o corto.

Não acredito que o Guilherme ligou para o meu marido, eu disse a ele que não era para fazer isso.

Volto a dizer irritada.

— Desde quando vocês viraram amigos para se falarem por telefone?

Só que me faltava agora, os dois sozinhos já me deixam quase louca, imagine se eles se juntarem.

— Elisa não tem graça, aquela mulher está de volta e eu não vou te deixar sozinha por aí.

— Tony...

— Estou indo anjo, sem discussão!

Ele desliga o telefone na minha cara.

E eu odeio essas duas palavras. "Sem discussão"!

Que vontade de gritar.

Meia hora depois, estou indo de irritada e de cara fechada para minha casa.

Ao chegar em casa vou direto para o quarto.

—Não fica assim amor. - Tony me beija, aconchegado em mim na cama.

— Até quando eu vou ficar prisioneira.

— Você não é uma prisioneira anjo, só estamos preocupados, vimos bem do que aquela mulher é capaz.

— Ela me fez acreditar que era minha amiga Tony, agora eu não vou cair no papo dela de novo, não é? - Reviro os olhos.

Ele ri balançando a cabeça, me vira de lado enche meu pescoço de beijos.

Empino a bunda para ele.

Tony passa sua mão por ali e solta um pequeno  tapa nela, ele me deixa molhada.

— Safada!... - Ele morde minha orelha.

Eu...sem vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora