Capítulo 12

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Desde aquele dia que minha sogra e minha cunhada apareceu na minha casa, nunca mais ouvi falar delas.

As vezes escuto o Tony no telefone com elas, mas não passa disso.

Valéria também nunca mais deu o ar da graça.

Uma coisa que me deixa intrigada foi o pendrive que o Tony recebeu a mais de dois anos atrás.

Nele estava eu fazendo sexo com um homem que nunca tinha visto na minha vida, depois descobrimos que era uma garota muito parecida comigo.

Tony contratou um especialista em montagem computadorizada, ele descobriu um monte de erros e foi comprovado que realmente era uma mulher muito parecida comigo.

Até agora não descobrimos quem fez esse vídeo e quem mandou.

Tony continua investigando, e espero que ele consiga, eu também quero saber quem fez isso com a gente.

Me olho no espelho, minha barriga já está bem visível, passou bastante rápido, já estou grávida de quatro meses.

Guilherme não sabe ainda, ele anda muito distante depois daquele encontro que tivemos na porta da minha vó.

Ele não me procura a mais de quatro meses.

Sinto muito a falta do meu amigo, mas ele não respondeu nem as mensagens que eu mandava para ele, então não posso fazer mais nada.

Tenho que pensar no meu bebê, Tony pelo contrário está atencioso e carinhoso, me trata como um cristal.

Termino de me arrumar e vou para a cozinha tomar meu café, Tony saiu mais cedo, essas reuniões que ele tem cedo são sempre um saco.

- Bom dia Clarinha!

- Bom dia querida, como está o bebê!?

- Está bem, ela ainda não quer aparecer muito. - Dou risada.

- Você tem certeza quando fala que é uma menina...

- A minha vó disse, e ela nunca erra as coisas.

Coloco um pedaço de pão de queijo na boca gemendo pelo sabor que explode na minha língua.

- Ela é uma mulher muito sábia.

Clara coloca um pedaço de bolo de cenoura com chocolate na minha frente, mesmo mastigando ainda o saboroso pão, corto um pedaço grande do bolo.

Saio para ir trabalhar satisfeita de tanto comer.

Começo a trabalhar, mas estou muito distraída hoje, eu preciso tentar mais uma vez falar com o Guilherme.

Pego meu celular e digito uma mensagem para ele, seja o que tiver que ser.

-"Precisamos conversar..."

Depois de quarenta minutos sua resposta chega, ele realmente não quer mais minha amizade, isso me magoa.

-"Quando?"

Isso soou tão frio, sinto meus olhos arderem.

-"O mais rápido possível!"

-"Estou livre no almoço..."

-"Para mim está ótimo Guilherme, aonde a gente se encontra?"

-"A gente pode se encontrar na praia, o que você acha?"

Mordo os lábios e respiro fundo.

-"Tudo bem, que horas?"

- "Vou sair daqui ao meio dia."

- "Te encontro lá, até..."

Largo o celular na mesa tremendo, tanto tempo sem vê - lo, meu coração está abalado.

Eu...sem vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora