friends? [ Kim Yugyeom ]

• fallin' all in you •

Narrado por Lee Seohyun

Yugyeom estava dirigindo, com seu celular conectado no carro, escutando Moon U, uma de suas músicas preferidas do Got7, o que acabou se tornando a minha também.

Era difícil ter que encarar minha mãe, nós sempre nos machucávamos quando o assunto chegava na Yoohyung, e ele sempre chegava nela, era inevitável.

— Você fica bem nesse moletom vermelho, com o cabelo preto e dirigindo o Justin. — Disse, olhando para Yugyeom. Atraí sua atenção por alguns segundos, ele sorria.

— Eu sei — ele continuava sorrindo. — Você sabe o quanto eu me sinto igual aqueles personagens desses esses filmes românticos que você gosta? A beleza, o charme e um pouco de fama eu já tinha. Mas, dentro do Porsche… uahhh… eu estou completo.

— Ya! Não chame ele assim, ele tem nome.

— Você é estranha por dar nome a um carro, mas eu te amo justamente por esse carro.

Nós gargalhamos.

Estar com Yugyeom era o ápice do meu dia. E quando eu não o via ou não nos falávamos por falta de tempo, me fazia sentir isolada, como se eu tivesse sido abandonada em uma ilha deserta. Não que eu não tivesse outros amigos, nem sei se chamá-los assim soa certo. Eles eram próximos devido aos nossos pais serem homens com negócios de interesse mútuo para ambos. Eles eram meus amigos pelo o que eu tinha, Yugyeom era meu amigo por quem eu era.

— Estamos quase chegando — anunciou depois de nos afastarmos das luzes que iluminavam a noite.

Eu não disse nada, apenas assenti com a cabeça.

Paramos em um bairrozinho bem afastado do centro, não estava movimentado e as ruas eram silenciosas, com iluminação baixa. Permitia que o Yugyeom andasse por elas sem correr o risco de alguém o reconhecer.

Nós descemos do carro e andamos um pouco, um no lado do outro, em silêncio. Ele queria que eu falasse primeiro, quando estivesse preparada para fazê-lo.

— Yugyeom, como você pode andar tão despreocupado? Você sabe que podem te reconhecer e vão tirar fotos. Nós vamos estampar capas de revistas de fofocas e jornais econômicos depois que descobrirem minha identidade.

Ele parou e me encarou, sorrindo ladino. No fundo, nós dois sabiamos que eu não era o tipo de pessoa que se importava com isso.

— Não vão nos reconhecer aqui. E mesmo assim, o que tem? Não seria a primeira vez que estaríamos em sites, jornais e revistas de gêneros diversos.

E ele estava certo. Nós já fomos notícias diversas vezes, a maioria delas insinuado um relacionamento entre “a herdeira da maior empresa coreana e o ídolo de k-pop em ascensão”.

— Mesmo assim — puxei sua mão, o colocando em minha frente. — Use isso.

Tirei o boné preto que usava e coloquei nele, arrumando todos os fios rebeldes que não ficavam no lugar. Ele sorria, sempre sorria quando eu cuidava dele de forma excessiva.

— Do que está sorrindo?

— Do seu cabelo todo fora do lugar, parece que saiu de um filme de terror. — Ele sorriu mais ainda quando me viu tentar arrumá-los. — Você está piorando tudo. Eu faço isso por você.

Ele se aproximou mais, arrumando mecha por mecha do meu cabelo, fazendo meu corpo sentir seu calor. Prendi a respiração quando ele tirou os fios que estavam no meu rosto, sua pele em contato com a minha era pura eletricidade, eu poderia acender todas as luzes de Seul com a energia que corria pelo meu corpo sempre que ele me tocava de forma calma.