Capítulo 16: Saudações e Adeus

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(Recomendo ler este capítulo ouvindo a música " Hurts like hell" da Fleurie

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(Recomendo ler este capítulo ouvindo a música " Hurts like hell" da Fleurie.)

Eu nunca gostei de hospitais. Afinal, hospitais nunca foram o sinônimo de arco-íris e coisas boas.

Quando se é criança, você tem medo de hospitais por causa das vacinas. Mas com o tempo e uma certa dose de vivência, você aprende da pior forma que hospital é um lugar para onde as pessoas vão — na pior das hipóteses — antes de morrer.

Embora eu não consiga evitar, eu compreendo que esse não é o tipo de pensamento positivo que eu deveria ter num momento como esse. Mas o caminho até o hospital foi silencioso e tenso o suficiente para que o pessimismo tomasse conta da minha mente.

Cody pode morrer e você nem sequer conseguirá dizer "Adeus".

Nós atravessamos a porta giratória e entramos no hospital. Minha mãe está ao meu lado, tentando — sem sucesso — acompanhar meus passos, enquanto o meu pai se mantém mais atrás; afastado. Passos largos num corredor comprido e branco demais, rumo a recepção do hospital.

Ao chegar na recepção, caminho até o balcão, onde uma enfermeira negra falava ao telefone.

Ao ver a minha aproximação, ela desliga o telefone e me lança um sorriso repleto de empatia.

— Boa noite, meu nome é Jasmin, como posso ajudar? — ela fala de uma forma ensaiada.

— Meu irmão, ele sofreu um acidente e foi trazido para esse hospital. O nome dele é Cody Kenton Martin. — Responde e ela assente.

Cody nunca gostou desse péssimo nome do meio.

— Um minuto — diz Jasmin, enquanto começava a digitar no computador à sua frente.

Passo a mão pelo cabelo e apoio meus cotovelos na bancada.

— Ei, fique calmo, ele irá ficar bem. — Ouço minha mãe dizer ao meu lado.

Ela tenta tocar meu ombro maternalmente, mas eu estremeço com o toque e ela afasta sua mão.

— Não toque em mim — digo, com a voz controlada. — Eu não esqueci o que você fez, então não queira dar uma de boa mãe agora.

Minha mãe parece chocada, mas eu a ignoro e mantenho minha atenção em Jasmin.

— Ele foi transferido para a UTI. Pedirei para que o médico responsável pelo seu irmão explique o quadro clínico dele para vocês. — Ela explica e eu balanço a cabeça. — Peço que aguardem na recepção, enquanto eu vou chamá-lo.

— Obrigado — falo, forçando um sorriso.

Jasmin sorri. E quando eu estava prestes a me virar, ela fala:

Inimigos de infância (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora