(Recomendo ler este capítulo ouvindo a música " Hurts like hell" da Fleurie.)
Eu nunca gostei de hospitais. Afinal, hospitais nunca foram o sinônimo de arco-íris e coisas boas.
Quando se é criança, você tem medo de hospitais por causa das vacinas. Mas com o tempo e uma certa dose de vivência, você aprende da pior forma que hospital é um lugar para onde as pessoas vão — na pior das hipóteses — antes de morrer.
Embora eu não consiga evitar, eu compreendo que esse não é o tipo de pensamento positivo que eu deveria ter num momento como esse. Mas o caminho até o hospital foi silencioso e tenso o suficiente para que o pessimismo tomasse conta da minha mente.
Cody pode morrer e você nem sequer conseguirá dizer "Adeus".
Nós atravessamos a porta giratória e entramos no hospital. Minha mãe está ao meu lado, tentando — sem sucesso — acompanhar meus passos, enquanto o meu pai se mantém mais atrás; afastado. Passos largos num corredor comprido e branco demais, rumo a recepção do hospital.
Ao chegar na recepção, caminho até o balcão, onde uma enfermeira negra falava ao telefone.
Ao ver a minha aproximação, ela desliga o telefone e me lança um sorriso repleto de empatia.
— Boa noite, meu nome é Jasmin, como posso ajudar? — ela fala de uma forma ensaiada.
— Meu irmão, ele sofreu um acidente e foi trazido para esse hospital. O nome dele é Cody Kenton Martin. — Responde e ela assente.
Cody nunca gostou desse péssimo nome do meio.
— Um minuto — diz Jasmin, enquanto começava a digitar no computador à sua frente.
Passo a mão pelo cabelo e apoio meus cotovelos na bancada.
— Ei, fique calmo, ele irá ficar bem. — Ouço minha mãe dizer ao meu lado.
Ela tenta tocar meu ombro maternalmente, mas eu estremeço com o toque e ela afasta sua mão.
— Não toque em mim — digo, com a voz controlada. — Eu não esqueci o que você fez, então não queira dar uma de boa mãe agora.
Minha mãe parece chocada, mas eu a ignoro e mantenho minha atenção em Jasmin.
— Ele foi transferido para a UTI. Pedirei para que o médico responsável pelo seu irmão explique o quadro clínico dele para vocês. — Ela explica e eu balanço a cabeça. — Peço que aguardem na recepção, enquanto eu vou chamá-lo.
— Obrigado — falo, forçando um sorriso.
Jasmin sorri. E quando eu estava prestes a me virar, ela fala:
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Inimigos de infância (Romance Gay)
Teen FictionLiam Martin e Ethan Reed desde criança sempre foram inimigos declarados, mas por causa de uma fofoca as coisas saem do controle e os dois acabam brigando feio durante o intervalo da escola. Cansado da infantilidade dos dois, o diretor da escola pro...