Capítulo 7: O beijo.

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(Recomendo ler este capítulo ouvindo a música "Strawberrys and cigaretts" do Troye Sivan) 

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(Recomendo ler este capítulo ouvindo a música "Strawberrys and cigaretts" do Troye Sivan) 

Quando saio da escola, fico surpreso ao encontrar Ethan Reed no outro lado da calçada me esperando. Ele tinha as mãos no bolso da sua rotilheira jaqueta de couro preta e um sorriso cínico no canto dos lábios.

— Eu tenho que ir — digo ao perceber que Ethan acenava para mim.

— Vai mesmo sair com esse cara? — pergunta Aidan e eu faço que sim com a cabeça.

— Assim que chegarmos mando minha localização para vocês, sabe, por precaução — digo respirando fundo.

Me dispeço de Aidan e Kieran e atravesso a rua para ir ao encontro de Ethan.

— Eu vou me arrepender disso? — pergunto quando ponho os pés no outro lado da calçada.

— Provavelmente. — Ele responde já começando a andar.

Ethan Reed era o que se podia dizer de um cara alto e esguio, logo, seus passos eram largos e ágeis, o que me obrigava a ter que correr um pouco para conseguir acompanhá-lo.

— Mas então, aonde nós vamos? — pergunto para quebrar o gelo.

— Quando chegarmos, você verá. — Ele responde num tom misterioso.

[•••]

Ethan Reed entra em um beco escuro que dava na parte de trás do que parecia ser um cinema. Eu já havia passado reto por aquele beco à caminho do apartamento de Cody diversas vezes, mas nunca imaginei que entraria nele com Ethan Reed.

— O que nós estamos fazendo aqui exatamente? — pergunto confuso.

Ethan Reed caminha até uma pequena porta de metal ao lado de duas latas de lixo na parede de trás do cinema e coloca a mão do bolso, tirando de lá um molho de chaves.

— Não é óbvio? Nós vamos ao cinema — ele diz animado sem olhar para mim, enquanto enfiava uma das chaves do molho na fechadura da porta.

— E porque nós não entramos pela porta de entrada como todo mundo? — insisto e Ethan Reed abre a porta de metal como alguém que faz aquilo sempre, o que me preocupava.

— Oras, porque o cinema ainda está fechado — ele responde entrando pela porta. — Você não vem?

— Mas que merda — murmuro e entro dentro do cinema. — Por favor, só não me diz que isso é invasão de propriedade. Espera, eu não quero saber a resposta.

Ao passar pela porta, vejo que tudo estava muito escuro — nada além da luz do sol que entrava pela porta iluminava o local — e não havia nenhum sinal de Ethan Reed. Engulo em seco e cogito sair de lá imediatamente. Aquilo me cheirava a confusão e eu odiava isso.

Inimigos de infância (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora