Capítulo 3: O perdão.

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Abro meus olhos com dificuldade, tentando ao máximo focar minha visão em qualquer coisa que não fosse a escuridão das minhas pálpebras

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Abro meus olhos com dificuldade, tentando ao máximo focar minha visão em qualquer coisa que não fosse a escuridão das minhas pálpebras. Minhas têmporas latejam e meu corpo parece que foi atropelado por uma retroescavadeira.

Olho em volta, tudo é muito branco e eu estou sobre uma cama. Chego a conclusão de que se trata de um hospital.

Um pequeno filme passa pela minha cabeça e acabo me lembrando de tudo o que aconteceu antes de eu apagar. Automaticamente levo a minha mão até minha barriga e percebo que ela está enfaixada.

— Mas que droga — murmuro frustrado.

Olho confuso para a porta do quarto quando uma gritaria vinda do corredor me chama a atenção.

— Eu não posso deixar você entrar, seus pais foram bem claros — ouço uma voz masculina dizer.

— Eles não são mais meus pais faz tempo — ouço uma voz conhecida dizer. Era Cody.

Tento me levantar para ver o que estava acontecendo, mas antes que eu pudesse fazer isso, ouço uma voz vinda de uma poltrona no canto do quarto.

— Você não deveria se levantar.

Aquela voz, eu conheço ela. Olho para a poltrona no canto da sala e vejo uma figura alta se levantar.

— Virou médico agora? Eu preciso ver o que está acontecendo — falo e Ethan Reed levanta as mãos em redenção.

— Só estou tentando ajudar — ele diz caminhando até mim.

— O que você quer? — pergunto mal humorado.

Ignorando o comentário de Ethan, tento me sentar, mas minha barriga dói e eu acabo caindo de novo na cama.

— Agh! — solto um grunhido de dor.

— Eu avisei. — Ele diz convencido.

Semicero os olhos para Ethan e bufo.

— O que você quer ? — pergunto novamente. —  Porque se veio aqui para encher o meu saco, você poderia ter feito isso por mensagem, pombo-correio ou qualquer uma dessas merdas.

Ethan cruza os braços sobre o peito e suspira.

— Vim te pedir desculpas.

Abro a boca para dizer alguma coisa, mas a fecho desacreditado.

— Se isso é algum tipo de piada... — começo e ele ri.

— Acha mesmo tão impossível eu te pedir desculpas ?

— É, eu acho — respondo bem convicto. — Vem cá, como você conseguiu entrar aqui? Pensei que crianças não pudessem entrar.

Era impossível de acreditar, pois não era como se qualquer um estivesse me pedindo desculpas, era Ethan Reed — o garoto mais idiota que eu conheço e que por acaso me odeia — me pedindo desculpas. O ego inflado dele nunca permitiria isso.

Inimigos de infância (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora