Capítulo 9 - Você pode confiar em mim.

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Este capítulo contém cenas inéditas

Shirley

Pouco depois que Felipe saiu do quarto, Shirley decidiu que ficar ali chorando não ajudaria em absolutamente nada. Levantou-se e foi para o salão, mesmo sabendo que não tinha chance de acontecer, ela alimentava a esperança de encontrar Felipe sentado em alguma das mesas tomando um whisky. Talvez até acompanhado de alguma das meninas, não seria um problema, desde ele ainda estivesse la.

Mas, infelizmente, ele tinha ido embora e Shirley não fazia ideia de quando o veria novamente.

A situação em que tinha se colocado com ele era complicada. Ela queria muito sair da boate e se ver livre de Adonis e da prostituição, mas também desejava com todas as forças encontrar sua irmãzinha, que era inocente e que não merecia nada daquilo.

Ela suspirou e voltou a trabalhar, mas sempre pensando em Felipe.

...

Uma semana havia se passado e Shirley esperava todas as noites a hora em que Felipe iria aparecer, mas isso não aconteceu. Mas ela não se permitia ficar triste, ninguém podia saber oque aconteceu, e estava fazendo aquilo por uma boa causa.

- Amiga? - Ela ouviu a voz de Babi ao longe. - Shirley, você tá aí?

Shirley levantou da cama e foi até a porta e abriu passagem à amiga.

- Tava procurando você pela casa toda, amiga...

- Oque houve? - Ela perguntou.

- Estamos indo à boate repassar a coreográfica pra amanhã, quer ir com a gente?

Shirley pensou um pouco, ha um bom tempo ela esperava por uma oportunidade para entrar naquele escritório, e de dia não ficava ninguém la além de um vigia. Era a oportunidade perfeita.

- Tá, tudo bem...

Shirley colocou uma roupa depressa e foi com a amiga para a boate.

Ela não iria participar do ensaio, destestava dançar, principalmente num palco com pole dance. Portanto ficou apenas sentada num dos sofás que havia la, enquanto as meninas ensaiavam a tal coreografia.

Shirley observava ao redor atenta a uma oportunidade até que ela apareceu quando o vigia falou que precisava sair rapidinho e que não demoraria. As garotas estavam distraídas no palco, o caminho estava livre.

Shirley seguiu sorrateiramente até a porta ao lado do bar que havia ali forçou a maçaneta para baixo, quase pulou de alegria ao encontrá-la aberta. Sem mais perder tempo adentrou a sala.

Ela era discreta e em tons neutros e escuros e não havia nada que aparentemente incriminasse Adonis, acima de qualquer suspeita para qualquer pessoa.

Ela seguiu diretamente à mesa de Adonis, nela havia algumas gavetas e outras trancadas. Shirley abriu as gavetas uma a uma e não encontrou nada.

Revirou também os armários, pastas e nada. Uma sensação de desespero começava a crescer dentro de Shirley ao pensar que estava se arriscando, que perdeu a oportunidade de se ver livre daquele lugar para nada até que olhou o notebook aberto em cima da mesa e decidiu procurar la.

- Não acredito, Shirley, como você é burra! - Ela exasperou-se. - É claro que essa porcaria tem uma senha!

Ela sentou-se na cadeira e começou a testar possíveis senhas que Adonis poderia ter escolhido, a cada tentativa incorreta ela se irritava mais.

- Aaaaah! Que inferno! - Ela gritou encarando furtivamente a tela do notebook até que uma ideia lhe veio a mente. - Ah, não, será...?

Contente demais com a possibilidade daquilo dar certo ela resolveu testar, digitou seu palpite e prendeu a respiração quando a tela carregou e permitiu o acesso.

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