Um Dia Tudo Mudará

Capítulo 41 (01/02)

Feliz ano novo!

Ashley Baker — Último Capítulo
                      
 
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Eu precisava me redescobrir. Minha vida tinha se tornado um conto de fadas mais sem noção e desumano para os demais que acompanha o show, até para mim. Parece que eu estou em um filme ruim e longo demais, se estendendo para deixar as pessoas ainda mais transtornardas com os acontecimentos quase fatais. Eu tentava dá ouvidos a pessoa a minha frente, mesmo que eu esteja presa em meus pensamentos conturbados, franklin, estava diante de mim com seu sorriso corriqueiro, se divertindo.

Isso que eu estou fazendo pode ser a coisa mais idiota que eu possa ter feito na minha vida. Liguei para esse homem depois de quatro semanas remoendo os acontecimentos, as conversas que Josh tinha comigo, as insinuações, eu tinha que saber o que tinha acontecido.

Apertava meus dedos sem machucar a minha pele, contra a minha barriga. Quatro semana, um mês remoendo o passado a procura de respostas, um passado que não era meu.

— Eu achei que depois daquele seu showzinho no hospital, você não voltaria a falar com um Baker. — ele debochou se sentando ao meu lado. — Mas você também é uma, ou já estou errado sobre isso? Fez o que prometeu, querida?

Não. Eu não fiz, não teria como fazer.

Tudo que disse e acusei me fez uma das pessoas mais ruins do mundo. É claro que eu era uma delas, por Deus. Eu não tinha ao direto de dizer as coisas que eu disse, não tinha o direito de culpar Thomas pelas minhas escolhas, eu não tinha nenhum direito de afastar a pessoa que eu amo por medo. Thomas passou mais de vinte e quatro horas me fazendo companhia mesmo quando eu ainda dormia, mesmo quando tudo que eu podia fazer para ele, era deixar ele segurar a minha mão pálida e sem nenhum movimento. Eu estava cansada, machucada e sem nenhuma razão para acreditar em um mundo da qual eu não voltaria a passar por isso. Pelo menos eu pensava que isso não teria fim, eu tinha deixado Thomas matar Joe, como tinha deixado Thomas matar Madeleine e também Josh. Não importava o que tinha nos levado a isso, o que importa agora é como nos tornamos por isso. Eu tinha transformado o único homem que eu amei e amo se transformar em um quase monstro. Quase, porque eu não posso rotular um homem que não me diz nada.

Eu sempre me arrisco no escuro, eu tento presumir sempre o que Thomas quer, ou o que ele não gostaria. Nunca nos sentamos e conversamos sobre nada a nossa volta, a não ser, nós dois.

— Só porque estão mortos, não significa que  se tornaram bons, Baker. — Franklin sussurrou olhando para o horizonte.

— Do que fala?

— Ah, Ashley. — suspirou. — Você já deveria saber que a morte não é o fim de algo, é só um começo para os dois lados. Agora você tem que ver em qual deles você quer está.

Eu assenti. Eu entendia as estrelinhas de franklin. Eu só tinha que escolher um lado, um único lado, na verdade. Ele não fala da morte em si, mas do que vem com ela, e sinceramente, eu não posso aguentar mais isso. Não agora!

— Eu só estava com medo. — sussurrei chorosa. — Eu terei alguém que tenho que proteger agora, Franklin. E eu não sei como fazer isso.  — confessei.

Eu vejo o quão covarde eu sou. Antes eu tinha sempre a desculpa de não posso porque certa pessoa não permite. Eu não tinha a capacidade de resolver os meus problemas, por mais que eu tentasse, eu acabava me afundado mais e mais, até que alguém bom o suficiente me puxe para cima. Até alguém inteligente o suficiente consiga me salvar.

Quantas vezes já não pensei em terminar tudo com Thomas? Quantas malditas vezes lutei sem colocar nenhuma força para que as coisas mudassem? Foram muitas! Eu nunca tinha agido, eu só falava e falava e me queixava. Eu pedia mudanças, mas eu não mostrava que queria.