capítulo 38

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Apenas mais dois capítulos para o fim!

Capítulo 39 e o epílogo, e assim daremos fim, graças a Deus, nessa obra.

Ashley Baker

Meus olhos ardem pela claridade que entra pela pequena janela do canto, dando direto no meu rosto. Se não fosse por ela, eu não teria noção de quantas horas eu estou aqui. Josh saiu daqui ontem a noite, se divertindo ao me ver largada no chão frio desse lugar. Minha barriga roncava e anteriormente, eu teria dormido para enganar a fome. Eu sabia que eu estava aqui faz mais de um dia, já estamos na segunda manhã, daquela noite. Tudo que Madeline me deu foi uma garrafa pet de água, que guardo atrás de mim, caso eles venham a desisti até disso.

— Eu sinto muito, meu amor. — murmurei alisando a minha barriga. — Eu prometo que a gente vai sair dessa. Papai vai nos achar, eu sei. Você não tem que se preocupar, eu vou te proteger até lá.

Quem eu queria enganar? Eu mal consigo levantar, sem tropeçar em meus próprios pés. Eu sentia o medo corroer cada parte do meu corpo. Josh deixou claro o que ele queria fazer comigo e com meu filho, tudo que eu tenho que fazer é esperar, como ele disse. É algo inevitável, que eu morrerei de qualquer forma e que meu filho será melhor que nunca nasça. Mas eu quero que ele viva, eu quero vê-lo crescer, eu quero amar o meu filho. Eu não posso perdê-lo agora que quase o tenho.

Encosto minha cabeça na parede, sentindo o arrepio percorrer todo o meu corpo. O casaco que eu tinha trazido comigo, já não estava em mim a muito tempo. E o vestido que antes me olhava no espelho, achando engraçado como ele rodava, agora me dá um ódio por ele não ser tão comprido.

Empurro minhas pernas para me dá impulso e assim eu possa sair do local em que estou, arrastando minha bunda até um canto escuro. Madeline tinha soltado as minhas mãos há quase dez horas, mas mesmo assim, elas ainda doem e ainda continua com uma coloração roxa.

Agarro a garrafa de água, abrindo ela aos poucos. Eu tinha tanta sede como também tinha fome, mas eu tinha que me controlar, eu sei que eles não planejam me dá mais nada. Eu já havia gritado de dor noite passada, algum tipo de inseto que perambula por aí, teria entrado no meu ouvido, depois que eu dormi. Foi uma dor insuportável, eu sentia ele andando por lá, e eu não conseguia fazer nada. Me sentindo uma inútil de novo.

Agora não seria um momento para pensar em meus sentimentos, mas eu só conseguia pensar sobre isso. Eu me perguntava tantas coisas, que fazem minha cabeça se ocupar por um tempo, tempo suficiente para que um dos dois façam suas coisas e volte para me ver.

Agora, era a vez de Madeline.

Ela fechava a porta e caminhava até mim. Eu não olhava para ela, mas ela seguia o mesmo caminho que eu fiz. Eu andei por todo esse lugar, tentando achar um canto mais quente para que eu possa ficar, mas minha procura foi inútil, assim como a minha vida para eles.

Ela agachou-se a minha frente e suspirou.

— Por que você não o deixou sozinho? Nós poderíamos nunca se encontrar, Ashley. Tudo poderia ter sido diferente, se você não tivesse aceitado qualquer coisa que tenha vindo dele.

— Eu sou tinha dezesseis anos. — falei, já com lágrimas nos olhos. — Tudo que eu fazia, nada era certo. Rayn tinha conseguido umas identidades falsas, depois que eu disse que eu e Thomas rompemos. Eles queriam me fazer se senti melhor, então eu aceitei. Thomas me ligou depois que eu estava lá, me xingou e perguntou aonde eu estava.

Aperto meus dedos em meus joelhos sujos e machucados.

— Eu não disse, então ele me falou que eu era uma vadia. Eu fiquei com muita raiva, eu queria mostrar pra ele o que seria uma vadia.

Um Dia Tudo MudaráOnde histórias criam vida. Descubra agora