E vislumbrou Lhamar, com o florete na mão tentando abrir caminho até Tohomy. Akum já desmontado evitava os ataques e contra atacava com socos e chutes, a espada do Imperador estava a metros de distância fincada profundamente no chão.
Vhan Ventobravo se levantou deixando Tohomy enterrado na lama, respirou fundo se acalmando ao mesmo tempo que era submetido com cenas e sons; grunhidos e xingamentos da multidão, viu um dos nobres brigando com um homem do campo nas arquibancadas, os grunhidos dos nobres se misturavam com os berros da multidão, os pobres aplaudiam Vhan e o chamaram Vhan o Cavaleiro Negro, os nobres cuspiam na direção do menino e diziam Vhan boi de Golum.
Por todo o lugar aço resolva a aço, Akum estava sendo pressionado por um jovem elfo, mesmo com sua ampla experiência aquilo nunca havia acontecido, no começo era simples esquivar e bater em Lhamar, porem isso foi mudando conforme a luta se estendia, o Imperador ainda teve sua espada arrancada de sua mão em um golpe da Presa Branca de Lhamar, mas continuou a lutar. Ambos se golpeavam perto das arquibancadas, apesar de Akum estar intacto e Lhamar em pedaços, o Imperador sabia que não venceria aquela luta, em momentos esses pensamentos se tornaram realidade, Lhamar impressionava Akum a cada golpe mais rápido, cada defesa melhor que a anterior, Lhamar era o talento vivo, a plateia presenciou com espanto o momento em que Lhamar destruiu a defesa de Akum com um soco na cabeça do Imperador, em sequência com seu florete fez em frangalhos a armadura de aço de Akum, que se transformou em uma peneira deformada. Lhamar retirou uma adaga com sua mão esquerda enquanto avançava contra o Imperador, socos, floretes e adaga retiniam e ressoavam nos elmos e nas armaduras dos dois. Lhamar recebia quatro golpes para cada um que dava, e continuava em pé.
– Preciso acabar com isso antes que algo pior aconteça– pensou Vhan Ventobravo, Tohomy aproveitou o momento de distração de Vhan e sacou uma adaga, Vhan chutou o rosto dele e o jogou de cara para o chão. Então agarrou a capa dele o arrastou pelo campo. Quando chegou na arquibancada aonde Elum estava, o príncipe Dragão estava sujo como um porco.
Vhan o colocou de pé e o sacudiu, respingando um pouco de lama em Elum.
– Diga a eles, diga agora! –Gritou Vhan.
Tohomy cospiu sangue e barro antes de falar.
– Eu desisto, retiro minhas acusações.
E a corneta soou pela ultima vez.
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Sangue e Honra
FantasiO Sangue vermelho dos velhos deuses atravessam o céu como cometas. E a partir da cidade antiga de Ukrar, reina o caos. quatro nações lutam pelo controle absoluto da terra dividida, preparando-se para o embate através de tumulto, confusão e guerra. É...