Capítulo 8 - Magia

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Notas da autora:

"Desculpa pela atualização atrasada, mas era meu aniversário alguns dias atrás, então eu estava um pouco mais focada nisso. Eu não vou dizer minha idade, porque eu sou muito nova para estar escrevendo sobre dois homens realmente crescidos se apaixonando em um universo diferente!"

"Também, meu Frances não é muito bom, então aguentem as pontas!"

...

Eles finalmente estavam ancorados em Sainte-Marie, mas Louis não tinha tido muito tempo para explorar propriamente quando ele e a tripulação foram levados para Madagascar.

Foi tanto tudo quanto nada do que Louis tinha imaginado.

Em vez de pegarem um barco, Harry tinha emprestado um navio menor que já estava ancorado em Sainte-Marie (Louis descobriu mais tarde que o navio também pertencia a Harry), e eles estavam agora ancorados em uma baia por Mahajanga, um porto marinho na borda mais extrema da ilha. Era no lado mais perto do que Louis conhecia por ser a África. Moçambique, Zayn tinha o informado. Louis nunca tinha ouvido falar de lá antes, mas soou quente e exótico, o que ele estava começando a preferir em vez do clima chuvoso e sempre inconstante da Inglaterra.

Por Louis saber tão pouco sobre a ilha, ele decidiu ficar por perto de Harry uma vez que a tripulação começou a sair do navio para explorarem por si sós. Harry não pareceu se importar, pacientemente respondendo quaisquer perguntas que Louis tinha e explicando tudo em detalhes. Dizer que Louis estava admirado era provavelmente um eufemismo. Ele estava experimentando algo como um choque cultural, com todas as pessoas e culturas novas.

A coisa que mais o surpreendeu, entretanto, foi como Harry interagia com as pessoas lá. Ele era gentil, sorridente e fazer piadas parecia fácil, mais do que Louis jamais o tinha visto. Ele também descobriu que Harry era fluente em Frances, a língua que as pessoas na cidade falavam principalmente. A língua oficial era Malgaxe, mas por razões comerciais, as pessoas falavam Frances.

Os dois agora estavam andando pelas ruas da cidade lado a lado, suas juntas se roçando uma contra a outra aqui e ali, apesar de nenhum dos dois fazer qualquer coisa para impedir que isso acontecesse.

"E sobre religião?" Louis perguntou quando ele percebeu uma mulher rezando enquanto olhava para o céu, seus lábios murmurando uma reza em francês.

"Igual a você," Harry respondeu. "Um Deus para venerar. Ele também têm esses valores. Fihavanna, vintana e tody: solidariedade, destino e karma. Eles também acreditam em Hasina, que é, uh, o conceito de santidade e autoridade imbuída na cultura tradicional. Algo assim."

O jeito que Harry falou sobre isso mostrou seu interesse genuíno pelo assunto, mas havia um tom diferente que fez Louis se sentir inquieto, como se alguma coisa não estivesse muito certa. "Mesmo que eu?" ele então repetiu, como se isso fosse uma clara representação do que ele estava tentando perguntar. "Você tem uma religião diferente, então?"

Harry balançou sua cabeça, sua expressão solene. "Eu não acredito em um Deus. Não porque eu acho implausível, mas porque eu não quero acreditar Nele. Quem iria querer acreditar em um homem que mata criancinhas, machuca pessoas inocentes, fazem-nas viver nas piores condições imagináveis?" Ele pausou por um momento. "Eu não quero venerar um homem assim."

E tudo no que Louis pôde pensar era no quão totalmente diferente Harry era. Ele era tão facilmente ele mesmo, era quase inacreditável. Ele tinha que ser o único homem na terra que não acreditava em Deus, que mão rezava para um Deus e que não O seguia. Louis tinha certeza que aquele foi o momento de virada para ele, que dali em diante, seus sentimentos realmente começaram a se desenvolver. Ele não sabia na época, de qualquer jeito.

A sea without water, a compass without directionOnde histórias criam vida. Descubra agora