Capítulo 15 - Flutuando

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Notas:

Aviso de conteúdo sexual.

"Muito obrigada a todos pelos comentários doces. Eles realmente tocam meu coração, e isso me faz a pessoa mais feliz do mundo quando os vejo. Eu também não consigo acreditar no número de leituras/atenção que essa história está tendo... é loucura, e eu não podia ser mais grata e feliz. Com todo amor."

...

Louis havia sentado com Ed que explicou como dirigir o navio para um homem do outro navio. Ele era o único que falava inglês bem o suficiente para entender o que lhe estava sendo dito. Louis tinha acompanhado o máximo que ele pôde, interessado em como o navio funcionava— o que era uma mentira, e que mentira. Era apenas uma boa razão para evitar Harry por um pouco mais de tempo. Ele sabia que precisaria tocar no assunto eventualmente, mas ele apenas não conseguia fazer isso logo depois de uma batalha de vida ou morte. Então ele sentou com Ed e escutou.

Depois disso, ele ajudou o resto da tripulação com os corpos. Os que eram dos inimigos eram simplesmente jogados para joga do navio, e foi assim que Louis descobriu que corpos mortos flutuam se eles estiverem mortos por muito tempo, e eles sempre flutuam com o rosto para baixo. Os membros da tripulação que não sobreviveram eram enrolados em linho branco e pedaços de tecido encontrados nos dois navios. Esses flutuavam também, e Louis não tinha certeza se ele achava poético ou mórbido. Eles haviam perdidos seis membros da tripulação, o que significava doze tiros: um para o nascimento, um para a morte.

Ele não havia chorado, nem mesmo quando ele descobriu que um dos falecidos era Maeva. De algum jeito, ele não conseguia mais encontrar suas lágrimas. Ele supôs que aquilo era apenas uma consequência que vinha ao se tornar um pirata: as emoções ficavam abafadas.

Antes do 'funeral', Louis visitou Liam para checar suas feridas. O corte em seu ombro apenas precisava de uma lavagem com álcool e com um pouco de sorte, não se tornaria em uma cicatriz muito grande. O corte em sua bochecha se tornaria uma cicatriz, o que não deixou Louis muito feliz.

No momento, seu olhar estava em Harry que estava sentado a sua mesa. Louis estava sentado na cama, exatamente no meio assim como no centro da cama o provendo segurança. Segurança do que, ele não sabia.

Harry falava, Louis escrevia.

"Maeva Nirina," ele disse, encarando um canto e girando sua pena, seus olhos distantes. "Dezesseis. Morto por pistola. Foi uma de minhas mãos por..." ele hesitou, expirando profundamente. "...quatro dias."

Isso era difícil. Louis engoliu em seco, mas escreveu isso mesmo assim.

"Baptiste Dubois. Vinte e oito. Morte por... Deus, eu não sei, faca? Sim, faca. Foi uma de minhas mãos por... cinco anos. Um dos mais longos." Harry mordeu seu lábio. "Leal até o fim."

Louis engoliu novamente, escrevendo as palavras Leal até o fim mesmo que isso não era necessariamente uma coisa para um certificado de morte. Ainda era importante, Harry não teria dito se não fosse.

Então ficou silencioso. Louis colocou os documentos para baixo, então a pena, e então empurrou o anel de Harry de novo porque ele continuava escorregando enquanto ele estava escrevendo e ele teve que tirar em algum ponto.

"Quem é Barends?" ele perguntou, quebrando o silêncio e ganhando a atenção de Harry. "Eu não quero dizer, tipo, quem é ele, mas sim... que é ele pra você?"

Harry mordeu seu lábio, respirando profundamente antes de responder. "O que ele disse pra você?"

"Eu perguntei primeiro."

A sea without water, a compass without directionOnde histórias criam vida. Descubra agora