Capítulo 16 - Vivo

10.8K 1.2K 962
                                    



Notas da autora: um pequeno aviso sobre conteúdo sexual. São cinco frases ou algo assim. Começa '༻♛༺' e termina em 'ele colapsou ao lado de Harry.'

...

Dois meses depois.

A lâmina do cutelo picou a pele em seu pescoço, fria e imperdoável, tão afiada que Louis nem mesmo ousou engolir sob os olhos estreitos de Zayn perfurando os seus, com medo de que a lâmina iria cortá-lo se ele empurrasse sua garganta longe o suficiente. Houve um silêncio tenso, o peito de Louis pesando em fatiga.

Então Zayn deu um passo para trás com um sorriso satisfeito, soltando seu aperto em Louis e puxando o cutelo para longe de sua garganta. "Perdeu de novo," ele disse, fazendo Louis bufar e olhar para baixo. "Como isso deixa o placar, Niall?"

"Uh, trinta e quatro a três," Niall respondeu de onde ele estava empoleirado em cima de um barril. "Você é muito ruim nisso, Louis."

"Vai se foder," Louis murmurou, coçando a cicatriz em sua bochecha. Agora era uma linha pálida e branca, seguindo a borda de sua bochecha e parando apenas o comprimento de uma moeda antes de seu nariz. Era uma das muitas cicatrizes que ele tinha agora, cada uma conquistadas em batalhas com outros navios. Havia uma que ele ganhou de Liam quando ele me estavam treinando, o que ele estava fazendo com Zayn agora, e Liam tinha ficada um pouco entusiasmado demais, acidentalmente criando um corte na coxa de Louis. Isso o tinha assustado tanto que ele tinha de recusado a treinar com Louis novamente, e Louis não teve outra escolha a não ser ir a Zayn, que era o melhor no navio (Harry sempre o chamou de segundo melhor).

Nos últimos dois meses, Louis tinha perdido quase todas as características do príncipe que ele costumava ser. Ele não andava mais com seu queixo no ar, não se incomodava em manter uma postura quando ele estava sentado e não cuidava mais suas palavras quando falava. Ele era um pirata por completo, a única coisa que separava ele do resto da tripulação era o sangue que o prendia a sua família real.

Suas mãos não eram mais macias, mas duras e fortes como o resto de seus músculos pelas muitas batalhas pelas quais ele tinha passado. Ele não era mais apenas um cabin boy, mas ele era agora um intendente, encarregado de ver se as ordens do Capitão eram obedecidas e de lidar com o gerenciamento do navio no dia a dia. Ele estava mais próximo de Harry, mas não apenas em autoridade.

A tripulação tinha aceitado o que havia entre ele e Harry sem muito mais que um puxar de respiração. Louis não sabia o que ele teria feito se a tripulação não tivesse aceitado o fato de que ele estava na cama com o capitão.

Mas isso era tudo. Eles não estavam apenas na cama juntos; Louis o amava. Ele amava Harry, mas ainda tinha que falar para ele, e se ele estava sendo verdadeiramente honesto, ele não queria dizer nada ainda, aproveita do o presente demais para se preocupar com palavras.

Louis tinha se apaixonado pela vida no mar e raramente pensava na vida de volta na Inglaterra. A emoção das tempestades que ocasionalmente balançavam o mar, a chuva em seu rosto descoberto quando ele ordenou a tripulação ao lado de Harry, o som afiado do cutelo no cutelo durante batalhas, a adrenalina que fluía através dele como uma droga nunca poderia... Louis nunca tinha pensado que ele pudesse viver assim.

Algumas vezes era difícil, como quando Ed perdeu seu dedo médio, indicador e anelar numa luta com outra tripulação, ou quando Zayn engravidou, mas perdeu o bebê dias depois na mesma lutarei Ed perdeu seus três dedos. Eles sempre superavam, de qualquer modo, e Zayn admitiu nem sentir saudade do bebê ("Não tive tempo de me apaixonar por ele, tive?"). Louis nunca disse nada quando ele pegou Zayn chorando uma noite, murmurando uma oração para os céus em Árabe.

A sea without water, a compass without directionOnde histórias criam vida. Descubra agora