Capítulo 25 - Vingança

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Notas da autora: Eu espero que vocês gostem desse último capítulo. O próximo vai ser o epílogo. Obrigada a vocês todos por me aguentar através de tudo isso! Eu nunca poderei agradecer o suficiente.

Notinha da tradutora: vai ter uma cena com as irmãs de Louis e Félicité está claramente incomodada com o novo jeito de Louis falar, nem um pouco formal. Isso não é tão evidente em português quanto é em inglês, então peço um pouco de compreensão. Eu fiz o melhor que consegui fazer sobre isso, e se prestar atenção desde o começo, tem uma mudança no vocabulário dele, mas não tanto quanto se você ler em inglês. ANYWAY, era isso. Aproveitem a leitura. :)


...


Seu quarto ainda era o mesmo. A cama estava arrumada perfeitamente, contra a parede de trás do quarto desnecessariamente grande. Travesseiros e tapetes ostensivos de sabe-se lá onde. Não havia nem um pouco de personalidade na decoração e ainda parecia que ninguém havia colocado os pés no quarto. Tudo era o mesmo, nada havia mudado ali dentro.

Exceto por Louis, que nunca tinha se sentido mais deslocado do que se sentia naquele momento. Seus pais o tinham trancado ali depois que Harry tinha ido embora junto com sua tripulação, quem, Louis ouviu, não tinha aceitado o plano de abandoná-lo. Três dos homens deles haviam morrido tentando chegar até Louis, o que era de apertar o coração, saber que a lealdade deles havia sido realmente inabalável.

"Você está em casa agora," sua mãe havia dito, mas Louis discordou (e ainda desconcordava), porque casa não era mais um palácio, e sim uma pessoa.

Ele nem tinha tido tempo de se acomodar, porque apenas minutos depois que sua mãe havia o deixado sozinho, uma criada havia entrado no quarto. "Nós preparamos uma banheira para você, Majestade," ela disse, as mãos juntas na frente de sua cintura.

"Banho?" Louis perguntou de onde ele estava sentado na beirada da cama.

"Sim, Sua Majestade."

"Dê pras minhas irmãs, eu não preciso me limpar," Louis murmurou, ignorando o olhar surpreso que ele ganhou por seu vocabulário. "Quem disse pra você fazer isso?"

"Seu pai o Rei, Sua Majestade," a criada disse, se embaralhando nervosamente.

"Meu pai o Rei," Louis zombou, se levantando. "Bem, você pode dizer ao meu pai o Rei que se ele quer me dizer alguma coisa, ele pode perguntar pessoalmente em vez de mandar a criada a cada três fodidos segundos."

A garota assentiu, seus olhos arregalados pela profanidade e desrespeito ruidoso. "Majestade," ela disse quietamente, dando uma reverência pequena e curvando a cabeça antes de se precipitar para fora do quarto. Louis se sentiu um pouco culpado por ser tão rude com a menina, mas ele precisava fazer todo mundo entender que ele odiava aquele lugar. Nem um segundo que Louis estivesse ali ele iria gastar sorrindo ou rindo ou parecendo feliz: ele odiava o palácio e quase todo mundo que vivia nele.

Quase todo mundo. Sua mãe e suas irmãs (e agora, seu sobrinho) eram as pessoas mais doces que ele conhecia, e ele nunca machucaria nenhuma delas. Elas mereciam ser felizes. Aproveitar suas vidas. Já seu pai, Louis teria sua vingança eventualmente. Ele estava infiltrado no palácio agora, conseguir chegar até seu pai para acabar com a vida dele agora seria fácil. Ele suspeitava que levaria a ele apenas uma semana para descobrir quando e onde seu pai estaria sozinho. Ele tomaria a vida dele, deixaria o castelo e nunca olharia para trás, esperançosamente encontrando o Cursed Odyssey logo depois.

Era um plano simples. Agora ele apenas precisava ir adiante com isso.

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Louis deveria saber que nunca seria tão simples. Ele foi obrigado a entregar todas as armas e foi mantido longe de todos os cômodos com armas. Quase todos os seus privilégios foram revogados também: ele não tinha permissão de sair do palácio, andar perto de qualquer cômodo sozinho, forçado a ter um guarda com ele para absolutamente todos os lugares e quase sempre forçado a ficar em seu quarto. Seu pai, ele malmente via. Ou o homem estava o evitando, ou ele simplesmente não conseguia aguentar ficar perto de Louis: Louis estava bem com o que quer que fosse, se ele não pudesse matar seu pai ele não queria estar em volta dele.

A sea without water, a compass without directionOnde histórias criam vida. Descubra agora