Capítulo 10 - Doce

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Notas da autora:

"Muito obrigada por todos os comentários doces! Isso realmente me ajuda a escrever :)"

...

Ainda era noite quando Louis acordou. Ele estava deitado de costas, Harry ao lado dele com seu braço pendurado sobre a cintura de Louis, seu rosto pressionado no ombro dele.
Não demorou muito para que os eventos daquela noite passassem por Louis, que lembrou do jornal primeiro. Então a briga com Harry—e foi mesmo uma briga? Isso foi seguido da lembrança do heat de Niall se aproximando.

Louis cuidadosamente pegou o braço de Harry, levantando longe o suficiente para sair da cama antes de colocá-lo na cama de novo. Ele ainda se sentia um pouco vacilante, o álcool ainda não inteiramente fora de seu sistema. Cuidadoso, Louis conseguiu chegar até a mesa sem bater em nada. O jornal ainda estava lá, o título ainda o mesmo.

Ele não podia acreditar. Seu pai tinha realmente desistido dele. Ele era tão desimportante para seu pai, para ele apenas fingir que Louis estava morto, quando ele claramente sabia que Louis ainda estava vivo, talvez até lutando por sua própria vida? Tudo em uma palavra, isso fez Louis se sentir muito inútil, saber que ele era tão menosprezado por seu próprio sangue. Isso o lembrou de sua mãe e de suas irmãs, fazendo-o pensar se eles sabiam sobre a verdade sobre seu bem-estar. Suas irmãs provavelmente pensavam que ele estava morto, mas sua mãe... Louis não podia ter certeza. Ele se sentiu mal por sua família. Suas irmãs o adoravam, ele sabia disso, não importava o quanto egoísta soava. A notícia deve ter sido pesada para elas—não, não a notícia, a mentira. Era mentira. Ele não estava morto.

Apesar de, talvez, de algum jeito, ele estar. Sua identidade certamente estava morta. Harry tinha frequentemente explicado a ele que de jeito nenhum ele era permitido a se apresentar com seu verdadeiro sobrenome. Era apenas Louis e um sobrenome aleatório caso absolutamente necessário.

Louis Tomlinson já estava morto, seu pai apenas tornou isso oficial.

Quando ele começou a chorar exatamente, Louis não tinha certeza. Foi em algum lugar no meio de ler a manchete do jornal e cair em seus joelhos e encostar suas costas contra uma das cadeiras. O que ele sabia, era que ele chorou por um longo tempo. Ele sentou lá pelo que pareceu horas, mas poderia ter sido minutos. Isso não importava realmente, de qualquer jeito.
Depois de um tempo, houve um farfalhar na cama. Louis não cessou seu choro.

"Louis?" uma voz sonolenta e rouca sussurrou. Louis apenas soluçou forte. Houve um suspiro, mais um farfalhar nos lençóis, e então passos que se aproximaram mais e mais com cada segundo.

Então Harry se abaixou na frente de Louis, antes de se colocar em seus joelhos completamente.

 "O que há de errado?" ele perguntou, seu tom de voz gentil e quente. Ele ainda estava falando quietamente.

Louis não respondeu.

"Louis, você tem que me contar o que está errado, eu não posso te ajudar se você não falar," Harry disse, esticando sua mão para colocá-la no braço de Louis. Ele apenas balançou sua cabeça, quase como uma criança.

"Olhe pra mim, amor," Harry disse, e Louis finalmente fez como dito, levantando sua cabeça e encontrando o olhar de Harry que estava cheio de preocupação. "Fale comigo."

"Meu pai," Louis coaxou. "Ele apenas... ele se importa tão pouco."

Harry suspirou suavemente, não em irritação, mas em simpatia. "Eu sei," ele disse. "O que ele fez é indescritível. Foi desonroso e covarde."

Mas não era isso. Esse era o homem que criou Louis, que o ensinou as coisas que ele sabia hoje, mas que agora tinha se livrado dele com mais facilidade do que ele teve ao colocá-lo no mundo.

A sea without water, a compass without directionOnde histórias criam vida. Descubra agora