Capítulo 17 - Irmã

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Compensando a demora.

Notas da autora: aviso de conteúdo sexual.Nós estamos tendo bastante desses, não temos? Começa com "por favor," Louis sussurrou..." Termina em "Ele se sentia imensamente feliz..."

...

Alguns dias se passaram, e Louis encontrou a si mesmo parado na parte de trás do navio, deixando o sol bater em seu rosto e observando a água. Um dos homens tinha contado uma história na noite anterior sobre a vez que ele havia visto uma sereia naquelas águas. Todo mundo tinha rido dele e esquecido da história como se não fosse nada a não ser um conto bêbado, incluindo Louis, mas agora que ele estava parado ali ele continuou inconscientemente procurando por uma sereia.

Hoje era outro dia lento como a maioria dos dias eram. A tripulação sentava pelos cantos preguiçosamente, jogando cartas e cuidando de suas armas, adiando suas lâminas e limpando suas pistolas. Parecia que não tinha muito para fazer. Bem, era verdade, até que o homem sentado no ninho do corvo abruptamente falou.

"Vela, ho! Vela, ho!"

Isso significava que outro navio tinha sido avistado. A tripulação imediatamente voltou a vida, os membros da tripulação correndo para as suas estações ao que a porta da cabine de Harry se abriu num baque e o capitão caminhou para fora. Seu rosto estava erguido em raiva ao que ele colocava seu tricorn na cabeça. "Porto ou estibordo?"

"Estibordo, Capitão!"

Louis rapidamente correu para o deck principal, tomando seu lugar ao lado de Harry em frente do corrimão.

"O que você vê?" Harry perguntou a ele. Louis estreitou seus olhos contra o sol, mas ele não conseguia ver muito do navio.

"Não consigo nem ver a bandeira," ele disse, se sentindo inútil. Harry notou e esfregou seus dedos contra os de Louis, a ação afetando Louis o suficiente para acalmá-lo e fazê-lo se sentir melhor sobre ele mesmo.

"O que mais você vê, lass?" Harry chamou o ninho do corvo.

Ficou silencioso por alguns segundos. "Bandeira vermelha, Capitão!" Foi então ouvido. Levou alguns momentos para Louis lembrar que bandeira vermelha significava a bandeira Britânica. "Caramba! Eu creio que é a Marinha, Capitão!"

Era possível ouvir uma agulha caindo no silêncio abrupto. A mandíbula de Harry trincou, e depois de alguns segundos, ele falou. "Prepare os canhões."

Louis franziu suas sobrancelhas. "Você realmente pensa que vamos lutar contra eles?" ele perguntou ao que o resto da tripulação comemorava e se preparava para a batalha. "A Marinha Inglesa?"

"Eu espero que não," Harry disse, balançando a cabeça para ele mesmo. "Perderemos muitos homens."

Louis ainda não se mexeu para se preparar, ganhando a total atenção de Harry. "O que foi, amor?"

"É a marinha," Louis respondeu. "Minha Marinha. Eles conhecem o meu rosto."

"E se eles o verem eles vão saber que está vivo," Harry disse vagarosamente, finalmente entendendo o que Louis queria dizer. "Eles vão mandar pessoas para recuperar você."

Louis assentiu, sua mordida se apertando. "Eles vão matar todo mundo no navio." Ele respirou fundo. "Eles vão matar você."

Harry agarrou a mão de Louis, sorrindo para ele. "Nós temos isso, lembra?" ele disse, puxando o frasco debaixo da camisa de Louis.

"Isso te deixa mais forte, não invencível," Louis suspirou, colocando o frasco de volta debaixo de sua camisa no caso de alguém pudesse ver.

"Capitão!" O ninho do corvo de repente gritou novamente. "Eles não querem lutar! Eles querem se encontrar!"

A sea without water, a compass without directionOnde histórias criam vida. Descubra agora