23° capítulo
- A modelo Liliana Lovatti é vista passeando pela praia, com um look despojado e com a barriguinha de fora. E que barriguinha hein?! A modelo, que recentemente desfilou por marcas importantes e renomadas, exibe uma barriga que muitos internautas estão questionando. Podemos ver a diferença nas fotos a seguir. -Samuel me mostrou as fotos comparando- Liliana, que sempre foi uma modelo exemplar, hoje exibe uma barriguinha saliente. Além de que ela está afastada de suas redes sociais.
- Eu estava tranquilissima. -revirei os olhos- E sem contar que a Dalila precisa aparecer. Quero mais é que cresça essa barriga mesmo. -ri.
Meu celular vibrou e era mensagem do meu amado Drigo. Sorri antes de abrir e ver a mensagem.
- Bom dia linda! ❤ Editei a minha foto favorita, e... tcharaaaam! Espero que goste, guria. Beijo.
Abri a foto, e sinceramente, foi a foto mais linda que eu já tinha visto. A flor no meu cabelo estava colorida, igualmente a da minha intimidade. O resto da foto estava em preto e branco, dando um efeito muito legal e significativo. Era lindo.
- Mamãe está sorrindo... -Samuel me abraçou por trás e viu a foto- Uau! Mor, vem ver!
- Sogrinha! Que fotão é esse?! Quem tirou?
- Eu tirei umas fotos ontem. -sorri de lado- É perfeita. Significa muito para mim... -olhei para tela.
- Logo, logo a Dalila vai estar enorme aí dentro. -Bia beijou a minha bochecha.
Dei um gole no café, e mandei uma mensagem respondendo Rodrigo. Entrei no Instagram, e coloquei para postar a foto, e de legenda...
"Minha margarida... a flor que veio para colorir e alegrar o meu jardim. A vida que veio para florir."
E postei a bendita foto. Esperei um tempo e começou a chuva de likes e comentários. Deixei o telefone no silencioso e terminei de tomar meu café da manhã.
- A modelo Liliana Lovatti revela o mistério da sua barriguinha! Liliana está grávida! E o papai, orgulhoso da notícia? - Samuel falou.
- Papai prefere a outra. -ri- Melhor assim... - fiz carinho- Bom que eu posso e me dou o direito de conhecer outras bocas.
- Isso aí tia! -Bia riu.
- Beatriz! - Samuel retrucou.
- Te amo, mô. -selinho- Hey! Liliana Lovatti revela gravidez com foto sexy e marcante. -leu outra manchete.
- Liliana Lovatti revela gavidez, com uma foto bem fofa! Clique aqui! -falei com sarcasmo- Me poupe.
- Eita mãe... Liliana Lovatti posta foto revelando estar grávida sem seu marido, Eduardo Campello.
- Marido. -gargalhei- Esse povo é ótimo! -peguei o celular e comecei a gravar alguns stories, como se nada tivesse acontecido- Então, eu estou meia sumidinha por conta de que estou me dedicando à minha filha, que está no forninho. -ri- E porque, a vida de ninguém é perfeita, e nós passamos por problemas. -fim de um stories- Mas sempre vem com uma luz no fim do túnel, acredite. -sorri- Beijo gente! -próximo stories- Eu vou postando as fotos do ensaio devagar, porque estão lindas as fotos! Beijo, obrigada pelo carinho!
Depois o pessoal da marca de biquíni apareceu na minha casa, eles me maquiaram, ondularam meu cabelo do jeito que eu gostava e ainda vesti o biquíni. O sol ajudou bastante e as fotos ficaram lindas, principalmente as que eles escolheram para que destacasse a minha barriguinha. E assim o dia correu... (...)
- Como vocês fazem falta...
Fui visitar meus pais. Sentei no mármore do meu pai e fiquei olhando o tempo passar, sofrendo internamente. Eu sentia tanta, mas tanta falta... E eles nunca mais poderiam me dar colo.
- Liliana?
- Oi, Dulce. -sorri de lado, vendo a minha prima sentando do meu lado- Tudo bem?
- Tudo. Quanto tempo. -me abraçou- Sabia que um dia encontraria você aqui, por isso venho todos os dias.
- Por que?
- O tio abusou de mim. -A raiva subiu pelo meu corpo- Lia, dói tanto! -ela começou a soluçar- Eu só consigo sentir nojo de mim.
- Dulce... Ele abusa de você há quanto tempo?
- Desde os meus cinco anos. Da última vez que você veio aqui, ele descontou a raiva dele em mim. Ele...
- Mamãe! -um garotinho correu em direção à ela- Vovô tá vindo.
- Sai daqui, Lili.
- Tá maluca? Ele vai te bater!
- Você tá grávida, nem ouse perder esse filho. Corre, some daqui.
E ele realmente estava vindo. Mancando mas com ódio de mim, ódio no olhar. Corri para longe dele mas vi que, preso em seu cinto, havia uma arma. O velho tomava conta do lugar e eu tinha quem visitar ali. Sumi de vista. Voltei para a Barra e corri para a primeira delegacia. Falei tudo. Tudo que eu prendia, tudo que eu nunca havia contado para ninguém. Aquele velho nojento ia matar alguém daquele jeito. No final do depoimento, eu estava em prantos, tremendo e com pontadas no meu ventre.
- Se acalme. -disse a delegada- Percebo que ele lhe fez muito mal, mas Liliana... Ele não pertence mais à sua vida.
- Ele acabou com a minha vida. Eu quero esse homem preso, e que ele morra na cadeia! -solucei um pouco mais- Prende esse estuprador!
Eduardo apareceu na delegacia e eu só fiz fechar os olhos. Ele não.
- Lili, vamos embora, a polícia vai prender seu tio, mas pela saúde da nossa filha...
- Eu vou embora. Eu só quero justiça.
- E você vai ter. -A delegada falou- Seu depoimento é sério, te causou bloqueios emocionais, e de relacionamentos.
Assenti e arrumei minhas coisas para sair. Eduardo me deixou em casa e eu afoguei as mágoas no meu sofá o resto da noite, até eu cair no sono.
*Sonho on*
- Liliana. -A voz doce da minha mãe invadiu meus ouvidos- Filha... Sei que seu coração está ferido, mas quero que me ouça com atenção. -assenti- Você emite luz, filha. Você é boa, gentil, e será uma ótima mãe ao lado do seu Rodrigo. Quero que você seja livre dos seus medos. Quero ouvir o seu eu te amo novamente, igual você cantarolava para mim.
- Ah mamãe... -amoleci no seu colo- Eu prometi que seria feliz, e olha as besteiras que eu faço!?
- Amar não é uma besteira. Eduardo te ama, mas o Rodrigo... O Rodrigo te tem como a luz da vida dele. E bem... Marta vai cuidar de você.
- Seremos felizes?
- A felicidade está nos olhos de quem sente, minha filha. -acariciou meu cabelo- Se você sente... demonstre. Não tenha medo de amar, Liliana. Eu e seu pai amamos muito você, e nunca, nunca te abandonamos.
- Você amou tanto o meu pai para me deixar sozinha?
- Amei. Eu o amo. Mas você nunca esteve sozinha, sempre tinha alguém. Como no seu aniversário de cinco anos.
- Não mãe, não me lembre.
- Tudo bem... -suspirou- Nem no dia que você pegou um avião e foi para Nova Iorque?
- Ninguém me ajudou.
- Nem o rapaz do visto? E o moço que falou que era seu pai para que você viajasse sozinha? Liliana... são as pequenas coisas, filha. Agora me ouça, meu tempo aqui é curto... -assenti, e grudei mais na minha mãe- Filha, você já sofreu muito nessa vida, com o idiota do meu irmão, com os seus... clientes e na mão do Eduardo. O Rodrigo... bem, sem spoilers.
- O Rodrigo vai me fazer sofrer? Eu não aguento mais, mãe.
- Não meu amor... confie nele. Se entregue. Ele também já sofreu, acredite. Mas ele quer recomeçar, e começou por você. Eu te amo.
- Eu também te amo, mamãe.
*Sonho off*
Acordei assustada, com a mão no peito, sentindo meu coração acelerado, a testa pingando de suor e uma barriga roncando de fome. Respirei fundo e peguei meu celular. Talvez Rodrigo estivesse realizando um parto, mas eu precisava falar com ele. Teclei seu número e esperei.
- Alô?
- Drigo! Te acordei?
- Oi Lili. -sua voz rouca não negava que tinha acabado de acordar- Acordou. Mas eu nem podia ter dormido. Alguém me deu uma canseira ontem... -vi seu sorriso cheio de malícia pelo outro lado do telefone, sendo que a chamada nem era de vídeo.
- Sabe... Alguém também me deixou dolorida. - ele soltou uma risada- E eu acho que já saímos da fase de test drive. Está na hora de criarmos juízo.
- O que quer dizer com isso, minha doloridinha?
- Posso marcar um jantar para você conhecer meu filho? Prometo que não toco um dedo na comida, e a gente come num restaurante.
- Você sabe cozinhar?
- Sei. Mas eu nunca dou jeito na cozinha, ou sai cru, ou queimado demais.
- Pode ser amanhã, à noite?
- Deve! -sorri- Vou avisar para ele e para Bia. Não agora, os dois devem estar... enfim. - Rodrigo gargalhou.
- E você segurando vela. -gargalhou.
- Vamos ver quem vai segurar vela amanhã.
- Isso me interessou bastante.
- Bobo. -sorri de lado.
- Bom, querida seguradora de velas, eu tenho um parto para fazer.
- Daqui a alguns meses é o meu.
- Ficarei feliz. -ri- Agora beijo, tenho que colocar mais uma criança no mundo.
- Boa sorte... até amanhã, às nove.
- Sim senhorita. Boa noite Dalila. -desligou o telefone.
Sorri com a nossa conversa e levantei do sofá, indo para o meu quarto. Era cinco da manhã, e eu comecei a escolher a minha roupa, e eu queria algo que deixasse à mostra minha Dalila. O escolhido foi um vestido preto, com a saia rodada, com um salto preto, e as jóias eu preferi decidir na hora. Deitei na cama, rindo a toa, e percebi que ele me faria muito, muito bem. (...)
- Mor, a mamãe tá linda.
- Muito obrigada, Samuca. -ri- O senhor também está lindo. E a senhorita também.
- Obrigada, tia. -Bia beijou minha bochecha. A campainha tocou, mas eram oito da noite. Samuel foi abrir a porta e eu e Bia ficamos de costas, conversando sobre a foto que postei.
- Mãe... - Samuel me chamou e eu virei, e na porta estava Rodrigo, se equilibrando com um monte de sacolas e um buquê de flores nas mãos. Sorri e fui até a porta, ajudando ele, e Samuel também deu seu jeito e nos ajudou. Nós colocamos as coisas em cima da mesa e eu recebi meu buquê de flores, meio rindo, meio recuperando meu ar. Grávidas se cansam muito rápido.
- Samuca, Bia, esse aqui é o Rodrigo. -falei, segurando a mão dele- Meu namorado, embora ele não tenha me pedido em namoro ainda. -ri.
- Prazer. - ele disse.
Prazer. -Bia respondeu com um sorriso.
- Nós íamos sair mas... parece que você fez compras. -Samuel disse, apertando a mão de Rodrigo.
- Sua mãe me disse que não é muito chegada na cozinha... resolvi trazer a comida para dar um jeito nela. -apertou minha bochecha de levinho.
- Jurou! -gargalhei.
- Samuel, Beatriz, se quiserem ajudar...
Rodrigo amarrou um avental rosa em mim, um azul nele. Fez uma trança no meu cabelo e nós fomos para a cozinha. Samuel e Bia sentaram na mesa da cozinha e ficaram apenas observando. Rodrigo foi me ajudando na cozinha, no tempo de cozimento de cada coisa, até terminar numa lasanha com arroz de forno. Minha barriga roncou alto com o cheiro vindo do alimento que eu tinha preparado.
- Eita mãe! -Samuel caiu na risada- Dalila está morta de fome!
- Eu também. -falei, sentando na mesa do lado dele, e puxando a cadeira para Rodrigo- Senta, enquanto assa, vamos conversando.
- É, Rodrigo. -Samuel falou- Preciso saber quais são seus interesses.
- Samuel! -reclamei.
- Ué, eu sou o homem da casa, preciso cuidar das minhas duas moçinhas.
- Eu sei cuidar muito bem de mim. - Eu e Bia falamos juntas e rimos depois.
- Samuel, são as melhores intenções possíveis. -Rodrigo falou, segurando a minha mão- Quero cuidar dela, delas, quero dizer. Além de namorado, -abriu um sorrisinho de lado- sou ginecologista e obstetra. Vou cuidar da gravidez da sua mãe, e fazer ser o mais confortável possível.
- Profissão dos meus sonhos...
- Samuel! -Bia deu um tapa no braço dele e eu e Rodrigo caímos na risada.
- Calma Bia, não é assim. -Rodrigo começou a explicar, mas sem tirar o sorriso do rosto- Primeiramente, temos que ter respeito e tratar com o lado profissional. As mulheres têm muito receio em relação a homens no ramo.
- Mas vai dizer que não é divertido?
Cruzei os braço e encarei Rodrigo.
- É... bem... -olhou para mim- As primeiras consultas mexem com o... Samuel, você entendeu.
- Deve ter comido alguma delas. - revirei os olhos, fechando a cara.
- Não, não comi ninguém. Você ainda não passou no meu consultório.
- Rodrigo! -falei brava, mas acabei rindo, assim como Bia e Samuel.
Desfiz o laço do avental, coloquei ele na beirada da cadeira, assim que vi Rodrigo indo em direção ao forno e pegando nosso jantar. Ele tirou o avental dele e me serviu, depois Samuel, Bia e ele. Provei e soltei um "Hmmm". Estava perfeito. Tudo no ponto certo, bem cozido e temperado.
- A tia tá realmente apaixonada.
- Espero que por mim. -Rodrigo respondeu sorrindo.
- Com certeza por você. Mas muito mais pela sua comida.
- Realmente, Bia. -suspirei- Isso aqui está muito bom! -repeti o prato- Eu como por duas, esqueceram?
- Só hoje, guria, amanhã eu vou prescrever uma dieta para você, bem saudável, que vá fazer com que você só ganhe peso por conta do bebê, e não pelo o que você come extra.
- Não namore um obstetra. -me direcionei para Bia.
- Eu prefiro meu engenheiro. -sorriu para Samuel.
- Vocês dois são muito melosos.
- Vocês também. - Samuel retrucou- Ou vocês acham que eu não vi os beijinhos enquanto faziam a comida?
- Isso se chama paixão. -Rodrigo respondeu, acelerando meu coração- Ora, ora, estamos em casais.
- Toma essa. -dei um peteleco na cabeça de Samuel- Bobão.
E assim passou-se três horas. Nós saímos para o quintal, para ver as estrelas. Rodrigo trouxe sua câmera, e uma iluminação noturna espetacular. Coloquei meu biquíni e ele fez novas fotos de mim, tanto parada, quanto espontâneas, brincando com Samuel e Bia, ou até mesmo com a água da piscina. Bia aproveitou e tirou algumas fotos também, enquanto eu observava a interação dos meus filhos (sim, eu considerava Bia como uma filha) com Rodrigo. Mais tarde, eu e Bia entramos na piscina, aproveitando a noite quente, enquanto Samuel e Rodrigo ficaram bebendo uma "cervejinha".
- Bia, estou com enjoô.
- Tonta? -me deu apoio.
- Não. Enjoada. -sentei na borda da piscina- Ai...
Coloquei a mão na boca e saí correndo para o banheiro, o lá de fora mesmo, ajoelhando no vaso e colocando minha janta pelo ralo abaixo.
- Eu falei para você não se empanturrar. - Rodrigo falou, fazendo um rabo no meu cabelo e segurando meu peito contra ele, de modo que minhas costas ficassem coladas ao seu peito.
- Eu não quero que você me veja passando...
Bem... o cara tinha acabado de começar a ter um relacionamento comigo. Começar assim é meio estranho...
- Eu sou médico também, e eu falei que ia cuidar de você para o seu filho.
Rodrigo colocou um pouco de álcool para que eu cheirasse e enfim o enjoô parasse. Encostei a cabeça no peito dele e respirei fundo, sentindo sua mão passando pela minha barriga num movimento circular.
- Tem alguma coisa de errado? -perguntei.
- Não. Dalila só está agitada.
Dei descarga e fui lavar a boca, enquanto Rodrigo voltava para onde quer que ele estivesse. Respirei fundo, e voltei para o quintal. Gesticulei que iria escovar os dentes, e voltei para dentro de casa. Subi as escadas e entrei no meu quarto. Escovei os dentes e coloquei um chiclete na boca, afinal, eu não sabia o que iria acontecer mais tarde.
- Bia! -falei, enquanto caminhava até a piscina- Enchi as bóias. -la deu pulinhos, e saiu da piscina, me ajudando a colocá-las na água. Ela escolheu o unicórnio, e eu o flamingo. Nós deitamos e ficamos batendo papo, quando olhamos e vimos flashes na nossa direção. Rodrigo tirava fotos. Sorrimos para a câmera e para Samuel, que fazia stories de nós duas tentando tirar uma foto decente.
Mais tarde...
- Sua cama é bem grande. -Rodrigo falou, assim que saiu do banheiro. Os dois pularam na piscina e foi aquela festa. Eu lavei o cabelo e estava secando a raiz antes de dormir... ou quer dizer, tentar dormir.
- Com certeza você já imaginou mil jeitos de usá-la.
- Todos eles com você. -minhas bochechas coraram- Melhorou do enjoô?
- Melhorei. -sorri de lado- Prometo não comer tanto, é que a lasanha estava realmente muito boa.
Duas batidinhas na porta.
- Mãe?
- Diga.
- Me empresta o Rodrigo cinco minutinhos?
- Você vai lá? -apontei para Samuel, olhando para Rodrigo.
- Se você não me sequestrar pelo resto da noite... -falou, indo em direção a porta e piscando o olho para mim, antes de sair. Ai meu Deus. Eu tinha que trocar a minha lingerie, para no máximo, uma mais indecente.
Abandonei o secador e revirei meus conjuntinhos de lingerie. Haviam vermelhos, pretos, brancos, azuis, até transparente. Mas nada que superasse o que eu usava. A lingerie do meu corpo era azul-piscina, com a calçinha toda de renda e o sutiã, -sem bojo- rendado também, que só tinha um pedaço de tecido escondendo os mamilos, assim como na calçinha tinha um pedaço de tecido na região da vagina em si. Logo Rodrigo estaria de volta, e eu ainda estaria de calçinha e sutiã nada atraentes.
- Procurando algo, minha cara namorada?
- Não! -falei rápido e fechei a gaveta- Droga... -sussurrei.
- O que foi?
- Essa lingerie.
- O que tem ela?
- Não é nada atraente. Ela é azul, e toda rendada. Só. -Rodrigo trancou a porta.
- Para a sua informação, guria, esse é o meu tom de azul favorito. -falou enquanto andava na minha direção- Acredito que logo essa lingerie sairá do seu corpo, e não te incomodará tanto. Seria um prazer retirá-la. -colocou as mãos na minha cintura.
- Então tire.
Rodrigo abaixou a calçinha, e abriu o sutiã, deixando meu corpo nu. Enlacei meus braços em sua nuca, enquanto ele nos guiava até a cama, sem desviar os olhos. Ele queria aquilo tanto quanto eu, então, para quê esperar? Minhas mãos abriram o fecho da bermuda e o botão que ainda a segurava. Abaixei e vi o quão duro e grande ele estava, e por mim! Para mim!
- Já transou debaixo do edredom? -ele perguntou.
- Hã... não.
- Posso ligar o ar?
- À vontade.
Rodrigo me prendeu com um dos seus braços, enquanto ligava o ar e o colocava no máximo do frio possível, que era oito graus. Comecei a sentir frio, um arrepio na espinha, e eu queria algo que me esquentasse.
- Agora eu vou te apresentar. -puxou o edredom, e me enfiou ali em baixo, enquanto tirava sua cueca e me dava o prazer de ver seu membro pronto para mim- É um sexo sem preliminares, mas tão bom quanto. -entrou debaixo das cobertas- Confesso que é o meu favorito. -passou a mão pelo meu corpo, até a minha intimidade, onde penetrou dois dedos, depois três- Já tentou quatro dedos?
- Isso é uma preliminar. -retruquei- Eu não sou boa de sentir prazer com dedos, guri.
- Hmm... vejamos.
- Sem tocar no meu clitóris, não vale.
Rodrigo riu e apoiou a cabeça na minha barriga, abriu mais as minhas pernas e enfiou o quarto dedo. Depois o quinto.
- Rodrigo você vai me abrir ao meio e não vai me fazer gemer. Desiste.
Rodrigo tentou, aumentou a velocidade, mas de nada adiantou. Eu prefiro dedos maiores, e que não fiquem na mão, nem no pé.
- Fracassei logo de primeira. - ele revirou os olhos- Tem camisinha?
- Você tem alguma coisa? Eu não.
- Liliana... o certo é com. Eu não tenho nada, mas...
- Eu confio em você.
Rodrigo se posicionou entre as minhas pernas, e acariciou meu seio.
- Nunca fiz sem.
- Relaxa, grávida mais uma vez no meio de outra gravidez não vai rolar. -Rodrigo deixou escapar uma risada, antes de se encaixar em mim.
Rodrigo penetrou, lentamente. Ele era grande, mas o prazer que ele sentia ao sentir uma mulher pela primeira vez era inexplicável. Ele gemeu. Não uma, mas várias vezes na primeira entrada. Nós nos beijamos, um beijo cheio de malícia, com seu pau voltando a sair e a entrar de novo. Lentamente. Sexo no edredom estava sendo melhor do que eu imaginei. Fim do beijo, começo de uma sequência de entradas e saídas, gemidos, investidas, ele mantendo minhas pernas bem abertas e com a boca nos meus seios, e as minhas mãos nos seus cabelos, sentindo aquela onde de prazer invadir o meu ser e... explodir. Gozei, e ele sorriu, me colocando por cima e dizendo como eu iria executar a cavalgada. Entrei com tudo e fiz o que ele pediu. Depois eu rebolei, e ele gozou.
- De quatro? -sugeri.
Rodrigo negou com a cabeça, e me puxou de volta, fazendo uma conchinha comigo. Passei a perna que estava por cima por trás da dele e ele encaixou, acariciando meus seios com as suas mãos.
- O sexo no edredom ele tem objetivo de ser romântico, minha guria. Ele é lento, e já que nós não podemos nos arriscar tanto... -acariciou a minha barriga, e voltou para o par de seios.
- Então vai.
- Descontrai, quero entrar. -Ele riu.
Relaxei e Rodrigo começou a sequência de entradas e saídas, lentamente.
- Por que massageia meus peitos?
- Porque eles cresceram. Estão doloridos e eu sei que você nunca vai me dizer isso. Não quero que você sinta dor, Liliana. Quero que sinta prazer.
Girei meu corpo, e abraçei Rodrigo. Ele continuou suas investidas, com gemidos em seu ouvido. Mas eu também chorava. Ninguém tinha se importado tanto com o que eu sentia quanto agora. Ninguém tinha se importado comigo até agora. A dor que eu sentia nos seios era quase insuportável. Pesava, e qualquer toque era quase uma lágrima que escorria. Rodrigo massageou meus seios e a dor diminuiu, fazendo com que o prazer fosse maior que a dor.
Senti ele gozando, abafando seu gemido, mas eu já não queria mais transar. Eu queria ficar agarrada a ele, agradecendo por tudo nesses cinco dias de relacionamento.
- Tá tudo bem?
- Tá. -funguei- Você fez ficar.
Rodrigo desencaixou seu pênis e olhou no meu rosto, que estava em seu pescoço.
- Lili... -me abraçou.
Nós ficamos assim. Grudados, encaixados, um no outro, com o desenho perfeito para o encaixe. Era ele. Minha mãe estava certa.
- Drigo... -falei baixinho.
- Sim? - ele respondeu.
- Eu te amo.
Após um silêncio angustiador, ele disse:
- Eu também amo você, minha guria. -selinho- E sei que você guardou esse eu te amo, e todos os seus sentimentos. Samuel me contou.
- Samuel é um fofoqueiro. -nós rimos- Mas agora eu sinto. Sinto alguma coisa que eu nunca senti antes, algo bom. Um frio na barriga, formigamento quando você me toca... e principalmente... Eu fico bem mais feliz quando você está por perto.
- Eu sinto o mesmo. -sorriu- Seremos um belo par, milady.
- Ou um belo trio. -coloquei a mão dele sob a minha barriga- Sentiu?
- Vou marcar nossa ida para o Sul amanhã! -abriu um sorriso- Passo as minhas férias por lá. Quer?
- Conhecer seus pais?
- Sim. Duas semanas com eles, e depois nós voltamos para o Rio e aproveitamos no meu apartamento. Vou tirar férias daqui a três meses, você ainda pode viajar.
- Já estou ansiosa. -sorri de lado- Prometo não marcar nada, e bem... vai ser divertido.
- E vamos trazer algum enxoval para ela, tadinha, com seis meses não tem nem o quarto pronto né?
- Drigo, esses planos a gente faz depois, agora... -beijei sua bochecha- Boa noite, te amo.
- Boa noite, minha guria. -sorriu.
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Só mais uma Noite
RomanceEu não espero nada além de respeito. Minha vida era perfeita até eu ficar sozinha. Sozinha e isolada de todos que me fizeram mal, o que não é tão ruim assim. Mas, eu odeio o amor. Todas as pessoas que amei, foram embora, me deixaram. Amor não é comi...