15° Capítulo
Nossos corpos em sintonia, entrando em contato, em um ritmo só nosso. Sua pele quente que queimava a minha e acendia meu coração.
Eduardo conseguia fazer isso comigo. Fazer eu voltar para a época da qual eu era uma maníaca em sexo. Aliás, ele me conheceu assim. Mas por destino, nossos corpos se encontraram e dividiram nosso coração.
- Liliana... -gemeu, enquanto eu rebolava em seu membro- Oh...
Joguei meu cabelo para o lado, fazendo um olhar sexy para o meu marido. Ele gemeu e nos virou, penetrando em mim, de um jeito que a cama tremia, a fazendo bater na parede. Meu Deus! Aquilo estava saindo dos limites.
Meus gritos de gemidos eram altos. Eduardo gemia de um jeito rouco, sexy, louco e desafiador.
- Puta merda, Liliana! -apertou meu seio esquerdo.
Sem que eu esperasse, ele me girou, empinou a minha bunda, e continuou metendo com toda a sua força. Agarrei o lençol e afoguei o rosto no travesseiro, gemendo feito uma louca. Eduardo agarrou meu cabelo, e fez um rabo, puxando minha coluna.
- Eduardo... -gemi, empinando mais para ele, me entregando mais, me doando- Eu estou...-ofeguei- quase. -sorri.
- Não goze... -penetrou mais uma vez, e senti algo mais fundo, mais intenso- Eu quero você gozando tudo que puder gozar, Liliana. -me girou novamente, passando a mão pela minha barriga e seios, antes de se abaixar e morder meu pescoço- E quero você gritando o meu nome.
- Eduardo... -gemi, levando minha mão direita ao clitóris, porém Eduardo a tirou de lá, e recomeçou seus movimentos lentamente. Ele passou a mão por dentro das minhas coxas e abriu mais as minhas pernas. Então se doou por inteiro. A cama voltou a bater na parede, nossos gemidos voltaram a ser altos e para que eu tivesse o melhor orgasmo da minha vida, dois de seus dedos escolheram o meu clitóris para brincar.
Uma explosão aconteceu dentro de mim, me levando a gemer o nome do meu marido em alto e em bom som enquanto eu derretia nos seus braços. Dessa vez, saiu outro líquido, mais claro, em maior quantidade.
- Eduardo, meu Deus! -começei a rir- Eu não acredito que eu gozei duas vezes!
- Praticamente você teve um orgasmo múltiplo. -riu, porém percebi que seu pênis ainda se mantinha ereto e doido por mim. Me curvei de maneira com que eu pudesse me sentir confortável para "cair de boca". Retirei sua camisinha antes. Eduardo estava sentado na cama, e não ajoelhado, como a maioria fica. Sua mão se misturou ao meu cabelo, para que ele apoiasse a minha nuca. Com uma das minhas mãos livres, coloquei a mão em seu abdômen, e a outra, apertei, com um pouco de carinho, suas bolas. Bem... Já a minha boca, estava disponível para ele, do jeito que ele quisesse. Estimulei sua base com a mão que estava no seu testículo e dei uma leve mordida na glande. Foi o suficiente para que ele chegasse ao seu ápice de prazer.
- Caralho, Liliana... -gemeu, deitado, enquanto eu ainda recebia seu prazer- Você me deixa maluco. -me puxou para cima, com aquele sorriso no rosto, e limpando os cantinhos da minha boca com o seu polegar.
- Você que me deixa assim... -falei, com um sorrisinho maldoso nos lábios- Vai, deita de bruços. -levantei, somente para que ele virasse e eu sentasse em cima de sua bunda para massagear suas costas, um pouco arranhadas- Dudu... -ele respondeu com um "hmm"- Você... casou comigo...
- Casei, sou muito feliz com você.
- Eu sei. -falei, ficando séria- É que... Eu queria perguntar o porque.
- Eu amo você.
- Eduardo, por favor.
- Liliana, -virou novamente, ficando de barriga para cima e sentando na cama, me levando para o seu colo- Eu amo você, e isso já é um motivo de sobra para que eu tenha me casado.
- Dudu... Eu fui uma pros... -ele colocou o dedo sobre a minha boca, e sua expressão ficando cada vez mais séria.
- Não pense isso. Nem que eu me casei por conta do cargo na empresa. Liliana, eu amo você, quantas vezes quer que eu repita? Você quer provas?
- Dudu... Eu... não precisa repetir, nem provar nada. -sai de seu colo, pegando o lençol e escondendo meu corpo.
- Você está com medo? -perguntou baixinho.
Simplesmente não respondi. Acho que ele entendeu meu silêncio, e engatinhou na minha direção.
- Você precisa ir num psicólogo. -selinho.
Eduardo saiu da cama, indo até o banheiro. Ele deixou a porta aberta, para que eu fosse, mas aquele medo, bendito medo, não me deixou nem olhar no rosto do cara que me ama de verdade. Vesti minha calçinha e um vestidinho, antes de sair do quarto e ir para algum canto da casa para tentar não chorar. Eu não chorava! Eu não podia ser tão molenga assim.
Fiquei andando pelo jardim, de um lado para o outro, tentando conter o turbilhão de sensações dentro de mim. Eu vi Eduardo na varanda do nosso quarto me encarando, eu vi ele descendo as escadas, passando pela porta da varanda e sentando na rede. Ele me olhava, acho que com tristeza, afinal, quem quer ver a esposa...
- Liliana, você está com depressão.
- Não! Isso é coisa da sua cabeça.
- Meu amor... -levantou-se, me acolhendo em seus braços- Eu te entendo, perfeitamente. Vai ter um dia das nossas vidas que eu vou estar depressivo novamente. Tenho certeza que vai voltar... Quero que se trate.
- Eduardo, eu não sou doente.
- Se não se cuidar, você vai ficar. -falou, carinhoso- Vai tomar um banho, vou preparar nossa janta enquanto você busca o Samuel, ok?
Afirmei e saí de seus braços, sentindo frio. Talvez ele tivesse razão, mas eu não iria dar o braço à torcer. Eu não estava doente, era só invenção da cabeça dele.
Tomei o bendito banho, coloquei uma calça leg, uma blusinha soltinha e fui buscar Samuel. Ele correu para os meus braços assim que me viu. Ele era o único que me fazia sorrir, e como sempre, conseguiu. Ele me pediu para que eu o deixasse brincar com alguns meninos, antes de irem embora. Eu deixei, e pela a minha total surpresa, duas meninas -de uns 15 anos- vieram até mim, pedindo fotos por eu ser a capa da revista que elas mais gostavam e por ser a atriz do clipe do Lucas Lucco, seu cantor favorito. Meu Deus, eu fui tietada.
Passada a afobação, eu conversei com elas um pouco, coisas do nosso mundo adolescente. Sim, eu tenho dezoito anos, esse mundo ainda me pertence. Logo, segurei na mão de Samuel, e empurrei sua mochila de carrinho até o carro, onde o prendi na cadeirinha antes de dar partida. Com um sorriso de orelha à orelha, ele me contou tudo sobre seu dia na escola. Assim que chegamos em casa, Eduardo nos recebeu com um sorriso lindo no rosto. Samuel pulou em seu colo, e eu fui dar um beijo, um selinho, antes de puxar Samuel para o banho antes da janta. Bem, nosso banho, já que ele me molha mais do que se molha. Troquei a leg por um shortinho de moletom e a blusa por um top de malhar. Fiz um rabo de cavalo e desci correndo para jantar.
- Vai na academia, amor? -Eduardo perguntou.
- Não. -soltei uma risadinha- É só porque eu estou com fome, e o bonitinho ali -apontei para Samuel- me deu um banho.
- Hm... -puxou minha bochecha.
Nós jantamos em meio a risadas e olhares maliciosos trocados por mim e pelo meu tão safado marido. Enquanto eu lavava as louças, Eduardo ajudava Samuel no exércicio, pois pelo visto, ele queria que nosso filhinho caísse no sono o mais rápido possível. Eu ri somente de imaginar a cena de nós dois nos comendo feito loucos no quarto -que mandamos fazer uma acústica legal- durante a madrugada inteira.
- Liliana, pare de mexer essa bunda enquanto lava a louça?
Tudo bem se ele tivesse usado essa voz longe dos meus ouvidos e do meu pescoço. Me arrepiei por inteira, e olhei para a mesa, esperando que Samuel estivesse ali para me ajudar a sair dessa.
- Eu... Estou mexendo?
- Sim. -espalmou a mão na minha bunda tão querida- E não está sendo fácil me concentrar. -me puxou para o seu peito, colando nossos corpos, o máximo que podia- Sente? -afirmei balançando a cabeça- Eu estou te desejando desde a hora que você pôs o pé dentro de casa novamente.
- Sabe, eu também estou louca... para que chegue amanhã, tenho uma reunião na empresa... -falei, distanciando-me de Eduardo, pois Samuel havia voltado para a cozinha.
Depois de toda a louça lavada, acabei por começar a fazer brigadeiro, e novamente Samuel foi no banheiro. Eduardo me segurou pela cintura e pediu que eu rebolasse para ele. Aquela cozinha estava ficando muito pornográfica, teria que lembrar a chata da arquiteta que preto, cinza e branco não eram as melhores cores para se fazer uma cozinha.
- Samuel vai pirar se nos ver assim.
- Eu estou com ouvidos no banheiro, fique calma, e só relaxe...
Enquanto eu mexia o brigadeiro, eu rebolava para Eduardo. Minha calçinha estava bem molhada, e nós ainda tínhamos que colocar Samuel para dormir. Até lá eu já dei no banheiro, ou me fodi com os meus próprios dedos.
Samuel bateu a porta e Eduardo me soltou, fingindo pegar alguma coisa no armário contrário do meu.
Desliguei o fogo e esperei ansiosamente o meu amado brigadeiro esfriar, de modo que começei a ajudar Samuel nos exercícios. Depois de um tempo, nós finalmente começamos a comer o docinho, que por sinal, estava muito bom. E me arrependi de ter dado uma única colher -de chá!- de brigadeiro para Samuel. Ele terminou o dever e ficou correndo pela casa. Eu tinha esquecido que chocolate + açúcar era fonte de energia pura para criançinhas.
- Obrigado por me fazer sentir mais duas horas de dor. -Eduardo revirou os olhos.
- Eu esqueci. -me justifiquei.
- Você não está se esquivando, está?
- Por que estaria?
- Liliana, vamos brincar com o Samuel. -me puxou para o quintal, e começamos a brincar com ele. Energia de criança nunca acaba, por isso que quando deu nove horas da noite, eu coloquei ele para dormir. Foi difícil, demorado, cantei todas as musiquinhas da minha playlist umas duas vezes e nada. Eduardo estava subindo pelas paredes a cada minuto, enquanto a minha calçinha se tornava uma piscina de tanta vontade. Já doía para andar.
Quando ele finalmente dormiu, apagou, fechou os olhinhos, eu levantei sem fazer barulho e fechei a porta do mesmo jeito. Eduardo sempre colocava Samuel para dormir comigo, porém hoje eu tive que fazer o trabalho sozinha, ele estava muito sem paciência para fazer Samuel dormir. Então, assim que fechei a porta e tranquei com chave, Eduardo simplesmente me jogou na cama, arrancou a bermuda, e tirou meu short e a calçinha inundada. Abri bem as minhas pernas, antes de ver o fogo nos olhos do meu marido.
Aquela posição, que para muitos é tão comum, para nós era simplesmente a coisa mais louca da vida. Pela velocidade dos movimentos, as batidas da cama na parede... e não foi diferente dessa vez. Porém nenhum dos dois podia gemer, e isso dificultava um pouco as coisas.
Empurrei Eduardo, de maneira com que eu ficasse sentada em si. Ele segurou meus seios enquanto eu ia de ponta a ponta sem perder o ritmo.
Quando me dei conta de que eu não estava tomando anticoncepcionais ainda -por ordem médica- e Eduardo sem camisinha. Parar não era uma das minhas opções, embora fosse a mais correta.
- Eduardo, me avisa... -pressionei os lábios- Quando você for gozar.
Ele afirmou com a cabeça, mordendo os lábios. Logo, chupou meus seios. Diminui a velocidade, apoiando minhas mãos na suas pernas. Ele brincou com o meu clitóris, antes de começar a penetrar em mim. Porém eu queria mandar, e então fiz ele deitar novamente enquanto eu descia fazendo quadradinho. Ele segurou minha cintura e me pegou no colo, ainda colado em mim. Me jogou contra a parede gelada, fazendo minha pele se arrepiar, e eu soltar um gemido de satisfação ao ver que iríamos transar em pé. Eu adorava uma parede.
- Rebola... rebola, amor... -sussurrou.
Eu sorri, apoiando meus braços nos seus ombros e a perna direita em sua cintura. Beijei sua bochecha, seu nariz, o canto da boca, até que finalmente encostei a minha na dele. Foi quente, e ele não perdeu o ritmo no meio das minhas pernas, só parou para que eu pudesse me encaixar em seu colo, e ccontinuou me penetrando. Nossos corpos se chocando em perfeita harmonia, os olhares, os beijos, as posições... tudo era perfeito. Ele sabia como eu gostava e eu... sempre me esforçava para ser melhor para ele.
- Eu... estou quase. -falei ofegante, já de quatro.
- Vira. -eu obedeci, recebendo um jato de prazer na minha barriga, onde eu finalmente soltei um gemido, baixo, porém era uma escapatória.
Assim que Eduardo terminou de ejacular, ele enfiou dois dedos direto. Logo, mais um e o polegar estimulando meu clitóris. Meu ápice veio do nada, em suas mãos. Ele sorriu, lambendo os dedos. Segurou na minha mão, me levando para o banheiro, onde enchemos a banheira enquanto namoravamos um pouco, fazendo uma dançinha de um lado para o outro apenas para passarmos o tempo. Ele entrou na banheira, e eu logo depois, sentando entre suas pernas. Deu um beijo no meu pescoço e no ombro, antes de enlaçar nossas mãos.
- Eu te amo. -disse, lindo e espontâneamente.
- Eu... -respirei fundo, não era tão difícil assim- t-também...
Recostei em seu ombro, frustrada novamente por não conseguir fazer o mais simples de um relacionamento. Dizer eu te amo para quem se ama.
- Eu gosto de saber disso.
- Eu não sei me expressar muito bem... mas eu... -selinho- sinto. Bem aqui. -coloquei a mão dele no meu coração.
Começamos um beijo carinhoso, cheio de amor. Quente e lento. Virei meu corpo para o dele e encaixei seu membro entre as minhas pernas, descendo lentamente até sua base. Eduardo segurou a minha cintura para finalizar o beijo, enquanto eu rebolava lentamente para frente e para trás, numa lenta cavalgada.
- Eu vou te dar a vida que você sempre mereceu. -falou, olhando no fundo dos meus olhos.
- Você já me deu, e nem sabe. -apoiei minha mão no seus ombros, quicando devagar, até porque não era muito confortável debaixo d'água.
Nós ficamos mais ou menos meia hora na banheira, antes de chegarmos ao ápice de prazer mais uma vez e um deitar no ombro do outro.
- Promete que não vai deixar nosso casamento acabar? -ele perguntou, apertando minha mão contra a dele- Se a gente estiver brigando muito, ou estressados um com o outro, vamos tentar conversar...
- Eu não quero que acabe, Dudu.
Nós saímos da banheira, tomamos uma ducha para tirar a espuma e fomos dormir. Serenamente. Grudados, agarrados, apaixonados. Onze anos de diferença não fazia diferença alguma enquanto estamos juntos.
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Só mais uma Noite
RomanceEu não espero nada além de respeito. Minha vida era perfeita até eu ficar sozinha. Sozinha e isolada de todos que me fizeram mal, o que não é tão ruim assim. Mas, eu odeio o amor. Todas as pessoas que amei, foram embora, me deixaram. Amor não é comi...