autoaceitação

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coloquei um pouco de ironstrange mas vou logo avisando que tem tombo, se segurem

ps: prestem atenção de novo nos paralelos q eu tracei entre a situação do tony em relação ao stephen e os destaques no texto dele. sério, eu sou mt obcecada por espelhos/paralelos entre personagens e/ou outros personagens, falas etc (culpa da tjlc [the johnlock conspiracy] q me arrastou p esse buraco e n me trouxe pra cima nunca mais)

pps: tem alguns elementos na coluna q tb dão um pouco de luz ao que steve sente/passa no momento

ppps: cada capítulo dessa fic é um tiro no meu cu pq eu odeio muito escrever pessoas tristes e drama e preconceito mas eu tb amo pq sai tanta coisa bonita e que pode ajudar tanta gente.

obrigada a todos pelo suporte, continuemos a lutar ✊🌈

boa leitura

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Tony sorri para Stephen dormindo e fecha os olhos, respirando fundo. Aquilo definitivamente foi apenas uma recaída e não, uma transa não deveria interferir em nada na sua amizade com o maior.

Ou pelo menos ele esperava que não.

É muito fácil saber até que ponto a recaída se torna irracionalidade: quando Tony começa a planejar uma vida inteira com Stephen, sendo que Stephen há pouco tempo lhe disse que era uma pessoa aromântica.

“Tudo bem”, respondeu Tony. “Pelo menos ainda podemos transar”, brincou, e Stephen apenas revirou os olhos, mas sorriu de volta.

Depois da transa, contudo, fica muito mais difícil aceitar que Tony teria de reprimir seu instinto de deitar o parceiro em seu peito e acariciar seus cabelos enquanto dorme. Às vezes lidar com a diversidade e suas nuances é um desafio, especialmente quando há uma ereção envolvida.

“Até hoje não te entendo com seus relacionamentos abertos, sendo que você claramente se apega muito fácil às pessoas”, Natasha lhe disse uma vez.

“Eu não diria fácil, afinal, conheço Stephen desde o colegial”, respondeu Tony. “Talvez seja só meus instinto protetor de amigo.”

Natasha o olha e assente. “Talvez.”

Agora, Tony não consegue distinguir onde termina o carinho de amizade e onde começa a atração romântica. Stephen está virado de costas, devidamente vestido e já roncando para a parede. Tony só continua aqui porque não quer dormir sozinho essa noite e Stephen fora compreensivo, como o ótimo amigo que é, oferecendo sua casa para Tony.

Antes que ele possa fechar os olhos novamente e tentar dormir, seu celular vibra no criado-mudo. “Já temos a instituição de amanhã”, diz a mensagem de Matthew. “Uma pessoa não-binária contatou o jornal hoje à tarde, seu nome é Line. Ela tem um projeto para pessoas genderqueer no centro da cidade e gostaria de dar uma entrevista amanhã mesmo.”

“Que maravilha”, respondeu Tony. “Quer que eu vá com você ou não anda mais fugindo da Karen?”

“Aprecio sua preocupação com minha vida amorosa, e a resposta é não.”

“Não, você não está mais fugindo dela?”

“Não, não quero ir com você. Bruce me obrigou a te avisar porque aparentemente “era direito seu”.”

Tony segurou a risada para não acordar Stephen. “Tudo bem. Boa sorte com a moça. Ops, a entrevista. Rs.”

“Debochada”, foi a única resposta que veio.

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