Pré-Poetizando(Plantando)Flores

Sobre ela

Eu não me referia mais a ela, nem cantava suas músicas preferidas.
Quanto tempo já fazia em que havia tirado o seu anel, boa parte de mim almejava estar conectado entre seu passado.

E mesmo ela sendo a ligação mais perfeita, entre meu eu e meus sentimentos, era como se eu estivesse beira a precipício.
Oh céus, por que não entendem o quão difícil é amar tudo nela.

Ver seu choro, tua súplica, gritar por socorro quando confrontavam teus sonhos, ela desfalecia em ver míseros sonhos morrer entre seus dedos e diante dos olhos.

Porque eu podia ver que aquele brilho que ela tinha ao sorrir, como em todas as vezes que sorriu à mim pelos olhos, morria perdendo cor, olhos de luto. Lutando pelo coração, lutando por ela, eu sentia estar tão perto parecendo distante de si mesma.

Oh garota, o que causara a si mesma?
Me fizeste amar-te mas odiar, por que torturar seu psicológico como o que podes ser quando já é?

E em alguns minutos dissera querer gritar e ser ouvida, puxar teu peito à fora.
Mas se eu pudesse puxar à mim, tomando tudo.

Segredos estonteantes, sussurros bárbaros contra sua humanidade ingênua e delicada. Quisera voltar, tocar a bússola, máquina do tempo para socorrer a ti em perigosas ciladas e caminhos tortos fora dos teus contos de fadas.

Eras como a pluma delicada ao ponto de lhe descrever com pureza, singela mas bruta ao decair, se esquivar.

Uma boneca de porcelana, uma matrioska que dentro de si há outra cópia mas por possuir algo e algum segredo que não seja o mesmo, lhe tornará diferente de si mesma. O quão confuso poderia ser, se eu mesmo não entendo a perplexidade do teu ser.