Quando o garoto saiu do aeroporto, ele percebeu que não havia como ir atrás de Jack, suas esperanças se amuaram em um cantinho no momento em que ele lembrou-se que ele não tinha noticias de Jack a semanas e o mesmo nem havia lhe mandado mensagem ou algo do tipo, e Finn não tinha mais seu celular para recorrer, foi ai que ele se sentiu mais patético do que quando ele deixou Jack sair por aquela porta, bem, porque ele queria concertar o erro, ele já tinha meio caminho andado, ele só não tinha ideia de como ir até lá, foi ai que ele entrou no táxi e deu a direção da casa de seus avós, Finn quase havia se esquecido da mala, com os nervos a flor da pele ele esperou até chegar a seu destino.
O vento frio do exterior do carro era apagado pelo ar ligado e pela música baixinha que tocava, o motorista pareceu esquecer que ele estava ali, e Finn preferiu realmente fingir que não existia, pelo menos naquele momento. O carro encostou perto de um portão azul e ele desceu dando o dinheiro ao homem que agradeceu e partiu rapidamente. O garoto suspirou segurando um pouco de coragem e entrou pelo portão até chegar na porta, ele bateu ali esperando ser atendido e nada aconteceu por alguns minutos, antes do mesmo ouviu um barulho baixinho vindo do trinco da porta.
— Darling! O que faz aqui?— Finn escutou a voz doce de sua avó cheia de sotaque e calmaria, ele a abraçou fortemente antes de ser puxado para dentro. O garoto sorriu quando ela começou a contar sobre as coisas e de como estava feliz em vê-lo e de como ele deveria aparecer mais vezes por ai, ela também lhe ofereceu algo para comer, pois segundo ela, ele estava muito magrinho e poderia acabar sumindo, Finn gostaria de dizer que não estava com fome, mas ele sentia o estomago roncar, pois ele não suportava as comidas de aviões, e ela o colocou sentado frente a mesa, antes de chamar o marido para pegar a mala do menino. Finn sorriu para seu avô o abraçando logo depois de ele ter trago a pequena mala para dentro, eles sentaram um de frente para o outro enquanto faziam perguntas e falavam sobre coisas passadas.
— Mas o que está fazendo aqui my Darling?— A senhora perguntou a ele enquanto passava seus dedos pelos cachos do garoto, ela sentiu falta de seu menino e Finn sentiu-se com falta de seus avós muito mais do que parecia.
— Estou aqui para resolver alguns problemas meus.— Ele respondeu enquanto brincava com o pano da mesa, ele olhava para baixo e pensava em Jack novamente e em como ele fazia falta e eles estavam no mesmo lugar, mesmo que não estivessem.
— Que problemas querido?— Ela perguntou sentando-se a frente dele, segurando seu queixo para que ele olhasse para ela, Finn percebeu a melancolia nos olhos dela e a velhice sob pontos estratégicos de seu rosto, ele apenas sorriu para a mulher lhe questionando.
— O que fazemos para ligar para alguém quando não temos celular?— Ele pode ouvir seu avô bufar com a constatação e murmurar o quanto ele era mal criado e que fazia piadas indevidas, Finn o viu também trazer o telefone sem fio e o coloca-lo a sua frente, dizendo que ia se deitar, o avô de Finn não era muito adepto a contatos ou a momentos neto e filho, Finn não se incomodava com isso, ele sempre soube que Nick era o favorito do avô e então deixava de lado, sabendo que ele o amava mesmo assim.
Finn olhou para o telefone acima da mesa e olhou para sua avó em seguida, ela lhe deu um olhar para ir em frente, ele já estava sendo incentivado por ela, sem mesmo que ela soubesse do que se tratava e agradecia por eles não terem perguntado o motivo de ele estar ali no meio do ano letivo. O garoto respirou fundo antes de pegar o aparelho em mãos e digitar o número que ele conhecia, e foi a primeira vez que ele percebeu que havia o decorado antes de decorar o número próprio, o que era estranho, já que Finn nunca ligava para as pessoas.
Um toque, dois toques, cinco toques, até ser atendido, ele havia roído algumas unhas e batia com a mão livre sob a mesa, a senhora havia saído da cozinha a um tempo, dando o privacidade, Finn ficou imóvel quando ouviu a voz do outro lado, ele não conseguiu pronunciar nada, apenas sua respiração era escutada ali.
— Finn?— Ele sentiu a pressão cair, ele sabia e nem assim o garoto de cachos tele coragem de desligar e se arrepender de ter viajado até o Canadá de repente.
— Finn, eu sei que é você.— Jack tornou a dizer um pouco mais suave do que antes, ele não parecia irritado ou bravo com algo e sim chateado e decepcionado, Finn sentiu o coração doer.
— Hey Jack.— Ele disse baixinho sentindo a voz falhar, ele era realmente um garotinho bobo que não sabia o que fazer quando algo dava errado, Finn só queria fugir e se encolher nos braços de sua avó até cair no sono.
— Eu...— Ele não conseguiu dizer nada.
— O que aconteceu com o seu celular? Esse não é o seu número.
— Bem. — Finn disse ainda com medo de algo.
— Eu resolvi tomar banho com ele.— Disse e riu nervoso, seguidamente do outro. Eles iam falar algo ao mesmo tempo, mas Jack mudou de repente e foi mais rápido.
— Por que me ligou Wolfhard? — Ali estava. O Jack Dylan Grazer que Finn tinha medo, aquele garoto que era irônico e não se importava com nada, o garoto que não dava a minima, nem para si mesmo.
— Eu... Eu senti a sua falta Jack.— Ele disse de uma vez só, e pode ouvir a risada do outro lado da linha, ele fechou os olhos se julgando por ter dito aquilo, mas ele precisava dizer, mesmo que Jack não quisesse ouvir.
— Preciso te ver, por favor Jack.
— Preciso ver você, preciso te tocar, preciso sentir você contra mim, preciso te beijar Jack, preciso de você na minha vida.— Finn soltou tudo de uma vez, coçando os olhos e suspirando lentamente com medo do que Jack poderia dizer.
— Eu preciso te ver.— Tornou a dizer baixinho, como um ultimo pedido.
— Pinnacle Hotel Harbourfront, em meia hora e não me importo como você vai chegar lá, só esteja lá Finn, só esteja la. — Jack desligou e Finn sentiu a garganta travar, antes mesmo de lembrar que ele não tinha habilitação Canadense e ele precisava estar lá de qualquer maneira.
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Fillie is Real ➳ fack
FanfictionTodos afirmam que Fillie é real, mas Jack Grazer é o único que sabe muito bem do que Finn Wolfhard gosta;; - de minha autoria - todos os direitos reservados à djulia braz