Dezessete.

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Camila

O calor do fim de verão transpassa as cortinas e a luminosidade me cega quando abro os olhos. Então, estreito os olhos ao focar em um raio de sol da manhã.

— Bom dia, meu anjo. — A voz gutural de Lauren me faz sorrir.

— Bom dia.

Acordo na mesma posição em que adormeci, em cima da Lauren, o que é incomum, já que normalmente me viro e remexo.

— Como você está?

— Bem. E você?

— Estou bem. Seu pescoço está doendo?

Sem pensar, levanto a mão e o toco. Tocar o faz doer.

— Está um pouco sensível, acho.

Os braços de Lauren se apertam ao meu redor.

Gentilmente, ela me levanta e me deita de costas. Então se apoia em um cotovelo e paira sobre mim.

— Vai ficar assim por um tempo. Está bastante roxo.

— Está?

Acho que não me olhei no espelho na noite passada. Espelho. Isso me lembra que devo estar horrorosa, com as marcas da maquiagem escorridas pelo rosto por causa do choro.

Lauren se inclina e beija meu pescoço carinhosamente.

— Isso dói? — ela pergunta, seus lábios ainda em meu pescoço. Sinto o calor de sua respiração e isso envia uma corrente elétrica pela minha espinha.

— Não — sussurro, esperando que ela continue.

Ela me beija novamente, um pouco mais para o lado esquerdo.

— E isso?

— Não. — Um sorriso surge em minha voz.

Ela se move um pouco mais para a esquerda, deixando mais dois beijinhos.

— E isso?

— Não.

Lauren continua a beijar a área que Connor machucou com o seu braço ameaçador, sem deixar nenhum pedacinho da minha pele machucada sem beijo. Enquanto ela traça uma linha de beijos suaves, sinto sua ereção crescer na minha perna. Nunca fui uma pessoa matutina, mas basta um pouco de atenção dessa mulher e anos de dedicação para não sorrir antes das nove da manhã saem pela janela.

Ela inclina a cabeça para trás para me olhar nos olhos.

— Tem certeza de que está bem? — ela fala séria.

— Eu ficarei... — Faço uma pausa, fazendo uma cara bastante séria antes de rir maliciosamente. — Se você continuar fazendo isso.

As sobrancelhas de Lauren se levantam em surpresa e seus olhos verdes escurecem de desejo. Ela volta ao meu pescoço e me beija novamente, dessa vez acrescentando uma lambida.

— Você quer dizer isto?

Faço que sim com a cabeça, mesmo que ela não veja minha resposta.

Mais alguns beijos e ela se encaminha para a minha orelha e morde o lóbulo, puxando-o com os dentes antes de soltá-lo.

— E quanto a isso? É bom? — ela sussurra em meu ouvido. O som da sua voz tensa é completamente erótico e faz com que meu corpo acenda de desejo.

Faço que sim novamente, dessa vez porque não consigo formar palavras. Os beijos dela se tornam mais intensos e o hálito quente na minha orelha faz com que eu sinta o calor crescer entre as pernas.

Sua mão desce e ela afasta as cobertas para poder ver o meu corpo. Com desejo nos olhos, ela provoca meus seios com os dedos, circulando-os ao redor dos mamilos enrijecidos, mas sem tocá-los. Inclinando-se no meu ouvido, ela sussurra com a voz tensa:

— Quando te vi pela primeira vez, me masturbei naquela mesma noite imaginando que era você que deslizava nele para cima e para baixo.

Meu Deus. Meu corpo já está desperto e começa a vibrar. Gemi enquanto ela circula meus mamilos intumescidos.

— Pensei em como seria a sensação de estar dentro de você. Suas pernas bem abertas enquanto eu a preenchia. — Suas mãos descem pelo meu corpo, parando quando alcançam meu umbigo. — Abra as pernas, Camila.

Assim eu faço, na esperança de que minha obediência faça com que ela me dê alguma coisa. Qualquer coisa. Preciso mais do que seus beijos no meu pescoço e uma mordidinha provocativa na minha orelha. Preciso, e não apenas quero.

— Mais. Eu quero você bem aberta para mim.

Obedeço e abro as pernas até as bordas do colchão, com os pés ficando para fora da cama queen size.

Satisfeita com minha resposta ao seu comando, ela desce a mão ainda mais, parando para esfregar meu clitóris antes de introduzir dois dedos em mim. Seus dedos deslizam no mesmo instante, e ela facilmente toca dentro, bem fundo em mim, encontrando um ritmo enquanto desliza para dentro e para fora. Eu gemi com o toque.

— Meu Deus, você é linda! Amo estar dentro de você! Amo vê-la se contorcer enquanto meto os dedos nessa sua bocetinha linda. Há tantas coisas que quero fazer com você agora! — Ela aumenta a velocidade dos dedos e meu corpo começa a pedir alívio, chegando ao limite. Remexo-me, forçando seus dedos a irem ainda mais fundo.

Estou quase lá. Só preciso de mais um pouquinho para me lançar sobre a borda. Não preciso nem mais de penetração. Seu vocabulário sujo já é o suficiente para me dar o que eu preciso.

— Me diz — imploro sem vergonha. — O que mais você quer fazer comigo?

— Quero sentir o seu gosto. Enfiar minha língua bem fundo em você e te sentir gozar na minha boca enquanto bebo cada gota do que me der. Quero enfiar meu pau em você e te foder com intensidade, por muito tempo. Depois, quero preencher sua boceta, te fazer sentir cada gota do meu gozo quente enquanto ele jorra em você.

Gemi alto quando ela enfia mais rápido. O polegar alcança meu clitóris ao mesmo tempo em que os dedos entram furiosamente em mim. As palavras dela tomam conta da minha cabeça, seu corpo controla o meu e me entrego ao orgasmo, sentindo-me completa e totalmente possuída por essa mulher.

Estou cansada, mas sinto que devo retribuir, dar prazer a Lauren como ela acabou de me dar.

Toco-a e percebo que ainda está dura encostada em mim. Ela segura minha mão antes que eu possa tocá-la.

— Ainda não.

Ela conduz minha mão para cima e a beija carinhosamente. Prendendo meu olhar no seu, ela admite:

— Não é que eu não queria sua mão em mim, mas precisamos conversar antes.

Fighter - IntersexualOnde histórias criam vida. Descubra agora