Trinta e cinco.

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Lauren

Dois dias depois...

Os pelos da minha nuca se arrepiam antes que eu possa vê-lo. Meu corpo me alerta quando ele vira a esquina no lobby do hotel onde estou parada de pé. Ele sorri. É o rosto de um maluco. Já sei que ele não segue as regras. O filho da mãe perturbado tem colhões de aço por vir na minha direção. Estou parado entre Jon e Ian, dois dos maiores lutadores do mundo, e ele não hesita nem um pouco.

Jon dá um passo à frente.

— Me dá apenas uma razão, seu pedaço de merda.

Ignorando-o completamente, Connor foca em mim.

— Vou estar de volta dentro daquela bocetinha gostosa em menos de uma semana. — Ele se inclina para frente e sussurra.

Ele deve desejar morrer. Eu o pego pelo pescoço e aviso:

— Você está fora de si, Phillips. Porra, vou botar a polícia te esperando quando você pousar em Nova York.

Ele nem pisca. Provavelmente acha que estou falando da luta.

— Sei tudo sobre o dinheiro que você roubou. Contei ao Ray hoje de manhã. Estou indo contar à Camila agora. Ia deixá-los decidir o que fazer com você, mas, pensando melhor, um merdinha como você definitivamente precisa ser trancado atrás das grades. Então, pise em Nova York, e me certificarei de que você pegue cinco anos por roubo. — O rosto dele está ficando roxo por causa do meu aperto, mas ele não faz nenhum movimento para se libertar. Transtornado não é o suficiente para começar a descrever quão fodido esse cara é.

— Ele não vale a pena — Ian diz.

Eu aperto mais forte, ciente de que poderia quebrar sua traqueia nesse exato momento. Provavelmente deveria fazê-lo, embora a ideia de mandar esse babaca fodido com problemas de controle emocional para a prisão seja muito mais atraente do que uma morte rápida e relativamente sem dor. Eu o liberto. Ele sorri e se afasta.

— Taí um filho da puta doente — Ian diz, quando Connor se afasta tão calmamente quanto se aproximou.

— Com certeza — Jon concorda.

Meu táxi para e me despeço.

— Obrigado por tudo.

— Sem problemas — Jon diz com um aceno.

— Cuide-se. Se alguma vez for a Chicago, dê uma passada lá na academia.

Concordo com a cabeça e me viro para olhar meu irmão.

— Não tenho como te agradecer o suficiente por tudo o que fez. Eu te devo uma.

— Você dá uma exclusiva para a Liv quando ganhar o título da próxima vez. Melhore, recupere sua garota, e depois volte para o ringue.

Sorri.

— Está bem, mas vou perder alguns quilos até chegar à sua categoria, para que ela possa escrever como eu acabei com você.

Ele ri.

— Nos seus sonhos, irmã. Nos seus sonhos.

***

Já no aeroporto, troco minha passagem de Washington por uma para Nova York. Ray me disse que a Camila foi embora mais cedo. Preciso contar a ela que o Connor andou roubando e preciso ir à polícia. Se ela não quiser ficar comigo, vou ter que lidar com isso. Mas não há a menor possibilidade de eu deixar aquele filho da mãe doente sequer chegar perto dela.

Fighter - IntersexualOnde histórias criam vida. Descubra agora