— Então, você era aluna de Ilvermorny? – Perguntou a mulher loura sentada na outra ponta da mesa de vidro. Ela usava vestes extremamente chiques e verdes. Bebia seu chá com um dedo esticado e com muita classe. Na outra cabeceira, se encontrava Madeleine Morgerstern. A morena também não ficava atrás no quesito riqueza e beleza. Usava um vestido com corte perfeito preto e jóias azuis. Seu cabelo preto longo e ondulado descia como uma cascata até a cintura. Ao seu lado, uma menina que tinha seu rosto mas os cabelos louros do pai usava roupas mais simples, afinal, era apenas uma adolescente.
— Sim, Sra. Malfoy. – Annelise Morgerstern tinha uma feição debochada natural. Sabia quem era aquela loura, sabia qual era aquela mansão e qual a fama daquela família. Mesmo assim, não se sentia nem um pouco intimidada. – Ilvermorny foi inspirada em Hogwarts. Também temos quatro casas.
— E qual era a sua? – Perguntou Narcisa Malfoy, cortando um pedaço de bolo de laranja e levando aos lábios com seu garfo de prata.
— Pumaruna.
— E o que Pumaruna representa, querida?
— Pumaruna é a casa da criatura que tem seu nome. Rápida, forte e quase impossível de matar. Foi nomeada pelo fundador Webster Boot em homenagem a esta criatura felina que se destaca por sua quase imortalidade e grande força. Ela representa o corpo de um bruxo e favorece os alunos com espírito combativo.
Narcisa Malfoy analisou mãe e filha e a evidente distância entre elas. Não física, mas emocional.
— Impressionante. – Ela bebeu mais chá e depositou a xícara vazia no pires com detalhes de ouro. – E você, Madeleine? Também aluna de Ilvermorny, certo?
— Sim. Mas minha casa era Serpente Chifruda. Representa a mente do bruxo e favorece alunos intelectuais. – Os lábios com batom vermelho de Madeleine deram um sorriso presunçoso.
— Todos em minha família foram de Sonserina. Meu marido, eu, minha irmã Bellatrix, meus pais... Meu filho Draco, também.
— Onde está Draco? – Questionou Madeleine, cruzando as pernas.
— Está na casa de seu amiguinho de escola, Crabbe.
Annelise engoliu um sorriso zombeteiro ao mesmo tempo que diversos homens e mulheres vestidos de preto saíam de uma sala que estivera fechada por quase três horas. A menina viu seu pai entre eles, dando tapinhas nas costas de um homem de cabelo louro que passava dos ombros. O que as separava do hall onde aquelas pessoas estavam era um pequeno corredor. As três se levantaram e o cruzaram, chegando até eles.
— Annelise, querida. Venha com o papai. – Joseph ofereceu o braço para a filha e ela o pegou, sem entender.
— Joseph! – Madeleine protestou, os olhos afiados e a boca franzida.
— O mestre quer vê-la. — Joseph mal a olhou nos olhos.
— O que?! – Perguntou a mulher, um pânico evidente nos olhos verdes.
— Deve ser feito o que é pedido, Madeleine. Não se intrometa. – Respondeu Lúcio Malfoy, se dirigindo outra vez para a sala enquanto alguns Comensais aparatavam.
— Será rápido. – Respondeu Joseph, puxando Annelise pelo braço. Pela porta aberta da sala, ela viu um homem alto e magro de costas, careca. Ele usava vestes longas e verdes. Virou-se para trás, olhando para a Madeleine em busca de ajuda, mas a última coisa que viu antes das portas se fecharem foi Narcisa abraçando e consolando sua mãe que começara a chorar.
{...}
— Me escreva. – Mandou Madeleine, antes de Annelise entrar no trem que a levaria para Hogwarts. Ela tinha as duas mãos nos ombros da filha, num carinho estranho.
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Poder e Controle
FanficO ano é 1995. Lord Voldemort está muito satisfeito por Cornélio Fudge transformar Potter e Dumbledore numa chacota perante a população bruxa. No entanto, ele precisa de mais. Ele encontra uma brecha em Joseph Morgerstern, lhe ordenando que transfira...