X Capítulo 2 X
Izuku foi despertado pelo forte choro do filhote. Olhou ao seu redor e para sua sorte Tomura não estava em casa. Hoje era um típico dia de sábado onde o alfa desaparecia e voltava depois de dias. Por insistindo, o ômega permitiu-se liberar feromônios de alívio, acalmando também o pequeno.
— Já vai, Katsuki. — falou levantando-se da cama e indo em direção ao berço improvisado, feito para quando o bebê tivesse dificuldades para dormir em seu quarto. Nele, Bakugou batia e mordia as bordas indicando raiva. — Não precisa descontar seu ódio nas barras, sabe? — riu ao receber o resmungo do loiro.
O sardento amava ver como aquele pequenino ser se desenvolvia. Há anos não tinha contanto com crianças, então para ele era uma novidade ver uma criatura crescer. O grande milagre da mãe natureza o surpreendia a cada minuto, enchendo sua cabeça de informações e momentos marcantes.
Bakugou era um menino arteiro, isso não se nega. Parecia que o mesmo tinha um imã para atrair perigo para si. Varias vezes já tentou colocar o dedo na tomada e quase tudo que via no chão tentava colocar na boca. Muitas vezes Midoriya passou por sufocos devido que o loiro ficava engasgado com objetos pequenos.
E sendo ainda mais confuso, era que quando ele brigava, o moreninho parecia entender. Porque depois que aprontava, se apegava aos braços do ômega e chorava sem querer se soltar. Como se fosse um pedido de desculpas, a maneira de um bebê é claro.
— Vamos Kacchan, eu tenho que fazer sua comida! — disse tentando tirá-lo do seus braços. Infelizmente Katsuki não se soltava. Estava tão firme que parecia um coala. — Está bem. Só não me atrapalhe e nem jogue alimentos em mim, certo?
Mas era um caso perdido. Assim que o de olhos rubi avistava algo do seu interesse, pegava-o e o jogava para cima. Ou até mesmo em Izuku. Fazendo com que ambos ficassem sujos de frutas, verduras ou leite. Porém o esverdeado deveria admitir, que depois que a agitação passava lembrava desses momentos como algo divertido.
Pelo menos teria algumas lembranças boas nesse lugar.
Assim que terminou de fazer a papa do bebê – e estranhou que dessa vez foi sem bagunça – colocou Katsuki na cadeirinha e começou a alimentá-lo. Tinha muita sorte de que o loiro comia bem, caso contrário poderia irritar Tomura. E conhecendo esse doente, ele teria colocado a culpa em si.
"Você é um ômega. É seu dever saber como cuidar de um filhote." Era o que escutava constantemente. O de cabelos cinza o criava para ser o ômega perfeito: obediente, submisso e ótimo cuidado da casa. Midoriya era forçado a cumprir com isso, tudo para evitar novas marcas em seu destruído corpo.
— Baah? — escutou o menino balbuciar. Quando voltou a ter sua atenção em Bakugou, viu o mesmo todo sujo de papa e ainda apontava-lhe a colher. — Dadah! — estendeu ainda mais o objeto.
— Eu não posso comer Kacchan. — respondeu, entendendo o que Katsuki queria dizer. — É sua comida e você deve comer para ficar forte! — em seguida pegou a colher e levou até a boca dele.
E assim quem sabe conseguir fugir desse lugar. Foi o que o esverdeado completou mentalmente. Bakugou fez uma careta de indignação e começou a chorar. Desesperado, o ômega pegou a colher e levou-a até a sua boca. Satisfeito, Katsuki parou de chorar e começou a bater palmas.
— Você não tem remédio. — suspirou limpando sua boca. — Agora vamos tomar banho, pequeno dragão!
O pequenino amava tomar banho. Ao ponto de chorar quando Izuku o tirava da banheira. Todas as vezes o moreno jogava água para todos os cantos, dando um bom trabalho para Midoriya secar. Entretanto era divertido vê-lo tentando pular nos braços do sardento, escorregando na maioria das vezes.
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Complexo de Édipo [ KatsuDeku ]
Fanfiction{ Katsuki x Izuku } | Universo alternativo | Tudo o que Katsuki mais ansiava, era libertar aquele que o criava daquela maldita prisão. Salvar o pobre coelho que tinha que lidar com um demônio todos os dias. Não lhe importava ter que desafiar seu pr...