X Prólogo X
Desde que Katsuki tinha memória, sempre via o ômega do seu pai com expressões cansadas e assustadas. Quando o patriarca estava em casa, Izuku parecia um coelho que buscava refúgio daquele homem, o caçador. E quando Tomura não estava, parecia que um imenso peso havia sido tirado das costas do sardento.
Bakugou nunca estranhou totalmente o comportamento daquele que o cuidava, devido que quando estavam a sós, o mesmo lhe presenteava com sorrisos radiantes e cuidados doces. Quando o esverdeado o fazia, o moreno simplesmente esquecia de tudo e buscava com ânsia o carinho dado por sua amada mãe.
O pequeno alfa também buscava afeto do seu outro progenitor, só que este da forma verbal. Gostava quando Shigaraki repetia o quão incrível e poderoso ele era. Fazia o seu ego elevar-se e trazia a sensação de poder enfrentar tudo e sempre sair vitorioso. Mas, quando era Izuku quem o elogiava, fazia-o se sentir bem consigo mesmo. Como se ao invés de alimentar seu orgulho, tais palavras alimentassem o seu coração.
Nos seus primeiros três anos de vida tudo era, considerado, perfeito. Tomura o tratava como um príncipe e sua mãe como uma rainha. Todavia, o que o pequeno nunca pensaria, era que estava longe de ser a verdade. Ele podia até ser um príncipe para seu pai, mas Midoriya não era a rainha. Midoriya era o prisioneiro.
Seus olhinhos rubi viam com inocência os toques no pescoço, via os apertos nos braços como um gesto de carinho e por fim pensava que os abraços no peito eram uma forma de proteção. Katsuki não entendia que na realidade o de cabelos cinzentos estava sufocando o ômega.
O alfa mais velho controlava ação por ação do esverdeado. E o pobre e ingênuo Bakugou via isso como algo normal. E como poderiam julga-lo? O mesmo nunca teve contato com meios que demonstrassem como era a vida de uma família. Esse era o meio onde foi criado e pensava que era certo.
Mas, quando o loiro jazia com 9 anos, presenciou uma cena que sempre ocorreu, porém por debaixo do seu nariz. A semana de terror começou com algo estranho, Izuku não havia saído do quarto e Shigaraki não o deixava entrar. O mesmo ficou indignado e irritado, por que ele iria o impedir de ver aquele que o cuidava desde bebê?
Ainda se recordava das frias palavras do seu pai: "Você não vai vê-lo durante uma semana. Não me importa o quanto você chore, não vai entrar naquele quarto!". Pela primeira vez o pequeno alfa presenciou o pavor e o pânico. Necessitava do cheiro doce de Midoriya para acalmar-lhe, mas não podia vê-lo.
E os dias seguintes foram piores.
Os olhos vermelhos do seu pai, cujo ele herdou essa cor dominante, o fitavam como se fosse um mero objeto. Um ser extra dentro daquela casa. Viu também que aqueles olhos encaravam aquela porta com um desejo absurdo, este que era intensificado com a liberação dos feromônios.
Durante as noites ele escutava Izuku chorar e gritar por socorro.
Seguido de sons estranhos emitidos da boca de Tomura.E sua ingênua mente de nove anos compreendeu tudo quando a semana passou e foi autorizado a ver Izuku. O estado do ômega era deplorável, marcas de unhas e dentes por toda a extensão do seu corpo. Bakugou ficou parado na porta, vendo com horror o quão destruído o esverdeado se encontrava.
E mesmo estando completamente quebrado, o mesmo o recebeu com um sorriso e braços estendidos. O loiro rompeu em lágrimas, buscando a proteção inexistente. Se Midoriya não conseguia nem defender a si mesmo, como protegeria essa criança que não era sua, mas que ele amava de mesma forma?
Katsuki entendeu finalmente que Izuku vivia com medo. Que tinha que lutar contra demônios causados pelo alfa da casa. E ao mesmo tempo buscava fazer a pequena e miserável vida do moreno ser a melhor com a sua presença. Um verdadeiro guerreiro que não se renderia até o dia de sua morte.
Enquanto ambos sofriam no ombro do outro, parado na porta estava o causador de toda essa dor. Ele os observava incrédulo, como se não soubesse que ele próprio era o causador de toda essa desgraça. Tomura era um demônio que se alimentava do sofrimento daqueles que, em teoria, deveria mais amar.
Seu ômega e seu filho.
Assim que o menino descobriu toda a verdade, fez uma promessa para si mesmo. Protegeria Midoriya, enfrentando Shigaraki. Quando atingisse a maturidade, delataria todos os abusos dados por aquele horrendo alfa. Dando finalmente a liberdade do merecido ômega.
E sim, ele iria cumprir sua promessa. Mas não dá forma que imaginava...
Afinal, ele era filho legítimo de Tomura, então teria que herdar algo do seu pai, não?
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Avisos:
▪️ Violência
▪️ Abusos físicos, mentais e sexuais
▪️ Incesto
▪️ Angust
▪️ Drama
Olá a todos!Bom, essa aqui é uma fanfic de KatsuDeku feita com intenções um tanto quanto enfermas. Após ler uma boa quantidade de fics doentias envolvendo ambos, tive uma grande vontade de escrever também.
E também devo confessar que o "Complexo de Édipo" me fascinou bastante.
Honestamente não sei que rumo essa história vai tomar. Só vou seguindo com o que a criatividade me presentear.
E é isso, espero que gostem dessa pequena tentativa de algo mais obscuro!
Xau! E até o próximo capítulo!
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Complexo de Édipo [ KatsuDeku ]
Fiksi Penggemar{ Katsuki x Izuku } | Universo alternativo | Tudo o que Katsuki mais ansiava, era libertar aquele que o criava daquela maldita prisão. Salvar o pobre coelho que tinha que lidar com um demônio todos os dias. Não lhe importava ter que desafiar seu pr...