X Capítulo 5 X
Sem que Katsuki percebesse, levou as mãos sujas de pó de giz e coçou seus olhos. De imediato suas orbes sentiram o incomodo e começaram a arder, fazendo-o dar um pequeno grito de dor. Seus colegas de sala correram para chamar a professora, quem nesse momento levava-o para o banheiro para assim limpar os olhos.
Ultimamente ele andava muito distraído e isso foi algo que não passou despercebido pela professora. Conhecia o pequeno Bakugou tempo o suficiente para saber que tinha algo de errado. Já havia tentado saber a origem do problema com perguntas sutis, porém nunca recebia resposta. Geralmente o loiro respondia de forma grossa ou simplesmente a ignorava.
— Aí, aí, o que está acontecendo com você, Katsuki? — Ashido suspirou e sorriu de canto. — Já terminou de lavar?
— Sim. — respondeu abaixando a cabeça. Não queria olhar nos olhos da de cabelos rosa, sabia que se o fizesse acabaria chorando. — Podemos voltar para a sala?
Ashido era uma mulher bem observadora. Era visível que, o grande e orgulhoso Bakugou, não estava se sentindo bem. Sua mente esperta começou a formular respostas para essa situação, mas infelizmente não passavam de teorias. Ela precisava tirar, nem que seja uma, informação da boca do menino.
— Aconteceu alguma coisa que você gostaria de me contar? — pegou suas mãos e as apertou com força, tentando transmitir confiança. Mas a única resposta que recebeu foi uma cara feia seguida de um leve empurrão.
— Quantas vezes eu tenho que te dizer que não aconteceu nada? — disse em um tom alto. — Eu estou perfeitamente bem, aliem!
Mina franziu o cenho. Katsuki costumava usar esse apelido para "ofende-la" após descobrir seu gosto por assuntos relacionados a E.Ts. Devia admitir que achava engraçado, mas nesse momento o pequeno alfa realmente estava usando tal apelido para atacá-la.
— Você tem que me tratar com respeito, Katsuki! — o repreendeu firme. O moreno, após escutar a reclamação, pareceu se dar conta do seu erro, devido que possuía uma expressão de culpa. — Posso me comportar como amiga dos meus alunos, mas eu ainda sou a professora e você deve me respeitar!
O de olhos carmim murmurou um pedido de desculpas e correu para a sala de aula. A rosada, frustrada, bateu na pia com força, com o intuito de descontar esse sentimento ruim em alguma coisa. Ao que tudo indica, deveria perguntar informações ao responsável de Katsuki. Tomura tinha que saber que algo de ruim acontecia com seu filhote e que ele deveria descobrir o que era.
Tendo esse pensamento em mente, Ashido voltou para a sala de aula e prosseguiu normalmente. Claro, toda vez que podia ficava encarando o moreno, tentando ler alguma coisa em seu comportamento. Mas, como sempre, nada. Bakugou, apesar de parecer ser um livro aberto, demonstrava ser uma criança de certa forma... fechada.
Quando deu o horário para todos irem embora, Mina caminhou apressada em direção ao pátio da escola, onde as crianças ficavam até seus pais irem buscá-las. Olhou seu relógio e viu que era 13:20, Shigaraki costumava buscar sua cria em dez minutos. Caso o alfa de cabelos cinza não tivesse algum importuno no caminho, chegaria 13:30 certinho.
E foi dito e feito. Tomura apareceu no horário certo e abraçou seu filho com doçura. A beta, ao ver essa interação tão adorável, imaginou o quão sortudo Katsuki era por ter um pai assim. A mãe de Bakugou também deveria ser uma pessoa bastante afortunada por ter um parceiro tão bondoso e gentil como esse alfa.
Mas agora que Mina parou para pensar... nunca havia visto a mãe do pequeno alfa.
Desde que o loiro entrou na escola, nunca soube de nada em relação a sua mãe a não ser os elogios dirigidos a ele. Katsuki falava sobre sua mãe com tanta devoção e amor, que Ashido imaginava-o como se fosse uma criatura perfeita. Mas, bem no fundo do seu coração, achava suspeito o mesmo nunca ter comparecido à nenhum evento na escola.
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Complexo de Édipo [ KatsuDeku ]
Fanfiction{ Katsuki x Izuku } | Universo alternativo | Tudo o que Katsuki mais ansiava, era libertar aquele que o criava daquela maldita prisão. Salvar o pobre coelho que tinha que lidar com um demônio todos os dias. Não lhe importava ter que desafiar seu pr...