Algumas horas depois, Robertinho acordou com a sensação de que todos os membros do seu corpo haviam sido exercitados ao máximo, principalmente o bumbum, mas ao mesmo tempo dominado por uma grande euforia. Sabia que nem todas as pessoas tinham boas recordações do momento em que perdiam a virgindade, mas no caso dele superou todas as expectativas, sentira-se excitado, seguro, desejado e principalmente querido nos braços de Enrique, que ainda o segurava. Na expectativa de ver o amante, virou-se para encará-lo e notou que ele já estava acordado e sorria com uma tranquilidade que poucas vezes vira em seu rosto.
– Bom dia. - disse ao fazendeiro.
– Bom dia, meu rapaz. Dormiu bem? - perguntou enquanto acariciava seu rosto.
– Maravilhosamente bem. Você me proporcionou a melhor noite do mundo, doutor Enrique. Fico feliz que no fim das contas eu tenha escolhido o cara certo para me tornar um homem pleno. - disse enquanto também lhe tocava a face.
– Eu é que fico feliz de ter sido o seu primeiro. Você tem algum problema contra hálito matinal?
– Não tenho prática nisso mas acho que é algo que dá pra aguentar.
– Ótimo. - E sem mais conversas trouxe o rapaz para cima de si e beijou-o com ânsia. Os dois se abraçaram e se beijaram durante alguns minutos, procurando sentir os corpos um do outro enquanto seus pênis instantaneamente eretos deslizavam um sobre o outro debaixo das cobertas. O beijo ganhou intensidade enquanto eles seguravam as respectivas faces, e foi a muito custo que conseguiram dar uma pausa.
– Nossa, parece que o meu corpo já desenvolveu dependência do seu. - disse Robertinho com sinceridade enquanto se acomodava sobre o peito peludo.
– Digo o mesmo. Com toda a minha experiência, só consigo pensar em passar o dia inteiro aqui na cama com você. Só que o mundo real nos espera.
– De fato. O que vamos fazer? - Enrique tinha de admitir que receava o "dia após", pois não sabia como o patrão lidaria com a situação deles. Era tudo muito novo e ao mesmo tempo complicado, pois havia a relação patrão-empregado, o relacionamento dele com os colegas e o seu futuro profissional. Mas por mais que soubesse que teria de lidar com essas coisas sentia que o que possuíam era especial e não abriria mão disso.
– Roberto, tudo isso é muito novo pra mim, há anos que não tenho nada que se aproxime de um relacionamento verdadeiro, sem falar que sua situação é um tanto incerta, por sua idade e inexperiência. Mas eu sei reconhecer algo que vale a pena, e penso que vale a pena investir em nós. Estar com você me traz uma energia que ultrapassa minhas expectativas, e penso que há bastante potencial nisso para explorarmos. Sem mencionar que não quero ser sacana como seu ex-namorado foi, você é um rapaz bom e precioso que qualquer um deve ter orgulho de chamar de seu. Não vamos fazer nada as escondidas, quero anunciar nossa relação daqui a pouco no café da manhã.
– Nossa, isso é mais do que eu sonhei. Também não quero ficar longe do senhor, e não é só pelo que temos na cama, sempre me senti seguro e valorizado ao seu lado. - estava tão emocionado que quase chorou, depois do caso frustrado com Rui agora aquele homem poderoso e sexy decidira assumi-lo para todos. Sentia-se como se seu coração fosse saltar para fora. - Mas o senhor não tem receio do que os seus colegas ou os demais empregados vão dizer?
– Em primeiro lugar – disse tocando o nariz do jovem com o indicador – vamos parar com essa história de "doutor Enrique" ou de "senhor". Se estamos juntos, então devemos começar um relacionamento sendo quem somos de fato, ou seja Enrique e Roberto. E depois, sei que você ainda tem de decidir o que fazer com sua vida, mas penso que isso pode ser adiado por algumas semanas, enquanto nós vemos onde isso vai dar e depois, se virmos que for necessário, estudaremos uma solução em conjunto. Quanto aos demais empregados, eles têm a vida deles e sempre respeitei isso, então eles não têm o direito de questionar a minha. Por isso, quero lhe perguntar: você quer namorar comigo?
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A fazenda dos amantes
RomanceSpin-off de "O general da minha vida". Roberto de Castro Lopes Neto, ou Robertinho, como é chamado pela família e pelos amigos, tem 20 anos e sempre se considerou um privilegiado. Criado num lar acolhedor e intelectualmente estimulante, cercado por...