Capítulo 7

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 Enrique e Robertinho continuaram trabalhando em seu relacionamento nos dias seguintes e, numa determinada tarde, o jovem concluiu suas tarefas nas plantações e mandou uma mensagem para o namorado.

Amor, já terminei minhas tarefas por hoje, onde você está?

Ah, estou no celeiro conferindo o feno e a serragem para os animais. É um processo meio longo, pra ver se não há nenhum item estragado.

Certo, estou indo aí.

Tomou o caminho do celeiro e de fato, quando entrou lá, encontrou o fazendeiro movendo um fardo de um canto pra outro, e depois revirando-o para examinar se o aspecto dele estava dentro do ideal. Quando ele concluiu a tarefa, aproximou-se dele e abraçou-o.

– Oi, está perto de concluir? - e beijou-o.

– Ah, mais ou menos. Hoje tem muita coisa pra verificar, às vezes oscilações do clima e de temperatura podem estragar parte desses itens, por isso é bom sempre verificá-los, e também aproveito para separar os fardos em diferentes estágios de conservação. E como o patrão tem dois olhos e o empregado um, gosto de fazer isso sozinho de vez em quando.

– Não sei se tenho só um olho mas sou muito bom com o que tenho. Quer uma mão? - se desse um apoio ao namorado, talvez ele terminasse logo.

– Bem, quem recusa uma ajuda? - e fez um gesto para que se juntasse a ele. Os dois começaram a realizar a tarefa em conjunto, erguendo e verificando os fardos de feno e depois fazendo o mesmo com a serragem. Quando deram a tarefa por concluída, já começava a escurecer e Enrique enxugou um pouco de suor na testa com a mão, momento em que Robertinho, que se sentara num monte de feno para descansar, contemplou-o e percebeu que ele parecia mais sexy do que nunca: com as mangas da camisa enroladas na altura dos cotovelos, o colarinho aberto deixando à vista a penugem úmida que cobria o peito amplo e o cabelo também um pouco molhado, ambos por causa do esforço físico, com o seu cheiro natural muito mais forte que o do perfume, ele encarnava o fetiche clássico do trabalhador suado e másculo que despertava o desejo dos inocentes. E a verdade é que, embora àquela altura não se considerasse mais inocente, o rapaz sabia que tinha uma experiência de vida muito menor, o que só estimulava seus esforços para se jogar no que o amante estivesse disposto a ensinar ou experimentar.

Percebendo que o namorado o encarava, Enrique perguntou-lhe:

– O que é que você está vendo que o faz ficar parado como uma estátua me olhando, rapaz?

– Só estou reparando como você é quente. Simplesmente não consigo evitar. - respondeu.

– Você não consegue pensar em outra coisa? Não sei como ainda tenho fôlego – retrucou o outro com ar irônico.

– Olha só quem fala, ainda bem que eu sou jovem porque não é fácil acompanhar o seu fogo. Não que eu esteja reclamando. - disse, e aproximou-se para beijar seu pescoço.

– Roberto, isso está ficando perigoso, alguém pode se aproximar... - argumentou, sentindo que começava a ficar excitado, enquanto o jovem descia a mão em direção à sua virilha.

– Relaxe, o horário de trabalho dos demais já acabou e me certifiquei de que não havia ninguém aqui perto. Além disso, dizem que o aspecto mais atraente das fazendas para os apaixonados é a possibilidade de fazer amor sobre o feno. Você já fez isso? - perguntou ao mesmo tempo em que abria o zíper e acariciava Enrique sobre a cueca.

– Confesso que não, sempre vi esse celeiro apenas como um local de trabalho. - não sabia como ainda conseguia raciocinar enquanto as carícias do rapaz, fosse por sobre sua cueca ou beijando seu peito, faziam seu coração disparar.

A fazenda dos amantesOnde histórias criam vida. Descubra agora