— Ok. – ele diz em um sussurro – Boa noite.
Dia Seguinte
— Que susto! – Sofia fala ao dar de cara com o Vítor.
— Desculpe, não foi a minha intenção... Na verdade, eu nem imaginava te encontrar aqui – ele fala sem jeito e sem a olhar.
— Na minha casa? – Ela franziu a testa.
— Preta, – ele a olha – é sua casa, mas é segunda e são – olha as horas – sete horas e dez minutos, ou seja, você deveria estar na faculdade e não em casa. – Ele cruza os braços.
— Hoje não tem – ela fala soltando o cabelo e refazendo o rabo de cavalo
— Por quê?
— Algum professor morreu e a universidade está de luto. – Ela se desvia dele e voltando a fazer o que estava fazendo antes.
— Então – ele sai a acompanhando –, podemos conversar sobre ontem?
— Devemos.
— Ok, eu vou tomar um banho e a gente conversa. – Ele para atrás dela.
— Tudo bem! – Ela vira e dá de cara com ele. – Vítor, vai acabar me derrubando no chão desse jeito.
— Desculpa. – Ele fica alguns segundos parado a olhando nos olhos e ela ergue uma das sobrancelhas e cruza os braços. – Eu vou tomar meu banho.
Minutos Depois
— Por onde começamos? – Vítor fala sentando-se.
— Bem, reconhecendo que nosso desentendimento foi por um motivo bobo – ela fala o olhando.
— Não acho que uma discussão sobre quantos filhos vamos ter seja algo bobo.
— Nosso desentendimento começou por esse motivo, mas não foi exatamente isso que desencadeou o resto.
— Você não devia ter dito aquilo – ele diz passando a mão no cabelo.
— Eu sei que não... Olha, como eu te disse antes, foi no impulso, eu fiquei chateada e irritada por ter descoberto isto daquela forma. – Ele a olha. – Também confesso que já estava um pouco chateada porque você querer vir embora tão cedo da festa.
— Eu só estava cansado.
— Essa conversa não é sobre isso. – Ela sorri de lado. – Continuando, eu falei aquilo no impulso, na emoção do momento e sei que não devia agir assim, mas foi automático, dou minha palavra que vou prestar mais atenção nisso. – Ela o olha. – Eu te pedi desculpas e você em vez de tentar entender a situação e me desculpar, agiu daquela forma comigo e a bola de neve ficou enorme por esse motivo.
— Eu estava chateado, porque não foi nada legal escutar aquilo – ele suspira.
— Entendo! Realmente entendo que estava chateado, mas você teve a noite inteira para se acalmar e saber que eu realmente disse aquilo da boca para fora. Principalmente, porque eu pedi desculpas antes de nos calarmos.
— Você nem imagina o quanto foi ruim ouvir aquilo – ele fala passando a mão esquerda no braço direito.
— Sei que eu errei e que isto te magoou, mas reconheça, você aumentou muito a repercussão das minhas palavras e acabou fazendo drama – ela fala virando suco no copo.
— Eu não fiz drama.
— Sim, fez! Disse que só me casei com você para ter três filhos e mais um monte de coisas. – Ele começa a mexer no copo vazio que estava na mesa. – Cinco anos de namoro, Vítor! Você sabe exatamente o que sinto, sempre te digo o quanto gosto de você, como é especial, importante e, digo mais, sempre provo com atitudes. Então, você fala aquilo tudo e vem me dizer que não estava exagerando? Que não foi drama!? Isso quer dizer que você não acreditou em nenhuma palavra que eu te disse e que minhas demonstrações foram em vão – ela fala chateada o olhando.
— Ok, foi drama. Vamos parar logo com isso? Com essas atitudes idiotas e infantis. – Ele a olha e sorri.
— Ok, mas você vai correndo para casa da sua mãe sempre que discutimos ou coisa do tipo? Porque essa é, sem sombra de dúvida, a pior coisa que se faça em situações como essa.
— Eu só estava irritado e não queria mais brigar. – Ele volta a olhar para o copo e o balançar.
— Amor, você acha que fugir para casa da sua mãe resolveria isso? Foi uma atitude totalmente infantil. Imagina só se sempre que esse tipo de coisa acontecer eu resolva correr para a casa da minha mãe ou você para a sua? Que atitude mais imatura! – Ela o olha. – Somos adultos e nossas mães não podem mais resolver nossos problemas, principalmente nossos problemas como casal. Essas situações resolvemos juntos, sem mamãe, sem papai, sem amigos e sei lá mais quem para intervir, entendeu? Nós resolvemos e ninguém mais pode fazer nada para resolver NOSSOS PROBLEMAS. Isso foi tão irritante e frustrante! Você parecia só um garotinho assustado que depende da mãe e eu fiquei aqui com cara de idiota.
— Eu sei disso, não deveria ter feito aquilo, mas acabei agindo por impulso e foi o que me veio na cabeça.
— Você me deixou sozinha em casa em pleno domingo, Vítor! Isso não foi legal! Eu fiquei muito mal por causa disso e dessa sua atitude infantil.
— Me desculpe se te deixei triste, não era esse o meu objetivo! – ele suspira. – Eu nunca mais vou te deixar sozinha desse jeito.
— Acho bom! – Ela se senta, – Eu não quero ficar tendo discussões bobas com você, não quero ver você correndo para casa da sua mãe sempre que discutimos, não quero ser deixada de lado desse jeito, não quero ser imatura com você, não quero falar coisas que não devo e, caramba, eu não quero te magoar. Realmente não quero nada disso... Não aceito que nosso casamento seja assim.
— E não vai ser! Dou minha palavra que não vou correr para saia da minha mãe, exagerar nas coisas ou te deixar sozinha. Vamos conversar com relação a tudo. Decisões, planos, sentimentos. Sobre tudo, exatamente como fazíamos quando éramos namorados. Só não quero que essas coisas aconteçam de novo.
— Por mim, tudo bem! – Ela sorri.
— Tá, então você me desculpa por tudo que eu fiz ontem e que acabou te chateando? – ele diz segurando a mão dela.
— Claro, é por isso que estamos conversando, né!? E você, também me desculpa pelos os meus erros?
— Como você disse, esse era o objetivo da nossa conversa. – Ele beija a mão dela e sorri.
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Na riqueza e na pobreza
RomanceATENÇÃO, PLÁGIO É CRIME. ART. 184. ART. 103 ART. 106! NÃO PERMITO QUE REPOSTEM OU QUE FAÇAM QUALQUER ADAPTAÇÃO DO MEU TRABALHO. Atenção, aqui está disponível apenas alguns capítulos, o livro se encontra completo na Amazon. Link no meu perfil Sinop...