Capítulo 18

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 — Mô, e...

— Vamos entregar todas as nossas economias nas mãos dele, preciso o conhecer, tenho esse direito.

— Tá! – ele fala irritado e se afasta. – Vou providenciar isso. Vou olhar com ele e marcar um dia. – Ele começa sair.

— Hei! – Ela o puxa. – Onde você vai?

— Te deixar tomar o seu banho em paz.

— Vítor, não me irrita! – Ela o beija. – Não vai sair daqui.

Tempo depois

— Está bem? – Sofia fala se aproximando do marido.

— Uhum! – ela senta do lado dele.

— Está tenso. – Ela coloca as mãos no ombro dele.

— Um pouco. Mas também depois do sermão que você me deu.

— Só dei minha sincera opinião – ela começa fazer massagem nele –, e bom, já demos um ponto final nessa conversa.

— Se você diz. – Ele vira para ela – Confia em mim?

— Em você eu confio, mais no seu colega não.

— Vai dar tudo certo, acredita em mim! – Ela o beija.

— Vamos andar de bicicleta? Eu preciso me exercitar e respirar um ar fresco.

— Eu vou ficar resolvendo umas coisas aqui.

— Faz isso depois. Só temos tempo um para o outro nos sábados e domingos, não me troque por "coisas".

— Não estou te trocando por coisas, bebê! Eu preciso fazer isso aqui e depois ligar para o Guilherme. – Ele dar um selinho nela. – Enquanto isso você vai andar de bicicleta, quando voltar fazemos o que você quiser, até ver aquela série horrível sua.

— Primeiro, não fale mal de TWD. – Ele ri. – Segundo, se eu achar um bonitão por aí e ele se aproximar e começarmos uma conversa, não venha ter crise de ciúmes. – Ela levanta.

— Você nem é doida de ficar de conversinha com homem por aí! – ele fala cruzando os braços e fechando a cara.

— Eu sou uma pessoa sociável – ela fala andando –, e trato todos com simpatia. Quando alguém conversa comigo, eu respondo, seja homem, mulher, gay, jovem, adulto, idoso, crianças e bonitões!

— Que palhaçada é essa de bonitões, Sofia Martins?

— Correção – ela o olha e sorri –, Sofia Bueno. Estou indo.

— Eu também vou, pode esperar. – Ela ri.

— É um ciumento!

— Você me irrita, Sofia.

— Eu sei. – Ela ri. – Vem, vamos pegar as bicicletas.

Um mês depois

— Você pode prestar atenção em mim? – Sofia fala entediada.

— Estou ocupado – ele fala concentrado no notebook.

— Ok. – Ela levanta – Tchau!

— Onde vai? – ele fala ainda concentrado no notebook.

— Ver Mamis.

— Vai demorar?

— Você vai?

— Um pouco, Preta. Estou resolvendo umas coisas da agência.

— Então eu vou demorar.

Na riqueza e na pobrezaOnde histórias criam vida. Descubra agora