Na riqueza e na pobreza

Capítulo 16

 — Sexta-feira sem falta, Vítor!

No fim da tarde

— Como foi? – Sofia fala ao entrar e vê o Vítor jogando videogame.

— Oi, mô! Eu estou bem sim e você? – ele diz concentrado no jogo.

— Oi, meu amor! Tudo bem com você? Como foi com o Guilherme e o outro cara que eu não sei quem?

— Que burro! Aff, era pra tocar na direita e não no meio – ele fala balançando a manete.

— Vítor, estou falando com você. – ela fala impaciente.

— Espera aí, Preta.

— Não posso esperar. – Ela para na frente dele.

— Sai da frente – ele diz bravo.

— Quero que me conte tudo.

— Não! – ele diz quando sofre um gol – Olha aí! Isso é sua culpa.

— Depois você continua brincando, me dá atenção. – Ela pega a manete da mão dele.

— Idiota. – Ele a olha.

— Isso é só um jogo, Vítor.

— Não é um jogo e sim uma liga, é importante pra mim.

— Vítor, pelo de Deus, isso é um jogo. Me dá atenção, eu passei o dia todo esperando por esse momento.

— O que quer saber?

— Tudo. Como foi lá no SBT, o que conversaram, o que achou. Você também disse que iria conversar com sei lá quem dá sua outra opção de emprego, eu também quero saber sobre isso.

— Tá! – ele pega a manete da mão dela e coloca na mesa de centro. – Eu conheci toda a parte de marketing do SBT e é incrível! – Ele a puxa para o colo dele. – Vou te contar tudo em detalhes. – Ele a beija.

— Vai ter que fazer isso enquanto eu faço o jantar e me arrumo.

— Não precisa fazer o jantar, eu vou pedir pizza.

— Preciso sim! Amanhã no almoço vai comer o que se eu não fizer o jantar? Você não sabe cozinhar.

— Como pizza de novo ou faço miojo.

— Essas coisas não são saudáveis. – Ela leva e o puxa. – Vem, me conta tudo estou curiosa.

Enquanto ela fazia o jantar e se arrumava, o Vítor contou como foi incrível conhecer cada detalhe das diversas partes de marketing, também contou sobre o salário e o cargo que iria ocupar, mas não falou nada sobre o Jônatas.

— E quando vai assinar o contrato? – ela diz animada.

— Hum! – ela o olha.

— Você vai trabalhar com eles, certo?

— É que... Bom – ele começa a mexer no celular –, eu ainda não sei.

— Como assim, Vítor? Você está aí todo empolgado, me disse que é tudo o que sempre quis e convenhamos, é realmente o emprego da sua vida!

— Preciso pensar.

— Em quê?

— Estou seguindo o seu conselho, eu preciso pensar.

— Não tem muito o que pensar. Olha essa proposta, ela se encaixa perfeitamente no seu sonho e é uma oportunidade única e grandiosa. – Ela se aproxima dele.