Lobo vs Coelho

Conexão

Quanto tempo Owen tinha sonhado com aquilo? Ora, tinha que admitir que não era um lobinho puritano...Sonhara várias vezes com Matt, com seus músculos fortes, com seus beijos...Com seus toques.

– Sei que sou lindo, mas não precisa ficar babando por mim desse jeito. – Comentou o coelho guerreiro dando um sorriso malandro.

– E-eu não estou babando! – Só para ter certeza passou as costas das mãos nos lábios. Pode ser que tenha babado, só um pouquinho. Aliás, qualquer um iria ter essa reação ao ver o amor de sua vida sem calças!

– Pare de enrolar, meu lobinho. – Disse Matt que avançou sobre Owen, fazendo que suas posições se invertessem. Agora era a vez do Coelho ficar por cima do Lobo – Sua vez de perder as calças.

Owen não teve tempo para soltar um argumento, pois suas palavras foram perdidas tal como a sua calça que foram retiradas, de forma bruta. Pelo visto, não era o único ansioso para aquele momento.

Matt paralisou, seus olhos navegaram pelo corpo esguiou de Owen. O lobo podia não ter o volume de músculos que o coelho tinha desenvolvido nesses anos de treinamento, mas o jovem biológico estava longe de ser magricela e franzino. Havia firmeza em seus músculos, fragilidade e delicadeza não estavam estampadas em sua constituição física. A pele alva, como porcelana, mesclava com cabelos loiros platinados. Cabelos esses que agora estavam soltos, esparramados no chão de madeira da casa da árvore.

Lindo.

Não havia palavras para descrever o seu lobo.

– Agora quem está babando? – Provocou Owen puxando pelo pescoço Matt para um beijo. Seus lábios se encontraram quase que de forma automática. Os dois mergulharam de cabeça naquele mar de sensações. Seus corpos pareciam vibrar de energia. Sentiam calor e frio. Seus corações batiam fortemente em seus peitos. E a necessidade de querer mais, de sentir mais!

A boca de Owen tinha sabor adocicado, tal como mel, misturado com temperos exóticos, como ervas selvagens colhidas na imensidão da floresta a qual ressaltava os sabores dos alimentos, trazendo à tona um gosto totalmente novo e único. Matt queria sentir mais... Provar mais...

Owen não estava muito atrás do Coelho. O seu paladar se deliciava com o gosto de canela que degustava dos lábios e língua do seu companheiro. Verdade era que Owen nunca fora muito apreciador daquele condimento, mas prova-lo da boca de Matt...Bem, pelo visto estava começando se viciar em canela.

Lábios. Língua. Dentes. O beijo se aprofundava. Suas mãos, inquietas, exploraram os corpos um do outro. Ambicionavam por conhecer mais, os segredos e os prazeres que podiam conferir uma ao outro.

Matt interrompeu o beijo, notando o quão avermelhado os lábios de seu amante tinha se tornado. Era, sem dúvida, algo maravilho de se observar. Infelizmente, o momento não era de contemplação, mas sim de ação. O coelho rebelde passou a beijar e mordiscar o longo pescoço do lobo, deixando marcas mais que evidentes sobre a pele alva.

– Ahh...E eu que pensei que...AH...Só lobos sentiam essa necessidade...De...Marcar... – Comentou, Owen.

– E eu pensei que lobos era feras carnívoras e assustadoras. – Ao falar isso, deixou que sua mão se direcionasse para o peitoral do lobinho e alcançasse um dos mamilos morenos, agora eretos. Apertou. Owen soltou um longo gemido, tentou morder o lábio inferior para abafar o som, mas já era tarde demais – Agora vejo que lobos não passam de "feras" adoráveis.

– C-Cuidado...Matt! Eu ainda posso te morder, sabia disso?

Matt deu um grande sorriso, daqueles que faziam as pernas de Owen tremerem e descompassar as batidas de seu coração.