Baby Girl

Prólogo

Oi meus pudinzinhos 🍮

Sejam bem vindos à continuação de Sugar Daddy, aos que são novos no wattpad, sejam muito bem vindos e eu espero que estejam conseguindo se adaptar bem. Obrigada aqueles que conseguiram me acompanhar por aqui e apoiaram a minha decisão de mudar de plataforma.

"Baby Girl" ("menininha" ou "garotinha" em inglês) pode ser usado em três situações: 1) Pais que usam como forma carinhosa de chamar suas filhas; 2) Termo usado no Daddy/Mommy kink para se referir à mulher submissa - se o submisso for homem troca o "girl" por "boy"; 3) Da mesma forma que um pai usa o termo para se referir carinhosamente à filha, um sugar daddy pode usar o termo da mesma forma para se referir à sugar baby.

Espero que gostem.

Boa leitura 🍮❤

Astrid suspirou em frustação, largou o tablet no sofá e cruzou os braços em frente ao peito.

-Você está pelo menos me ouvindo? - Astrid perguntou com o tom de voz frustrado e ao lado dela Soluço tirou os olhos da tela do computador para olha-la pela primeira vez nos últimos quinze minutos. A pergunta não precisava de resposta porque Astrid sabia que ele não estava ouvindo. A loira descruzou os braços e suspirou. - Não importa, só se certifique de estar lá no dia. - Astrid se levantou e em silêncio saiu da sala.

-Uau, - a voz de Camicazi atrás do sofá assustou o empresário - você é um péssimo noivo. - Soluço suspirou, esfregando o rosto com as mãos.

-Você não está ajudando, Cami. - A adolescente deu de ombros.

-E você acha que eu quero te ajudar? Estão noivos há três dias e a Astrid sozinha já fez a lista de convidados, arranjou uma data e está atrás de uma locação pra cerimônia enquanto você fez o que? Deu um anel e ficou o dia todo com os seus investidores no telefone. - A garota andou até ficar na frente do empresário, apoiou as mãos na cabeça do sofá e se inclinou para se aproximar de Soluço, Camicazi tinha um olhar frio e duro que Soluço nunca imaginou ver. - Escuta aqui, cunhadinho, a Astrid está sendo muito paciente, mas essa paciência dela vai acabar. E quando acabar e ela decidir cancelar essa porcaria de casamento eu não vou lá tentar convencê-la do contrário. Você acha que a Astrid vai estar sempre lá, bonitinha, esperando sua boa vontade? Já vi ela expulsar pessoas da vida dela por muito menos, então você vai se levantar daí, vai falar com ela e vai tratar esse casamento como a coisa mais importante do mundo ou que os deuses me ajudem a não te encher de porrada! - Ela se afastou e saiu pisando duro no chão de madeira, deixando Soluço sozinho com a certeza de que adolescentes (Camicazi em especial) eram muito assustadoras.

Soluço abriu a porta do quarto com calma porque esperava Astrid estar tão furiosa quanto um furacão e se surpreendeu quando a encontrou tranquila, deitada na cama lendo um livro qualquer. Por um momento Soluço pensou que estava tudo bem, que Astrid entendia seus motivos para não ter sido um noivo tão ativo nos últimos três dias, mas o momento durou pouco e ele percebeu que tinha errado feio quando ela não tirou a atenção do livro nem mesmo quando ele estava ao lado dela na cama.

-Eu sei que você está brava - ele começou e parou ao se assustar com o barulho alto de quando ela fechou o livro com mais força do que o necessário.

-Não estou "brava" - ela fez aspas com os dedos - estou chateada. - Eita. Isso era muito pior. Astrid suspirou, era um suspiro cansado, quase derrotado que definitivamente não era um bom sinal. - Estamos indo rápido demais? Não faz muito tempo que começamos a namorar, talvez um casamento seja demais. - Soluço balançou a cabeça.

-Não, não, não. - Soluço foi rápido em negar porque não sabia o que faria se Astrid estivesse tendo dúvidas sobre o relacionamento que tinham. - Eu sei que não tenho sido um bom noivo, - admitiu coçando a nuca como sempre fazia quando estava sem jeito, ainda era difícil para o empresário admitir os próprios erros, mas ele estava aprendendo - mas eu juro que à partir de agora eu vou estar cem por cento investido nos preparativos. Eu vou ser o maior noivozilla que já existiu na história dos casamentos.

Astrid riu e Soluço sorriu porque se Astrid estava rindo era porque o perigo já tinha passado.

-Eu não quero que você fique neurótico e só pense no casamento, pra isso eu tenho a Heather. - Disse Astrid e Soluço sabia que era verdade, no momento em que Heather soubesse sobre o casamento, o caos se instalaria e a morena não pensaria em outra coisa. - Mas eu não posso resolver tudo sozinha com a Heather porque não é com ela que eu vou me casar.

-Eu sei, me desculpa. - Ele se inclinou para bejá-la ternamente no rosto e Astrid se aninhou nos travesseiros ao lado dele. - Então, quando é o grande dia? - Perguntou e Astrid sorriu.

-Vinte e oito de setembro.

-Por que? - Soluço perguntou com a testa franzida, ele esperava uma data no meio do verão ou da primavera, não no outono. Astrid encolheu os ombros.

-Eu gosto do outono. É frio, mas não o bastante pra um casamento ao ar livre. - Soluço assentiu, envolvendo Astrid em seus braços e a trazendo para perto de si.

-É uma boa ideia, - disse Soluço e o sorriso nos lábios de Astrid não se desfez - mas setembro ainda está tão longe. - Astrid riu e revirou os olhos para a impaciência do namorado.

-Precisamos de tempo pra planejar um casamento bonito.

-Eu me casaria com você em uma pensão caindo aos pedaços, só com o juiz de paz e sem convidados. - Astrid ergueu o olhar e seus olhos se encontraram, Soluço a olhava com tanta ternura e afeto que Astrid nunca imaginou que fosse possível.

-Fofo, mas a Heather me mataria. - Soluço riu.

-Isso é verdade, você está coberta de razão. - Soluço concordou e, se aproveitando da proximidade, se inclinou apenas o suficiente para capturar os lábios de Astrid no que seria um beijo terno. Ele sorriu quando ela o beijou de volta.

♠️

-A polícia divulgou hoje a identidade da mulher encontrada na manhã de Snoggletog no Lago dos Esquecidos, em Bog. - A voz da mulher do noticiário preenchia o silêncio do quarto. - Segundo a polícia, o corpo pertence à proprietária do veículo encontrado, Karen Mitchell. - A mulher parou, congelada, olhando atônita a tela sem poder acreditar no que ouvia. - Karen Mitchell desapareceu em dezembro de dois mil e dez e os investigadores não ignoram nenhuma hipótese. Para os investigadores, as condições do lago ajudaram a preservar o corpo e acreditam que muito em breve conseguirão identificar a causa da morte.

Desligou a televisão, vestiu um robe de cetim por cima da lingerie de renda e descalça saiu do quarto. Foi direto para o elevador e quando as portas de metal se abriram novamente, atraiu olhares confusos de funcionários, mas continuou caminhando confiante e decididamente até chegar a uma porta distante das mesas ou do bar. Abriu a porta sem bater, recebendo um olhar raivoso do homem atrás da mesa, mas há muito tempo ele não a intimidava mais.

-Encontraram a Karen. - Disse sem rodeios e o homem pareceu não se abalar com a informação.

-E o que você quer que eu faça? - Seu tom era monótono ao perguntar e ela revirou os belos olhos verdes raivosos.

-Nada, porque aparentemente você não consegue fazer nada direito! - Ela exclamou e ele cerrou os punhos com raiva, mas ela não ficaria ali esperando por uma explosão quando ainda tinha mais algumas coisas para dizer. - Da próxima vez que for matar alguém, se certifique de não deixar pontas soltas. Agora tenho que resolver toda essa bagunça.

-Não, - a voz do homem a fez estremecer e atraiu a atenção dos dois para a porta, nenhum dos dois tinha notado quando ele abrira a porta e se escorara no batente - nós temos que resolver essa bagunça. É pra isso que somos uma família. - Disse e viu quando um pequeno sorriso nasceu no rosto da esposa e ouviu um grunhido descontente do irmão.

Os Grimborn eram uma poderosa dinastia e uma ninguém como Karen Mitchell não os derrubaria.

"Noivozilla" é um termo usado para se referir aos noivos que são controladores e se preocupam em excesso com os mínimos detalhes do casamento.
Então, gostaram?
O que esperam dessa nova história?

See ya 😘