(Mais Que) Apenas Amigos

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Oi meus pudinzinhos 🍮

Mais um capítulo para vocês. Me desculpe pela demora, mas eu precisava de tempo pra digerir muitas coisas que estavam na minha cabeça. Anyway, eu vou tentar não demorar muito para o próximo.

Dilma_Rousseff parabéns ae, 2 anos de dedo no cy e gritaria ♥️

Espero que gostem.

Boa leitura 🍮 ❤️

Soluço se lembrava muito bem do dia em que teve que conhecer os pais de sua primeira namorada. Ele tinha quinze anos e era um adolescente nada impressionante: menor do que os outros de sua idade, com a voz nasalada demais e sem nenhuma habilidade em interação social, a única coisa que Soluço tinha de impressionante naquela época era ser filho de Estoico.

Ele se lembrava de como ficou nervoso e ansioso e convicto de que o pai da garota que pensava ser o amor de sua vida não o aprovaria.

Mas dez anos tinham se passado. Soluço não era mais o adolescente esquisito que passava tempo demais no quarto com seus vídeo games, ele agora é um bilionário a frente de um grande império. Um homem poderoso e seguro de si e era ele quem agora julgaria o adolescente nada impressionante.

Hans foi quem limpou a garganta para quebrar o silêncio.

-Muito obrigado por me receber Senhor Haddock, e por deixar a Cami sair comigo. - Ele agradeceu, se sentando quando Soluço gesticulou para o sofá e o empresário voltou a se sentar na poltrona.

-Não me agradeça, foi decisão da Astrid, não minha. - Respondeu Soluço. - Então, Hans, o que te faz pensar que é bom o suficiente para namorar a Camicazi? - Soluço perguntou e, mesmo que Hans já esperasse por uma pergunta do tipo, não imaginou que seria tão cedo e a surpresa fez o adolescente engasgar com a própria saliva e tossir algumas vezes antes de responder.

-Não é nada disso! Cami e eu somos só amigos. - Hans tentou se explicar e engoliu a seco quando Soluço se recostou na poltrona, apoiando o maxilar em uma das mãos.

-Então suas intenções com a Camicazi são completamente platônicas?

-Sim! - Hans exclamou depressa, pego completamente de surpresa pelo interrogatório.

-Não me convenceu. Tente outra vez.

Hans engoliu a seco mais uma vez e por mais que tentasse dizer alguma coisa, parecia que sua língua estava grudada dentro da boca. Soluço Haddock era um homem aterrorizante. 

-Garanto que não tem com o que se preocupar, Senhor Haddock, a Cami não quer nada comigo. - Disse o rapaz e mesmo assim Soluço ainda não estava satisfeito com a explicação porque Hans e Camicazi podiam até não perceber, mas já era óbvio para todos que não tinha nada de platônico ali.

-E se ela gostasse de você? - Perguntou Soluço. 

Hans riu, mas parou quando Soluço ergueu uma sobrancelha em confusão, questionando o que seria tão engraçado. Hans não respondeu, mas àquela altura Soluço já não precisava de uma resposta, Soluço sequer precisava estar fazendo todas aquelas perguntas porque sabia que, no final, não importaria se ele aprovasse ou não o rapaz Camicazi acabaria fazendo o que quisesse, no fundo Soluço apenas gostava de perturbar o adolescente. 

Infelizmente, para o empresário, antes que conseguisse continuar, Camicazi o interrompeu e a presença da menina - junto com Astrid - pôs um fim à conversa. Os dois se cumprimentaram de forma amigável e não muito depois Camicazi estava praticamente arrastando o menino pela porta.

-Divirtam-se! - Exclamou Astrid.

-Mas não muito! - Completou Soluço logo antes de a porta ser fechada, recebendo um tapa de Astrid antes de a loira revirar o olhos.

-Por que você não gosta dele? - Perguntou a loira. - Ele não fez nada de errado.

Soluço deu de ombros.

-Não confio em filhos de políticos.

A resposta fez Astrid franzir a testa e olhar para o noivo com curiosidade.

-A filha de algum político magoou seus sentimentos? - Ela perguntou com certo sarcasmo, não imaginando que aquele fosse realmente o caso.

-De certa forma. - A resposta foi uma surpresa, mas Soluço não entrou em detalhes, a beijou no rosto e partiu em direção ao escritório.

Departamento de polícia de Bog

O agente suspirou frustrado mais uma vez. Frustrado porque o café tinha acabado e os relatórios que passou a noite inteira revisando ainda não faziam o menor sentido.

Claro que o corpo e o carro terem ficado tanto tempo submersos impossibilitava a coleta de qualquer DNA de quem possa ter estado no carro antes ou depois do acidente, mas mesmo assim, normalmente os relatórios da perícia seriam capazes de responder algumas perguntas e providenciar alguma pista. Mas até agora não tinham nada.

Tinham encontrado uma arma no carro, mas a numeração estava raspada. Na arma faltava uma bala e havia um buraco de tiro na janela do motorista, mas Karen só tinha ferimentos condizentes com a batida. A janela do lado do passageiro tinha sido quebrada por alguém e a porta estava fechada, mas destrancada, e foram incapazes de encontrar algum tecido ou objeto que apontasse como e por que a janela tinha sido quebrada.

O estado de decomposição de Karen tornou impossível saber se ela tinha morrido antes ou depois de o carro parar no lago. A vegetação da área encobriu possíveis marcas de pneus.

Sua única esperança agora era encontrar alguma inconsistência na investigação de desaparecimento que tinha sido aberta encerrada por falta de vestígios há oito anos, mas as histórias contadas por Viggo, Ryker e Heather eram consistentes entre si e as câmeras de segurança do cassino não funcionavam naquela noite.

De acordo com Ryker, as câmeras pararam de funcionar no meio da tarde e ele ficou a tarde e grande parte da noite com os técnicos da empresa de segurança - versão que foi confirmada pelos próprios técnicos em depoimento.

Viggo e Heather contaram à polícia que brigaram feio naquela noite no escritório do empresário dentro do Cassino. Viggo teria ficado enciumado com toda a atenção que Heather recebia dos clientes, a discussão tomou proporções maiores do que deveria e resultou em Viggo batendo um copo de whiskey na mesa de vidro, quebrando os dois. O casal então teria passado o resto da noite e toda a madrugada com o médico da família - versão que foi confirmada pelo próprio médico.

Não tinha nada que pudesse indicar que a história era falsa, o agente tinha atingido um beco sem saída. Em uma tentativa desesperada de não afundar o caso, o agente pegou o telefone.

Então, gostaram?
Comentem expectativas.

See ya 😘

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