"Te direi a verdade, mas nunca 'adeus'"

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Oi meus pudinzinhos 🍮

Mais um capítulo para vocês.
Ouçam "Daylight", Taylor Swift ali em cima 👆

Espero que gostem.

Boa leitura 🍮❤️

Não demorou para que recuperasse todos os sentidos. A primeira coisa que ouviu foi um "bipe" contínuo que parecia estar vindo de seu lado esquerdo, percebeu que estava deitado em uma superfície macia e tudo ficou embaçado quando tentou abrir os olhos.

A luz era tão forte que precisou fechá-los novamente por um momento, mas dessa vez Soluço sabia que não tinha ficado inconsciente por muito tempo. Quando abriu os olhos novamente, o teto branco foi a primeira coisa que viu e logo soube que estava em um hospital. 

A realização fez seus ossos congelarem, desde criança Soluço sempre odiou hospitais - precisou ficar internado por semanas depois do incêndio, sem entender por quê sua mãe não estava ali para consolá-lo até que uma das enfermeiras deixou escapar que Valka havia morrido - tinha tolerado o lugar para visitar Merida, mas aquela era uma situação completamente diferente, agora era Soluço quem estava preso a máquinas sem poder sair.

Olhou para os lados, encontrando o quarto vazio, mas pôde distinguir o tom de Astrid do lado de fora da porta - por mais que não pudesse distinguir o que dizia - estava claro que a loira havia saído do quarto para conversar com alguém que, aparentemente, não a deixava feliz (já que o tom que o usava era o mesmo de quando precisava colocar Camicazi de castigo por alguma estupidez).

Soluço se endireitou na cama para se levantar, começando a tirar todos os fios que o prendiam quando a porta foi aberta e a loira voltou para o quarto.

- O que está fazendo? - Ela perguntou exasperada, se aproximando da cama para impedi-lo de continuar.

- Saindo. - Respondeu. - Eu já estou bem, não preciso ficar internado.

Astrid balançou a cabeça, mas sorriu com carinho e Soluço quando ela se sentou na beirada da cama ao seu lado.

- Você não está internado. - Ela rebateu e Soluço franziu a testa. - Só precisa esperar acabar o soro e vai poder sair, - apontou para a bolsa de soro pendurada ao lado da cama e Soluço percebeu que o líquido já acabava, precisaria ficar ali por mais uma hora ou duas no máximo - os médicos não acharam nada de errado nos seus exames, então não te internaram.

Ele assentiu, agora entendendo melhor a situação.

- Quem estava lá fora? - Perguntou, se inclinando para apoiar a cabeça no ombro da noiva e fechou os olhos quando ela acariciou sua mandíbula com a mão esquerda, mas nem mesmo o metal frio do anel de noivado foi capaz de distrair Soluço das carícias amorosas.

- A polícia. - Respondeu. - Queriam conversar com você.

- Podia ter deixado que entrassem.

A mão de Astrid parou, fazendo Soluço abrir os olhos.

- De jeito nenhum. Você não vai falar com ninguém antes de conversarmos. - O tom dela era incerto, ao mesmo tempo que teimoso e Soluço se endireitou para olha-la nos olhos, não encontrando nada de familiar em seus olhos azuis.

- Tudo bem. Sobre o quê?

Ela ficou em silêncio, o encarando por tempo demais, mas estranhamente Soluço não se sentia ansioso. Talvez por agora entender que, não importava o quanto tentaria, era impossível separar os dois mundos em que vivia - era impossível manter sua família completamente longe de seus negócios.

- O que é o Fúria da Noite? 

Soluço estava surpreso, mas não tanto quanto teria ficado se Astrid lhe tivesse feito essa mesma pergunta semana passada, mesmo assim, não evitou perguntar:

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