Oi meus pudinzinhos 🍮
Mais um capítulo para vocês.
Ouçam "Nightmares", Ellise, lá em cima 👆Espero que gostem.
Boa leitura 🍮❤️
Respirou fundo, arrumando os últimos fios de cabelo no lugar e ajeitou o vestido antes de sair do closet. Caminhou com passos cautelosos para que os saltos não fizessem barulho contra o piso de madeira do quarto, olhou em direção ao berço próximo da janela, mas optou por não se aproximar - os gêmeos tinham acabado de pegar no sono e o barulho dos saltos finos poderia acabar por os acordando.
Saiu do quarto, fechando a porta com cuidado para não fazer barulho e caminhou pelo corredor, bateu na porta, mas não esperou por uma permissão para girar a maçaneta e entrar no escritório, onde o marido permanecia com os olhos grudados na tela do computador.
- Os gêmeos estão dormindo. – Disse. – Não me espere acordado.
Viggo assentiu, mas não deu uma resposta maior do que essa, a chamando apenas quando Heather já estava prestes a sair outra vez:
- Heather, - ela parou, ainda encostada na porta – use luvas, amor.
Ela sorriu, tentando não fazer algum comentário sarcástico sobre não ser uma mera amadora. Mas fechou a porta e caminhou até a garagem – certamente Viggo não se incomodaria se pegasse um dos carros dele emprestado, então escolheu a preciosa Bugatti que ele tanto adorava e colocou o par de luvas de couro antes de ligar o carro.
O percurso não seria longo, mesmo assim, Heather optou por ligar o rádio e dirigir mais devagar do que o normal – aquela era uma noite especial afinal de contas, deveria apreciar cada segundo dela. Aquela noite era especial por muitos motivos, o primeiro era a noite anterior ao casamento de sua melhor amiga, o segundo logo foi anunciado no rádio:
- Hoje a polícia concluiu as investigações do caso Karen Mitchell, - disse a reporter – segundo o relatório final do delegado do caso, não foram encontrados indícios criminosos durante toda a investigação e o caso será arquivado como morte acidental.
Heather riu, precisando tirar uma das mãos do volante para cobrir a boca, ah, como Karen deveria estar se contorcendo de raiva no inferno! Era hilário como Karen havia morrido sem nunca ter o que sempre quis e mesmo agora, depois de morta, sequer conseguia se livrar de seus assassinos porque como Heather havia aprendido há muito tempo, nunca existiria justiça no arquipélago. E tudo bem, aquele não era mais problema dela.
Parou o carro o mais perto possivel das docas, com barcos e lanchas de luxo enfileiradas – o que não foi difícil, já que o estacionamento estava completamente vazio àquela hora da noite, ninguém da elite da Baía do Coração Negro saía para velejar àquela hora em dias noirmais (mas aquele não era um dia normal, não para Heather).
Então ela caminhou, passando pelos barcos brancos enfileirados – todos pareciam iguais, era absolutamente tediante – até chegar ao meio, onde estava ancorada a única lancha preta com um grande "G" pintado em dourado no casco. Não era sutil, mas nada em sua família era realmente sutil ou normal.
O Azimut 62 estava completamente escuro, mas Heather não teve problemas em entrar no barco. Uma única luz foi acesa próximo ao leme e Heather entrou, passando pela mobília escura. Ouviu o barulho do barco sendo ligado e finalmente se movendo muito lentamente, mas não foi até o painel de controle, ao invés disso, subiu as escadas, chegando ao terceiro e último nível do luxuoso barco.
Ela sorriu, ligando a luz para ver melhor a única cadeira no meio da sala, com o homem amarrado de costas para a morena. Heather não o via desde os dezesseis anos, mesmo assim, o arrepio que lhe percorreu o corpo não deixava dúvidas sobre a identidade de seu carrasco.
Se aproximou com passos lentos e altos e circulou a cadeira até se abaixar em frente ao homem, que obviamente não tinha sido muito bem tratado pelo tempo – com rugas por toda parte e uma verruga na ponta do nariz – mas ainda era sem dúvida alguma exatamente quem Heather tanto queria por todos aqueles anos.
Seus olhos castanhos se arregalaram em reconhecimento quando a viu e ele começou a se debater na cadeira e a tentar falar, apesar de a mordaça muito bem amarrada que o impedia. Heather sorriu, se divertindo.
- Eu sei, já faz muito tempo desde a última vez que nos vimos – disse – e aposto que imaginou que nunca mais me veria. – Riu, se levantando de onde estava agachada. – Mas sabe de uma coisa? Em todos esses anos, eu nunca consegui te esquecer – caminhou até uma pequena caixa e tirou do interior uma longa corda antes de deixar a caixa aberta e voltar a caminhar em direção a cadeira onde o homem continuava se debatendo, dessa vez, Heather optou por ficar atrás dele.
- Esse tempo todo, você sempre esteve comigo. – Sua voz era doce e muito delicadamente suas mãos foram postas nos ombros dele. Ele congelou. – Eu nunca consegui esquecer. – continuou – seu toque... Sua voz. – Se abaixou, ficando perto o suficiente para que sua respiração fizesse cócegas no ouvido dele e sussurrou: - Você estava sempre lá, em todos os meus piores pesadelos. – Delicadamente acariciou uma das bochechas dele com uma das mãos. – Quer saber um segredo? – Sorriu. – Eu cansei de acordar gritando.
Heather se afastou, rindo de como ele tentava gritar – talvez até implorar – enquanto Heather envolvia a corda em seu pescoço e preparava o nó.
- Shh, eu sei, eu sei, - disse em falso tom de empatia, como de uma mãe que consola o filho depois de um sonho ruim – eu sou tão perfeita.
Puxou a corda de uma vez, tentando parar de rir enquanto o assistia sufocando e cantarolava uma de suas músicas favoritas. Ele parou, ficando inconsciente, mas não estava morto ainda, por isso Heather continuou.
Cantarolou a música por mais três vezes antes de soltar a corda.
O barco parou, sendo ancorado longe o suficiente da costa para não ser visto por qualquer um que estivesse no porto. Os passos pesados na escada disse à Heather que Selvagem vinha para auxilia-la, então ela deixou a corda ainda amarrada no pescoço do carrasco – que agora não parecia mais tão assustador assim – e voltou a se aproximar da caixa, tirando uma corrente presa a uma bola de ferro.
Heather terminou de amarrar a corrente nos pés do carrasco assim que Selvagem emergiu das escadas e foi ele quem levantou a cadeira – com certa dificuldade por causa do peso – caminhou até a borda da lancha e a soltou no mar.
Finalmente, Heather estava livre de seus pesadelos.
Então gostaram?
Os Grimborn se livraram, mas a pergunta continua: quem matou a Karen? 🤔 Essa é uma história que só a Heather pode contar, então se ainda quiserem respostas, a Heather conta tudo sem poupar detalhes em I Did Something Bad 🤭O casamento está chegando! Nessa Segunda, dia 28, às 15:00, hiccstrid finalmente vão se casar, estão ansiosos? Não esqueçam de apresentar o convite 👇🏻 kkkkkkkk
Comentem expectativas.
See ya 😘
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Baby Girl
Fanfiction[SUGAR DADDY LIVRO #2] Soluço e Astrid só queriam um ano tranquilo, longe de grandes problemas, mas planejar o próprio casamento é mais difícil do que parece e fica pior quando o passado ressurge para te assombrar e um acidente vira tudo de cabeça p...