15

9.1K 677 343
                                    

—Obrigada... — Verônica sussurrou, e eu dei um sorriso, embora estivesse querendo me matar depois do olhar que Lauren me deu.

—Quem é aquele que está vindo? — Ela perguntou para Verônica.

—Hã, eu.... Deve ser.... Céus, eu não consigo me lembrar o nome dele! Eu o vi na lista logo de manhã! — Ela gaguejava, e Lauren bufava. Eu olhei para o homem e, nossa, eu sabia quem ele era — Ele deve ser da.... Espera, acho que começa com....

—É Embaixador Franklin. E aquela do lado dele é a mulher que ele trocou pela esposa, se chama Rebecca. — Sussurrei em seu ouvido. No mesmo instante, ela pareceu relaxar, e o casal se aproximou de nós.

 —Rebecca. Embaixador! — Lauren os cumprimentou.

—Obrigada, de novo... — Verônica disse baixo, sorrindo para mim. Foi quando eu tive a sensação de missão cumprida.

—X—

Depois de ficar umas duas horas no evento, com Lauren  me apresentando para seus colegas como "minha nova assistente", eu decidi sair do salão e ir para o aniversário de Dinah, embora eu estivesse MUITO atrasada.

O tapete vermelho do lado de fora agora estava vazio, então eu meio que saí correndo mesmo, até que uma figura alta e loira me parou.

—Ei, garota da Lauren!

Era Jennifer, que sorriu quando me viu.

—Nossa, que vestido é esse? Fantástico, graças a Deus que salvei seu emprego! — Ela comentou, me fazendo rir.

—Agradeço seu elogio em nome a Normani! — Respondi, e ela ergueu as sobrancelhas. — Pois é, eu sempre peço ajuda dela com roupas. Sabe, eu não sou tão legal quanto você pensa.

—Espero que não.

Ela me fitou por um momento, de cima a baixo, e eu decidi sair dali antes que alguma merda acontecesse.

—Bem, eu.... Eu tenho que ir.

—Tem certeza? Porque meu editor da revista New Yorker está lá dentro e, sabe, gostaria de apresentar ele a você.

—O que? — Arregalei os olhos, meio confusa. Puxa, eu leio New Yorker, eu amo New Yorker!

—Você me mandou um e-mail com alguns trabalhos seus, lembra? — Perguntou, e eu assenti — Eu admito que li só a metade, pois era muita coisa, mas o que eu li não estava ruim. Acho que você tem talento, Camila.

—Meu Deus, eu.... Nossa, eu estou.... Obrigado, de verdade! Não sei nem.... Nem o que dizer! — Respondi, sorrindo de orelha a orelha.

—Por que você não entra? Eu acho que ele deveria conhecer você.

—Ok, sim! Eu acho que poderia, só para.... — Um choque de realidade me atingiu, e eu dei um passo para trás, abaixando a cabeça — Não, eu.... Não posso. Me desculpa, eu preciso mesmo ir embora.

—Está bem então. Nos vemos qualquer hora!

 Me virei e entrei no carro que estava me esperando. Eu já conhecia o motorista, felizmente.

—Roy, por favor! Vá o mais rápido que puder, eu estou extremamente atrasada para o aniversário da minha melhor amiga!

—O trânsito essa noite está uma loucura, Camila. Tenho certeza que sua amiga vai entender.

Não, ela não vai.

Deitei a cabeça no apoio do banco, bufando, revirando os olhos, e fazendo tudo que uma pessoa nervosa e atrasada faria.

O Diabo Veste Prada • Camren • Onde histórias criam vida. Descubra agora