C. 5 - The Last Time
Tinham-se passado dois dias depois da morte do Gonçalo. Hoje realizar-se-ia o seu funeral.
Estava quase na hora do mesmo acontecer. Já me encontrava pronta, coberta por um vestido negro. O meu coração tiritava no momento em que, em conjunto com as outras meninas, abandonei a minha casa para um último adeus ao meu ex-namorado.
(...)
Depois do funeral.
Permaneci algum tempo em frente ao jazigo, sozinha, no cemitério já solitário e escuro. Ao olhar para a fotografia de Gonçalo, lembrei-me daqueles momentos. Daqueles momentos lindos e incríveis. Impossíveis de esquecer.
Flashback
19/06/2011
- Tens mesmo a certeza que isto é seguro? - Mais uma das ideias aventureiras de Gonçalo embrulhava-me em dúvidas.
- Claro que tenho! - O moreno rola os olhos, embora os seus lábios sorriam.
- Tens mesmo?
- Amor, se não tivesse não te estava a dizer para subires. Vá lá, confia em mim.
- Eu vou confiar, mas se me acontece alguma coisa não sei o que te faço.
Ele encolhe os ombros, batendo-me de leve na coxa.
- Sobe lá. - Sorri-lhe, preparando o meu corpo para subir.
Escalei a arriba, tendo Gonçalo atrás de mim - apanhando com as pedras que rolavam devido ao meu jeito desajeitado e às minhas habilidades nada habilidosas de escalagem.
O topo da arriba foi alcançado; lá, o Sol ainda brilhava com mais intensiade. Sentámo-nos os dois, observando o mar. Ele abraçava-me.
- És a melhor coisa que aconteceu na minha vida, sabias? - Admitiu Gonçalo, normalizando a sua respiração.
- Não… Isso é mesmo verdade? - O meu peito subia e descia; encarei-o.
O seu rosto luzente aproxima-se, beijando-me.
Flashback
07/10/2010
- Andreia. - Gonçalo chama. - Tenho uma coisa para ti…
- Hum? - Rodo o meu corpo, ficando de costas para o fogão e de frente, colada literalmente, ao meu namorado.
Ele tira os braços de detrás das costas e estende-me um urso de peluche gigante. O meu maxilar cai, tal como toda a minha postura.
- Gostas?
- Claro que gosto! - Pego o brinquedo, enrolando-o nos meus braços. - Obrigada!
Abraçamo-nos, rindo com o facto de o urso peludo interromper o contacto físico, e unimos os nossos labios num beijo.
- Agora, sempre que sentires saudades minhas, abraça-o.
- Isso é fofo. - Brinco com as orelhinhas adoráveis do peluche. - Mas os teus abraços são insubstituíveis. Nunca será a mesma coisa. - Ergo o rosto, encarando os olhos negros de Gonçalo. -Vou sentir muitas saudades tuas.
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Save You Tonight [EDITING]
Fanfiction"Quem és?" Questionei, ainda assustada. Os meus pulsos tremiam. "Sou quem te salvou a vida." © 2012 AndreiaSofiaP All Rights Reserved.