26º Capítulo

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C. 26 - Drawing

- Zayn, o que é isto? – Perguntei olhando-o nos olhos. O sorriso no seu rosto desapareceu, afastou-se de mim encarando o chão.

- N-Não mexas nisso! – Falou ele tentando agarrar a pasta que havia caído ao chão.

- O que é que me andas a esconder, Zayn? – Desviei-me dele, levando a pasta bem encostada contra mim e sentando-me na cama. Coloquei a mala pousada nas minhas pernas.

- Nada, eu só não quero que vejas isso! – Ele caminhou na minha direcção, levando a sua mão até à mala. Eu agarrei-a primeiro, impedindo-o de lhe tocar.

Ignorei completamente a sua vontade e abri a pasta. Vi inúmeras folhas de papel com desenhos lindos. No canto das folhas tinha a assinatura de Zayn, a caneta preta. Havia de tudo, desde retratos, a animes, paisagens, objectos. Eram feitos com todo o pormenor, com sombras e detalhes de textura. Pareciam reais. Passei a ponta dos meus dedos pelos desenhos, tentando sentir algo para além do simples papel.

- Estão lindos. – Disse, ainda encarando os desenhos que tinha nas mãos.

- Não era suposto teres visto isso…

- Porque nunca me disseste que gostavas de desenhar? – Perguntei olhando Zayn.

- Porque nunca achei importante.

- Amor, isto está lindo… - Voltei a encarar os desenhos, apreciando-os.

- Pronto, deixa isso. – Zayn aproximou-se lentamente de mim, pegando nos desenhos e deitando-os espalhados em cima da cama. De seguida sentou-se ao meu lado, olhando-me. – Tenho uma coisa para te dar.

- O quê? – Perguntei mordendo o lábio.

- Bem, hoje fazemos 2 meses de namoro e… Ok, vamos directos ao assunto.

- Como querias. – Falei sorrindo.

- A minha irmã mais velha deu-me uma coisa dela para me dar sorte quando eu vim estudar para Londres. – Ele inclinou-se para chegar à mesinha de cabeceira. Abriu a segunda gaveta e tirou de lá uma caixinha. Aproximou-se novamente de mim com a caixinha na mão, olhando-a. – Ela disse também para eu a oferecer à rapariga que pensasse ser a tal. – Ele brincou um pouco com a caixa, não desviando o olhar da mesma. - E essa rapariga és tu. – Ele abriu a caixinha, e tirou de lá uma peça simples, mas linda. Um colar dourado com uma peça delicada e brilhante no fim do fio, peça esta que representava o símbolo do infinito.

Zayn levou o colar até ao meu pescoço, afastando os meus cabelos longos para o lado, e fechando o colar atrás. Os seus dedos escorregaram desde o fio até à imagem do ‘infinito’, afastando-se do meu peito. Olhou para mim sorrindo.

- Zayn, eu… eu não posso aceitar. – Agarrei o colar com a mão, olhando-me ao espelho ao longe.

- Porque não?

- Porque este colar é da tua irmã, não me pertence. E para além disso é importante para ti.

- Mas tu também és importante para mim. – Disse ele sorrindo. – Assim quando olhar para o colar todos os dias vou lembrar-me de duas mulheres importantes na minha vida: a minha irmã e tu. – Ele permaneceu me olhando, daquela maneira que só ele sabe, com aqueles olhos grandes e lindos.

- Obrigada. – Falei apenas, acariciando a imagem do colar. – Já disse que te amo? – Perguntei sorrindo, encontrando Zayn com o olhar.

- Não tantas vezes quanto eu. – Respondeu ele, aproximando os seus lábios dos meus e colando-os num beijo rápido. Suavemente. – Well, vou acabar de me arranjar para o jantar. – Disse ele levantando-se.

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