Save You Tonight [EDITING]

12º Capítulo - Parte II

C. 12 - Live While We're Young

Parte II

(música dos rapazes na multimédia, boa leitura jeitosas s2) 

 - Liam… - O seu nome saiu num suspiro sem o querer. - Não sei. 

Penetrantemente, pela primeira vez, deixamo-nos ficar; deixamo-nos ficar com o olhar pousado um no outro, admirando ambos os rostos. E eu observei cada traço do seu. Algum contacto era o que eu pedia. Sentir algo, algo mais que palavras.

- Tens um… um bocado de… - Os seus lábios mexeram, o meu olhar caiu sobre eles. - gelado no… no lábio… - Ele tocou com o indicador na sua boca, transmitindo o seu aviso fisicamente. Lambi o meu lábio inferior, tentado limpar o gelado.

- Eu ajudo. – Liam curvou um sorriso audacioso; tenho de afirmar que ele tramava alguma.

Após estas últimas palavras, ele encosta os nossos corpos. O meu rosto ardeu quando me apercebi de que os seus lábios estavam a milímetros dos meus. Seguia ainda os seus movimentos com o olhar quando, de forma súbita, ele me beija fortemente. Os meus lábios frios contrastaram com os seus quentes, porém nada disso pareceu o incomodar; as nossas línguas entrelaçaram sem qualquer permissão. Podia jurar que este foi o melhor beijo da minha vida.

POV Ana Off

POV Liam On

Eu sabia que não iria conseguir resistir.

Explorei cada canto da sua boca, sentindo o sabor a morango frio. Ouvi o copo de gelado cair na areia, seguidamente senti as suas mãos rodear o meu pescoço. Ela espalhava carícias pela minha pele com os seus dedos delgados; com um toque demasiado suave e prazeroso para eu me conseguir controlar. Agarrei a sua cintura firmemente, apertei-a junto a mim, para não a deixar fugir. Para não a deixar fugir mais.

O meu peito sufocava e penso que o dela também. Cortei o beijo, apenas porque o meu fôlego escassava - não me sobravam alternativas.

Pude ainda observar os seus olhos abrir quando nos separámos. O seu rosto estava excessivamente sério, ela permanecia com os lábios luzentes entreabertos.

- Penso que o gelado já saiu. – Ana sorriu; esse seu gesto foi como uma seta calmante que me trespassou gentilmente. Pude relaxar, sabendo que a minha precipitação tinha sido, na verdade, decente. 

- Sim, já… - Somente concordei. Baixei o meu rosto com o intuito de baixar os meus pensamentos; eu queria contar-lhe, eu queria expôr-me perante a rapariga loira. O silêncio era essencial para pensar e, apesar de o ambiente permanecer silente, dentro da minha mente havia imenso barulho de ideias. – Ana, eu sei que nos conhecemos há pouco tempo mas… eu acho que… - O medo era tal, o medo de não receber sentimentos em retorno era de tal forma persistente, que a hesitação dominou o meu discurso corajoso. Voltar atrás, agora que cheguei tão longe, não seria muito inteligente. - …eu estou apaixonado por ti.

- Não sei o que dizer, Liam… - Tombou a cabeça e dessa forma perdi completamente o seu olhar. Perdi também parte das minhas esperanças. Sei disso porque o meu peito cambaleou um pouco.

- Diz-me apenas o que sentes por mim. - Desespero disfarçado infiltrou-se por entre o meu pedido. - Por favor, dá-me uma resposta. – Agarrei a sua mão. – Por favor.