Uma Comum e o Cameron Dallas

2 capítulo - O começo de tudo

Assim que cheguei no meu quarto, peguei meu celular e liguei para Bruna, minha melhor amiga, depois de 4 toques ela atendeu

LIGAÇÃO ON

- Oi Lara - ela disse animada, não entendi.

- Bruna, você não vai acreditar! - eu falei super animada.

- O que aconteceu? Fala logo. - disse ela impaciente mas continuava animada - eu também tenho um babado pra te contar mas acho que você não vai gostar muito. - Bruna já tinha viajado pra fora do país várias vezes, assim como eu, falava inglês fluente, eu decidi fazer um curso avançado porque eu sempre gostei, dês de pequena, ela um sonho meu.

- Minha mãe comprou uma passagem pra mim ir morar em Los Angeles - fiquei triste ao lembrar que teria que deixar ela aqui no Brasil - mas você não vai comigo, então minha felicidade não está completa.

- Quem disse que você vai sozinha? - me assustei, será que ela iria comigo? oh my god! - Minha mãe também me deu uma passagem pra morar em Los Angeles com você, mas ela disse que era tudo surpresa pra você e que você não sabia de nada, eu também só fiquei sabendo hoje cedo - eu gritei de alegria, não estava acreditando, aquilo tudo era um sonho.

- AI MEU DEUS, eu e você na Califórnia, isso vai ser demais, fico boba só de imaginar.

- Minha mãe também falou que a gente não ia precisar pagar aluguel, porque seu avô assim que soube que você ia morar lá, disse que seu tio tinha comprado uma casa pra ele lá, e que ele estava velho demais pra viajar pra fora, e que se sua mãe quisesse, você poderia morar lá sem problemas, que também ele pagaria todas as contas, como água, energia, comida, e uma empregada - Meu avô é a melhor pessoa do mundo, não porque ele fez isso, ele sempre me incentivou em tudo, estudos, amores, conselhos, ele nunca foi rico, criou seus filhos na humildade no interior do Ceará, teve 12 filhos e de acordo eles iam crescendo, todos vieram morar no Rio para trabalhar, e a maioria acabou ficando muito rico, construindo prédios pra alugar e tudo mais, meus tios são maravilhosos, sempre realizaram meus sonhos, eles são o MÁXIMO. Vi no papel que eu e Bruna viajaríamos no dia 10 de dezembro, os dias passaram muito rápido.
Depois de algumas horas fiquei sabendo que meu avô liberou 5 mil reais pra eu renovar meu guarda roupa, de início não aceitei, poderia pensar que eu estava pegando o dinheiro dele ou algum do tipo mas ele falou que está velho e que não tem tempo pra gastar dinheiro com outra coisa além do futuro dos netos. Comprei 2 malas novas, renovei meu quadra roupa, comprei algumas roupas de frio, só deixei meu calça e moletom que tinha escrito Brasil em verde em amarelo e minha blusa do Brasil, eu só tinha 2 dias pra ajeitar tudo, Bruna também fez compras, o pai dela faleceu quando ela tinha 10 anos e deixou pra ela uma boa herança, a mãe dela é um amor e superou tudo de cabeça erguida, Mariangela, um nome pra lá de diferente, mas isso não é problema, ela tinha duas filhas, Bruna, a minha amiga e Gabi, as duas são uns uns amor, mas Bruna sabe ser chata quando quer.

Dia 9 de dezembro

Acordei 10 da manhã, estava me espreguiçando quando lembrei da viagem e sorri, hoje eu iria na casa do meu avô, agradecer por tudo, dar um beijo nele, como eu amo aquele cara. Fui ao banheiro, fiz minha higienes, tomei um banho, escovei meus dentes, coloquei uma roupa de dia a dia, um short não muito mas um pouco cintura alta, e uma blusa curta de cor azul, que deixava um pouquinho na minha cintura de fora, eu tenho os cabelos castanhos, na altura da costela, não volumosos, ondulados e um pouco claro nas pontas, tinha olhos castanhos claros, lindos, tinha um corpo normal, todos gostam da minha cintura, principalmente minha tia Quiteria que toda vez que me ver, fala pra eu valorizar minha cintura, essas coisas, mas eu não gosto muito, sei lá, coloquei minha havaianas, e desci, meu pai estava tomando café. - Bom dia pai - dei um beijo nele e peguei um pão colocando presunto nele - Eai filha, ansiosa pra viajem? - ele falou parecendo adolescente, isso me fez rir um pouco - Poxa pai, nem me fala, to muito ansiosa, vou ficar com saudade, mas é um sonho - ele falei enquanto fazia meu nescau - Não acredito que to deixando minha menininha abrir as asas e voar - ele me abraçou e eu ri - mas faz parte, quando a gente coloca uma criança no mundo, tem que saber que uma dia ela vai crescer e sair da aba do pai e da mãe - eu já estava emocionada e o abracei, ele retribuiu - mas eu tenho que ir, amanhã sua viagem é de manhã cedo, então trate de acordar cedo, avise a Bruna e cuidado quando for no seu avô. - ele me deu beijo e foi embora, fiquei pensando um pouco, e liguei pro meu avô.

Ligação ON

- Avô mais amado do meu coração - falei animada.

- Oi preciosa - meu avô sempre tinha esses apelidos carinhosos dos anos 60.
- Estou indo aí na sua casa pra te dar um beijo, posso?

- Claro, você é sempre bem-vinda, sabe disso - ouvi alguém falando alguma coisa do outro lado da linha, mas não entendi - Ah sim, eu tenho mais uma surpresa pra você.

- Mais uma? Eu já falei que você é o melhor e que não precisa de mais nada? - falei rindo.

- Eu faço questão, venha logo, beijos. - me despedi e desliguei. Peguei minha bicicleta e fui, não era longe, a casa dele, era grande, tinha vários quartos, eu sempre que podia passava um tempo lá, gosto da companhia dele e da minha vó. Minha avó já teve câncer de mama, teve que fazer quimioterapia e cirurgia, ela não é tão animada como sempre foi, por isso gosto de ir pra lá, fazer companhia a eles. Lá é cheio de câmeras, então assim que cheguei o portão logo se abriu, eles deviam está olhando pelas as filmagens, quando cheguei lá, ajeitei a bicicleta e fui correndo abraçar meus avós, quando notei a presença da minha prima Duda, a gente nunca se deu bem, mas eu sempre tratei ela bem, por causa do meu avô, que não gostava de brigas na família, então eu dei um sorriso falso pra ela e acenei com a mão, ela apenas sorriu de volta, com o sorriso mais falso que vocês podem imaginar.